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Mari começa sua trajetória no vôlei de praia com vitórias

Campeã olímpica em 2008 no vôlei de quadra, Mari iniciou sua trajetória na praia com duas vitórias nesta quarta-feira

Renan Rodrigues/CBV

A campeã olímpica Mari, ouro em 2008 nas quadras, fez sua primeira partida profissional no vôlei de praia nesta quarta-feira (20.11), pela etapa de Ribeirão Preto (SP) do Circuito Brasileiro Open de vôlei de praia. A paranaense atuou pontualmente com Duda (SE), que está classificada junto com Ágatha, que está machucada, para os Jogos Olímpicos de Tóquio, e terminou o dia com duas vitórias, superando o classificatório (qualyfing) e avançando à fase de grupos do torneio.

A etapa de Ribeirão Preto (SP) ocorre até domingo (24.11), com entrada franca na arena coberta montada no estacionamento do Ribeirão Shopping (entrada pela Av Presidente Vargas). Os jogos da fase de grupos são exibidos ao vivo pelo site voleidepraiatv.cbv.com.br e pelo Facebook da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), e as finais exibidas exclusivamente pelos canais SporTV.

O classificatório é uma disputa ‘pré-torneio’ onde os times que estão fora do ranking principal (composto pelas 16 melhores duplas), jogam partidas eliminatórias para avançarem à fase principal da competição. Em Ribeirão Preto foram 32 times femininos lutando pelas últimas oito vagas. Cada classificado venceu duas rodadas.

Além de Mari e Duda (SP/SE), avançaram à fase de grupos Talita/Tory Paranagua (CE), Fabrine/Flávia Moura (BA/RJ), Rosimeire Lima/Naiana (AL/CE), Thais/Bárbara Ferreira (RJ), Victoria/Carol (RS), Verena/Hegê (CE) e Sandressa/Rupia (AL/MG). A campeã olímpica Mari comentou as vitórias por 2 sets a 0 (21/13, 21/11) sobre Emanuely/Lara (MG) e pelo mesmo placar sobre Ari Melo/Débora (SP), com parciais de 21/16, 21/14.

“O primeiro jogo foi mais tenso, por ser uma estreia, não sabia bem o que esperar. Jogamos em um horário bastante quente, então ter que sacar e correr para bloquear o tempo inteiro foi um desgaste grande, que já imaginava. Mas consegui chegar bem até o final. A segunda partida foi um pouco mais tranquila, o calor estava menor e a ansiedade também. Estou muito feliz por estar em um esporte novo, estrear logo”, disse Mari, que completou.

“O classificatório é bastante nervoso, pois se perder um jogo aqui, fica pelo caminho, não passa. A comissão técnica e a Duda estão me ajudando muito, todos me dando força e acredito que estou respondendo bem ao ‘bombardeio’ de informações que estou recebendo. São muito diferentes do que estou acostumada, mas acho que estou reagindo rápido para conseguir executar o que eles estão pedindo”, destacou.

Duda também comentou a participação ao lado da campeã olímpica e, com apenas 21 anos, pode passar a experiência de quem já foi eleita melhor do mundo nas areias.

“Tentei ajudar ao máximo, passando tranquilidade e falando durante o jogo, mas a Mari se saiu muito bem. Ela viveu muitas coisas no esporte, é experiente e está trabalhando forte para se adaptar o mais rápido possível. É engraçado ser mais experiente em quadra tendo 21 anos, fui ‘a professora’ hoje (risos), mas também estou aprendendo com ela. Vamos procurar se divertir em quadra, sem pressão pelos resultados”, declarou.

As 24 equipes classificadas são divididas em seis grupos de quatro e jogam entre si, com os dois melhores times de cada grupo e os quatro melhores terceiros colocados avançando às oitavas de final. A competição segue no formato eliminatório tradicional, com quartas de final, semifinais e disputas de bronze e ouro.

As 16 duplas já garantidas no naipe feminino, pelo ranking de entradas, são Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ), Talita/Taiana (AL/CE), Tainá/Victoria (SE/MS), Elize Maia/Maria Elisa (ES/RJ), Carol Horta/Ângela (CE/DF), Juliana/Josi (CE/SC), Vivian/Vitoria (PA/RJ), Neide/Andrezza (AL/AM), Val/Érica Freitas (RJ/MG), Andressa/Diana (PB/RJ), Rafaela/Jéssica (PA), Juliana Simões/Aline Lebioda (PR/SC), Izabel/Thati (PA/PB), Thamela/Ingridh (ES/PR) e Solange/Teresa (DF/CE).

Ribeirão Preto (SP) recebeu etapas do Circuito Brasileiro em duas oportunidades. A primeira, em 1995, teve como vencedores Zé Marco/Emanuel (PB/PR) e Karina/Renata (RJ). Depois, em 2004, Ricardo/Emanuel (BA/PR) e Sandra/Ana Paula (RJ/MG) foram as vencedoras.  A cidade também recebeu uma etapa de outro torneio, o Circuito Challenger, em 2014, com títulos para Duda/Carolina Horta (SE/CE) e Lipe/Beto Pitta (CE/RJ).

A estreia do tour aconteceu em Vila Velha (ES), em setembro, com ouro para Ágatha/Duda (PR/SE) e André Stein/George (ES/PB). Em Cuiabá, no mês passado, os títulos ficaram com Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) e Alison/Álvaro Filho (ES/PB).

Além das duplas campeãs de cada etapa, também existem os campeões gerais da temporada, somando a pontuação obtida nos sete eventos. Cada etapa do Circuito Brasileiro distribui R$ 46 mil às duplas campeãs dos dois naipes, e todos os times na fase de grupos são premiados. Ao todo, são distribuídos mais de R$ 500 mil por etapa.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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