Começaram nesta terça-feira (24) oficialmente os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Depois de cinco anos da edição do Rio de Janeiro, o evento que reúne as principais estrelas do esporte paralímpico foi declarado aberto pelo Imperador Naruhito após uma linda cerimônia de abertura que teve a paz e a inclusão como temas centrais. Momento mais esperado da festa, a pira olímpica foi acesa pela primeira vez por três atletas de maneira simultânea: Yui Kamiji (tênis sobre cadeira de rodas), Shunsuke Uchida (bocha) e Karin Morisaki (halterofilismo).
De volta à Tóquio após 57 anos daquela que foi a segunda edição da história dos Jogos Paralímpicos, fazendo com que o Japão seja o primeiro a receber duas edições do evento, a apresentação foi iniciada com a entrada das autoridades do país acompanhadas do brasileiro Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional.
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O tema da Cerimônia de Abertura Paralímpica, foi a frase: “Temos asas”. A sentença resume a ideia de que todo ser humano tem suas próprias asas, e reunindo nossa coragem, podemos chegar a todos os tipos de lugares.
Assim como aconteceu na abertura dos Jogos Olímpicos há um mês, as bandeiras do Japão e paralímpica entraram no Estádio Nacional do Japão com atletas, porém foram hasteadas por trabalhadores essenciais, como profissionais da saúde. A homenagem foi feita para lembrar da importância desses profissionais, sobretudo neste momento de pandemia.
Na parte artística, destaque para a linda apresentação da história de “A Pequena Monoasa”, que conta a história de uma menina que deixa claro que todos podem voar. Regada de muitas músicas e dramaturgia, a trama de superação da pequena personagem foi um espetáculo que abrilhantou a cerimônia.
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Outra atração bastante tradicional nas aberturas, a Parada das Nações apresentou as 162 delegações vão competir nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Vale dizer que por conta da pandemia da Covid-19, cada Comitê Olímpico decidiu quantas pessoas levar para dentro do estádio.
No caso do Brasil, os atletas Petrúcio Ferreira (atletismo, classe T47, para amputados de braço) e Evelyn Oliveira (da bocha, classe BC3) foram os escolhidos para a função de porta-bandeira e representar toda a delegação brasileira – formada por 259 atletas – durante a cerimônia de abertura de Tóquio. Também participaram do desfile pela delegação brasileira a técnica da classe BC4 da bocha e staff da atleta Evelyn, Ana Carolina Alves, e o diretor técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Alberto Martins.
Um dos momentos mais significativos deste bloco da festa foi a homenagem feita pelo Comitê Paralímpico Internacional para o Afeganistão. Por conta da crise política vivida no país, que foi tomado pelo Talibã, os dois atletas classificados acabaram impedidos de deixar o país para competir no Japão. Apesar disso, os organizadores fizeram com que a bandeira da nação estivesse presente na cerimônia.
Outro marco alto da celebração foi o discurso proferido pelo Presidente do Comitê Paralímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons, relembrando toda a dificuldade dos atletas de superar a pandemia para chegar até este momento. “Não acredito que realmente estamos aqui. Muito duvidaram que esse momento fosse chegar, mas graças aos esforços de todos, conseguimos entregar Jogos seguros para atletas, técnicos e para a sociedade japonesa”.
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No total, foram cerca de 6 mil atletas e integrantes de comissões técnicas que participaram da solenidade de abertura de Tóquio 2020, além de 900 pessoas entre patrocinadores e convidados de honra. Também 3,5 mil jornalistas estiveram envolvidos na cobertura do evento.
