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Santiago 2023

‘O que aconteceu hoje, fica hoje; vamos com tudo pra final’

Jogadores da seleção brasileira de beisebol lamentam derrota no ‘amistoso’ contra o México, mas garantem que foco está na histórica partida contra a Colômbia

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(Natan Pires/Tailgate Zone)

Santiago – A velha máxima de perder na hora certa apareceu na já história campanha do Brasil no beisebol dos Jogos Pan-Americanos de Santiago. O time vinha de quatro vitórias em quatro jogos, todas fundamentais para garantir vaga na inédia disputa da final às 15h deste sábado, contra a Colômbia. Um dia antes, derrota contra o México em um jogo que não valia nada mais do que cumprir tabela. Apesar de lamentar o revés, os jogadores da seleção não se abateram e afirmaram que seguem com a confiança lá em cima para tentar vencer mais uma vez os colombianos na capital chilena.

“O que aconteceu hoje, fica hoje. Vamos com tudo para a final”, afirma o arremessador Felipe Natel, que iniciou nas vitórias sobre as tradicionais Venezuela, sexta do ranking mundial, e Cuba, dona de 12 medalhas de ouro, sendo dez seguidas, nas 18 edições do torneio de beisebol de Jogos Pan. Somadas as duas partidas, Natel atuou por oito entradas e dois terços, o que mais jogou, cedendo apenas uma corrida e impondo cinco strike outs. Contra o México, não foi para o montinho e analisou a derrota. “Viemos para ganhar. Pra nós, não existe jogo amistoso. Temos de ganhar pra subir no ranking, erguer nosso país. Temos de trabalhar muito pelo beisebol. Conseguimos quatro vitórias importantes para o nosso país, hoje entramos com 100%, mas infelizmente não saímos com a vitória.

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Felipe Natel em ação contra a Venezuela (Natan Pires/Tailgate Zone)

Vamos confiantes

Entre as partidas contra Venezuela e Cuba, uma vitória antológica em cima da mesma Colômbia da final pan-americana. “É muito parecido com o time da gente. Bem unido. A diferença é que a gente vem treinando junto desde março e eles se juntaram há pouco tempo para jogar essa competição. Em questão de preparação, estamos mais preparados e vamos confiantes”, avaliou Natel. “O foco é fazer o primeiro ponto, sair na frente, e defender bem. Jogar bastante strikes, a defesa estar preparada para as bolas e seguir no foco. Não vai ser fácil, mas estou bastante confiante que vamos conseguir essa medalha de ouro.”

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Paulo Orlando é um dos principais nomes da equipe (Natan Pires/Tailgate Zone)

Orgulhoso

Outra referência da seleção brasileira no Pan é Paulo Orlando, que atua no campo externo. Experiente, é o primeiro jogador do país a ser campeão da Major Lague Baseball (MLB), a principal liga de beisebol dos Estados Unidos. Levantou a taça em 2015, com o Kansas City Royals. “Estamos ansiosos, claro. Hoje não foi um bom dia, mas a cabeça focada para a disputa da medalha. Espero que amanhã todos estejam inspirados, motivados para trazer o ouro para o Brasil”, afirmou, reforçando estar orgulhoso de representar o Brasil “e mostrar que é um país também de beisebol”. “Me sinto abençoado por ser, querendo ou não, um espelho para essa juventude, muitos não me conheciam, só a minha história. É sempre bom compartilhar com eles e falar que é possível ser jogador de beisebol.”

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Osvaldo Carvalho, de 22 anos, foi decisivo contra o Panamá (Natan Pires/Tailgate Zone)

Cabeça no lugar

Um dos jovens que Paulo Orlando cita é terceira base Osvaldo Carvalho, de 22 anos. Ele foi peça fundamental na quarta vitória do time, sobre o Panamá, já pela Super Rodada. O duelo foi acirrado e permaneceu empatado em 1 a 1 até a sétima entrada. Foi quando Osvaldo foi para o bastão com bases lotadas e mandou uma paulada funda para o campo externo central, quase no muro, impulsionando nada menos do que três corridas para a seleção. A vitória praticamente sacramentou a classificação do Brasil para a disputa da medalha de ouro. “Ansiedade. O Brasil nunca disputou uma final dos Jogos Pan-Americanos, é a primeira vez, e vamos em busca da medalha de ouro. Eles vão vir com toda a força possível, e nós também. Cabeça no lugar, fazer o nosso jogo.”

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Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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