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Claudiney sagra-se bicampeão de “quase tudo” no lançamento de disco

Claudiney Batista conquista o bicampeonato parapan-americano e amplia domínio no lançamento de disco

Claudiney Batista com a bandeira do Brasil após medalha de ouro no lançamento de disco no Parapan de Santiago-2023
(Foto: Douglas Magno/CPB)

Ser campeão uma vez é difícil, ser campeão duas vezes é ainda mais. E o que dizer então de ser bicampeão de duas das três principais competições do atletismo paralímpico? O brasileiro Claudiney Batista conseguiu este feito, ao conquistar a medalha de ouro no lançamento de disco F56 dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023, nesta quinta-feira (23). Agora, ele é bicampeão parapan-americano e bicampeão paralímpico nesta prova, além de ser campeão mundial.

Defendendo seu título obtido em Lima-2019, Claudiney chegou como o grande favorito ao ouro no lançamento de disco F56 (para atletas que competem em cadeira de rodas, com sequelas de poliomielite, lesões medulares ou amputações) em Santiago-2023. E ele assim o fez. O mineiro de 45 anos marcou 44,79m para bater o recorde parapan-americano da prova e vencer com amplo domínio sobre os seus adversários. O cubano Leonardo Díaz foi prata, com 37,35m, enquanto o peruano Kenny Pacheco levou o bronze com 35,93m.

Assim, Claudiney sagrou-se bicampeão “de quase tudo” no lançamento de disco, levando o ouro por duas vezes em duas das principais competições do atletismo paralímpico: os Jogos Paralímpicos e os Jogos Parapan-Americanos. O brasileiro levou o ouro paralímpico nesta prova na Rio-2016 e em Tóquio-2020. Quanto ao Mundial, ele conquistou seu primeiro ouro na prova na edição deste ano, em Paris. Claudiney ainda é dono do recorde mundial do disco na classe F56, com 46,68m, de 2018.

Claudiney Batista é natural de Bocaiuva, no interior de Minas Gerais. Ele sofreu um acidente de moto em 2005, quando tinha 26 anos, e lesionou a perna esquerda, que precisou ser amputada. No mesmo ano, ele foi convidado para conhecer o atletismo e passou a praticá-lo logo em seguida. Além do lançamento de disco, o mineiro também compete nas provas do lançamento de dardo e do arremesso de peso.

Julyana Cristina é bronze

Quem também conquistou uma medalha em provas de campo no início da sessão do atletismo desta quinta-feira foi Julyana Cristina da Silva. Ela faturou o bronze no arremesso de peso da classe F57, marcando 9,32m. Foi sua primeira medalha em Parapans, após ter sido bronze no lançamento de disco em Tóquio-2020. A mexicana Maria Ortiz levou o ouro, com 10,39m, enquanto a norte-americana Christina Gardner foi prata, com 9,34m.

Paulistano de 22 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri os Jogos Mundiais Universitários de Chengdu e os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.

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