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Minas é pentacampeão brasileiro de rúgbi em cadeira de rodas

Com virada no fim, Minas vence Santer/RJ por 54 a 53 e conquista seu quinto título do Campeonato Brasileiro de rúgbi em cadeira de rodas

Minas x Santer brasileiro de rúgbi em cadeira de rodas
Jogadores do Minas celebram título brasileiro de rúgbi em cadeira de rodas (Foto: Ale Cabral/CPB)

O Minas conquistou a 14ª edição do Campeonato Brasileiro de rúgbi em cadeira de rodas na noite desta quarta-feira (17), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A equipe mineira derrotou o Santer/RJ por 54 a 53, em um jogo emocionante, com virada no fim. Júlio Braz foi o grande destaque do time campeão, com 45 tries. Este foi o quinto título do Minas na competição, que faturou as edições de 2016 a 2019. Em 2021, no retorno do torneio, o troféu ficou com o Santer/RJ.

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A competição, que começou na segunda-feira (15), teve seis clubes divididos em dois grupos na primeira fase. A chave A foi formada por Santer/RJ, Ronins/SP e BSB/DF. Já a B teve Minas, Gigantes/SP e Gladiadores/PR. Líderes de seus grupos, Santer e Minas se classificaram diretamente paras as semifinais. Já os segundos e terceiros de cada chave duelaram pelas outras duas vagas na tarde de terça-feira, 16. No primeiro duelo, a equipe do Gladiadores derrotou o BSB por 61 a 46. No segundo, vitória do Ronins por 49 a 40 sobre o Gigantes.

As semifinais aconteceram na manhã desta quarta-feira. No primeiro confronto, entre Santer e Gladiadores, melhor para o time carioca e atual campeão do torneio: 55 a 46. Na segunda semifinal, o Minas derrotou o Ronins por 55 a 44.

À tarde, houve as disputas pelo quinto lugar e pela medalha de bronze. No duelo entre BSB e Gigantes, o time do Distrito Federal foi derrotado por 54 a 47 e caiu para a Segunda Divisão. Já na partida entre Gladiadores e Ronins, válida pela terceira colocação do Brasileiro, a equipe paranaense venceu o rival paulista por 61 a 44 e ficou com o bronze.

O jogo

O primeiro período mostrou porque as duas equipes foram as melhores do Campeonato Brasileiro. Foram oito minutos de bastante equilíbrio, nos quais Santer e Minas tiveram um alto aproveitamento no ataque, sem turnovers (perda de posse de bola sem pontuar). Desta forma, o período terminou empatado em 15 a 15. Gabriel Feitosa, destaque do time carioca e vencedor da última edição do Prêmio Paralímpicos na modalidade, quase desempatou em uma arrancada. No entanto, ele ultrapassou a linha do try com o cronômetro já zerado e o lance não foi validado.

Já no segundo período, a quase cinco minutos do fim, o Santer chegou a abrir dois pontos de vantagem sobre o rival mineiro. A 3min32s, o time carioca chegou a fazer 22 a 19, maior vantagem no placar até então. Com grande aproveitamento na parte ofensiva, o Santer conseguiu administrar a “folga” até a final da parcial e foi para o intervalo com 28 a 25.

No terceiro quarto, a equipe do Rio de Janeiro manteve o mesmo ritmo. Embora permitisse que o Minas pontuasse a toda descida, no ataque, não desperdiçava as suas oportunidades. Com isso, manteve-se sempre à frente do marcador e terminou o período, novamente, com três pontos de vantagem: 43 a 40.

Virada do Minas

A 7min08s do final do jogo, o Santer concedeu um turnover após um lançamento longo que foi interceptado pela defesa do Minas. A equipe mineira aproveitou o erro do time carioca e reduziu a desvantagem para dois pontos. Até que, a 5min49 do fim, o duelo ficou empatado em 46 a 46.

Nos minutos seguintes, os dois times “trocaram” pontuação, mas o Minas chegou a assumir a dianteira e abriu dois tries de vantagem a menos de três minutos do fim. Com 1min40 para acabar o confronto, foi a vez do time mineiro conceder um turnover e o Santer equilibrar a partida: 52 a 51. No entanto, o Minas soube segurar a dianteira e vencer a decisão por 54 a 53.

Segunda divisão

Concomitantemente ao Campeonato Brasileiro de rúgbi em cadeira de rodas da 1ª Divisão, cinco equipes iniciaram a disputa na Segunda Divisão, que deu uma vaga na elite nacional da modalidade em 2023: Irefes/ES, MSB/SP, Adeacamp/SP, Titans/PR e Cetefe/DF. Na decisão, a Adeacamp derrotou o Irefes, sagrou-se campeã e subiu para a 1ª Divisão.

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