Siga o OTD

Os Olímpicos

Prévia Pequim-2022 – Biatlo

Confira mais sobre a prova do Biatlo, que será disputa nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022

O biatlo consiste na força e resistência do esqui cross-country, com a concentração e calma do tiro esportivo, misturados em uma única prova, o que faz esse ser um dos esportes mais interessantes e imprevisíveis dos Jogos de inverno.

A sua origem vem da Patrulha Militar, que misturava esqui cross-country, montanhismo e tiro, mas por equipes. Esta prova esteve na primeira edição de inverno em Chamonix-1924 e depois apareceu em 1928, 1936 e 1948 como esporte de demonstração. O biatlo como o conhecemos estreou em Squaw Valley-1960, com a prova chamada de individual.

Alemanha e Noruega lideram o quadro geral com 19 e 16 ouros respectivamente, seguidas da Rússia com 10 e da França e União Soviética com 9 cada. Em 1968 foi incluída a prova de revezamento, em 1980 o Sprint, ainda apenas no masculino. As mulheres estrearam nos Jogos em Albertville-1992 com essas três provas. A perseguição entrou para o programa em Salt Lake City-2002, a saída em massa em Turim-2006 e o revezamento misto em Sochi-2014.

O mito norueguês Ole Einar Bjoerndalen é o maior nome da história do biatlo com 8 ouros olímpicos e 13 medalhas no total e foi até 2018 o maior medalhista de inverno da história, perdendo o posto para a norueguesa Marit Bjoergen, do esqui cross-country. No feminino, a maior campeã olímpica e única atpe aqui com 4 ouros nos jogos é a bielorrussa Darya Domracheva, esposa de Bjoerndalen desde 2016.

Como funciona

Há vários modelos de provas, em diferentes distâncias, quantidades de tiros e tipos de penalidade. Cada atleta percorre três ou cinco voltas no circuito da prova e, entre cada volta, precisa parar e dar cinco tiros com seu rifle num alvo a 50m de distância. Cada stand de tiro tem cinco alvos na horizontal e o biatleta dá em alguns momentos tiros deitado e em outros em pé. O alvo em pé é um pouco maior que o deitado. A cada tiro errado, há um tipo de penalidade.

No Sprint, os homens percorrem 10km e as mulheres 7,5km. Cada atleta sai individualmente, em intervalos de 30s. Na primeira sessão atira deitado e na segunda em pé. Para cada erro, ele precisa dar uma volta de penalidade de aproximadamente 150m, que fica logo depois do stand de tiros.

Já na prova de perseguição os homens percorrem 12,5km e as mulheres 10km. Aqui são quatro sessões de tiros, as duas primeiras deitado e as duas últimas em pé. A larga é intervalada de acordo com o resultado da prova de Sprint e só participam os que ficaram entre os 60 primeiros nesta prova. O vencedor larga na frente. Os outros largam na mesma diferença de tempo que o resultado do Sprint. Se o 2º colocado no Sprint terminou a prova 10s atrás do vencedor, ele larga na perseguição 10s depois, e assim por diante. Aqui também cada erro no tiro é penalizado com uma volta de 150m, o que pode ocasionar muitas alterações na liderança.

Na prova individual (20km para homens e 15km para mulheres), cada atleta larga individualmente, em intervalos de 30s. Aqui também são 4 sessões de tiro, só que nesta ordem: deitado, em pé, deitado, em pé. A diferença é que aqui não há a volta de penalidade, mas cada tiro errado aumenta automaticamente 1min no tempo do atleta.

A prova mais nova é a saída em massa, que encerra o programa e onde participam apenas 30 atletas, os 30 melhores no geral após todas as outras disputas. O número é limitado, pois há apenas 30 stands de tiro. Assim como na perseguição, os dois primeiros tiros são deitados e os dois últimos em pé.

Por fim, os revezamentos contam com 4 atletas em cada equipe, e cada um faz a mesma distância, atirando duas vezes, deitado e em pé. No revezamento misto, os dois homens abrem e as duas mulheres fecham. Na parte dos tiros, há uma pequena alteração. Se o atleta errou algum alvo, ele tem mais três balas extras para tentar acertá-lo, mas cada uma deve ser carregada individualmente. Se ainda assim houver erros no alvo, o atleta dá a volta de 150m de penalidade.

Individual 20km masculino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Johannes Thingnes Boe (NOR); Prata – Jakov Fak (SLO); Bronze – Dominik Landertinger (AUT)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Sturla Hlm Laegreid (NOR); Prata – Arnd Peiffer (GER); Bronze – Johannes Dale (NOR)

A prova individual 20km é a única que está presente no programa olímpico desde que o biatlo entrou para os Jogos, em Squaw Valley-1960. Em 16 disputas, foram 6 ouros e 11 medalhas norueguesas, sendo que o norueguês Magnar Solberg é o único bicampeão (1968 e 1972). Desde Nagano-1998, em seis disputas, quatro noruegueses diferentes ficaram com o ouro. É a mais tradicional prova do biatlo e onde os melhores atletas no cross-country se destacam, já que conseguem recuperar o 1min perdido para cada tiro errado. O francês Martin Fourcade tinha tudo para se tornar o maior biatleta de todos os tempos, mas ele se aposentou na temporada passada e tinha um ouro olímpico e 4 títulos mundiais nesta prova.

Com a aposentadoria de Fourcade, esta prova tem tido os noruegueses como principais nomes. O jovem Sturla Holm Laegreid, de 24 anos, está apenas na sua 3ª temporada da Copa do Mundo e já o principal favorito em Pequim. No último mundial em 2021 ele saiu com 4 ouros, sendo um deles nesta prova. Grande esquiador, ele consegue tirar tranquilamente 2min dos seus maiores adversários. Ou seja, uma prova limpa nos tiros e ele é ouro praticamente garantido. Seu principal rival aqui é o seu compatriota Johannes Thingnes Boe. Com 28, Boe é o atual campeão olímpico, mas nunca venceu esta prova em um mundial, apesar de ter na carreira 24 medalhas sendo 12 ouros, e tem apenas outras 3 vitórias em Copas do Mundo. É disparada a prova que ele menos venceu na carreira. De olho também no seu irmão mais velho Tarjei Boe, que está fazendo uma ótima temporada.

Mesmo sem Fourcade, os franceses estão em grande fase, principalmente com Émilien Jacquelin, Simon Desthieux e o líder da Copa do Mundo Quentin Fillon Maillet, apesar de nenhum ter tido grandes resultados na prova individual. O russo Anton Babikov venceu esta prova há uma semana na última etapa antes dos Jogos e vem forte, assim como seus compatriotas Said Karimulla Khalili e Alexander Loginov. Outros que podem brigar aqui são os alemães Arnd Peiffer e Benedikt Doll. Por se tratar de uma prova longa, onde as condições climáticas podem mudar e interferir, um atleta que não estpa entre os favoritos pode surpreender aqui, caso zere no tiro.

Minha aposta: Ouro – Sturla Holm Laegreid (NOR); Prata – Simon Desthieux (FRA); Bronze – Johannes Thingnes Boe (NOR)

Sprint 10km masculino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Arnd Peiffer (GER); Prata – Michal Krcmar (CZE); Bronze – Dominik Windisch (ITA)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Martin Ponsiluoma (SWE); Prata – Simon Desthieux (FRA); Bronze – Émilien Jacquelin (FRA)

A prova estreou nos Jogos em Lake Placid-1980 e, em 11 disputas, a Noruega é a maior vencedora, com 4 ouros. Três dessas vitórias foram com o grande Ole Einar Bjoerndalen, em 1998, 2002 e 2014, aos 40 anos. O atual campeão olímpico é o alemão Arnd Peiffer, que também venceu no Mundial de 2011.

Nesta prova bem rápida, que costuma durar uns 23-24min, os atletas costumam chegar com diferenças bem pequenas de tempo. E o seu resultado ainda é importantíssimo para garantir uma boa largada na perseguição.

O norueguês Johannes Thingnes Boe foi o grande nome do Sprint neste ciclo olímpico, vencendo 15 vezes em 33 disputadas, mas não faz uma grande temporada, apesar de ter ganhado uma em dezembro. De olho no sueco Sebastian Samuelsson, que levou duas etapas na temporada e lidera a Copa do Mundo na disciplina, com apenas um ponto de diferença sobre o francês Quentin Fillon Maillet, que tem duas medalhas em Mundiais no Sprint, apesar do péssimo 48º lugar em PyeongChang-2018. Seu compatriota Émilien Jacquelin foi bronze no último Mundial e é o vice-líder da Copa do Mundo geral.

O russo Alexandr Loginov foi campeão mundial em 2020 e prata em 2019 e soma duas outras vitórias no circuito no Sprint. No último mundial, a vitória do sueco Martin Ponsiluoma pôde ser considerada uma bela zebra.

Minha aposta: Ouro – Alexandr Loginov (RUS); Prata – Quentin Fillon Mailler (FRA); Bronze – Sebastian Samuelsson (SWE)

Perseguição 12,5km masculino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Martin Fourcade (FRA); Prata – Sebastian Samuelsson (SWE); Bronze – Benedikt Doll (GER)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Émilien Jacquelin (FRA); Prata – Sebastian Samuelsson (SWE); Bronze – Johannes Thingnes Boe (NOR)

Para sonhar com medalha na perseguição, é fundamental um bom resultado no sprint. A prova estreou nos Jogos apenas em Salt Lake City-2002 e, em 5 disputas, a França venceu três vezes, sendo as duas últimas com Martin Fourcade.

E a armada francesa segue em ótima fase principalmente nesta prova. Émilien Jacquelin a venceu nos dois últimos Mundiais. Mas é Quentin Fillon Maillet que está sobrando. Das cinco disputas da temporada, ele levou quatro. Em 11 vitórias na Copa do Mundo na carreira, 7 foram na perseguição. Ele foi bronze no Mundial de 2019, 7º em 2020 e 4º em 2021. Dos seus 34 pódios individuais, 12 foram nesta prova.

Apesar dos noruegueses não serem os grandes favoritos no sprint, eles tem ótimas chances na perseguição. Sturla Holm Laegreid e Johannes Thingnes Boe tem um retrospecto recente espetacular e não podem ser esquecidos. Boa foi três vezes vice mundial. Das 26 provas disputadas no ciclo olímpico, 12 ficaram com a Noruega e 12 com a França. O sueco Sebastian Samuelsson, o bielorrusso Anton Smolski, o russo Alexandr Loginov e o norueguês Vetle Sjastad Christiansen são nomes fortes.

Minha aposta: Ouro – Quentin Fillon Maillet (FRA); Prata – Sturla Holm Laegreid (NOR); Bronze – Émilien Jacquelin (FRA)

Saída em massa 15km masculino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Martin Fourcade (FRA); Prata – Simon Schempp (GER); Bronze – Emil Hegle Svendsen (NOR)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Sturla Holm Laegreid (NOR); Prata – Johannes Dale (NOR); Bronze – Quentin Fillon Maillet (FRA)

Prova individual mais recente nos Jogos, estreou apenas em Turim-2006 e em 4 edições teve 4 diferentes campeões e 9 diferentes medalhistas. Em Mundiais, só estreou em 1999 e tem como seu maior campeão o francês Raphaël Poirée, lenda do biatlo francês com 8 títulos mundiais, sendo 4 aqui. Ela tem uma semelhança muito forte com a prova de perseguição, mas estratégias diferentes. E um tiro errado pode mudar tudo. E isso é muito comum.

Johannes Thingnes Boe venceu 7 das 17 vezes que ela foi disputada no ciclo olímpico, incluindo a do Mundial de 2020. Ele não vem em uma grande temporada, mas ficou com a prata justamente na saída em massa no último domingo, a última prova antes dos Jogos. Seu irmão Trajei Boe e seu compatriota Sturla Holm Laegreid são bons nomes aqui também.

Claro que aqui também os franceses não podem ser descartados: Émilien Jacquelin, Quentin Fillon Maillet e Simon Desthieux. O vencedor da última prova antes dos Jogos foi o alemão Benedikt Doll e pode surpreender novamente, assim como seu compatriota Johannes Kuehn, o austríaco Felix Leitner e o italiano Lukas Hofer. Assim como na perseguição, uma prova limpa é fundamental e, por isso, um nome inesperado tem grandes chances de pódio. Apenas 30 atletas participam.

Minha aposta: Ouro – Émilien Jacquelin (FRA); Prata – Quentin Fillon Maillet (FRA); Bronze – Tarjei Boe (NOR)

Revezamento 4×7,5km masculino

Johannes Thingnes Boe (Julien Klein/Flickr)

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Suécia; Prata – Noruega; Bronze – Alemanha

Pódio último mundial (2021): Ouro – Noruega; Prata – Suécia; Bronze – Rússia

O revezamento masculino fez sua estreia nos Jogos em Grenoble-1968, e viu seis vitórias seguidas da União Soviética, a maior campeã da história. Apesar do seu eterno favoritismo, a Noruega só venceu por duas oportunidades, em 2002 e em 2010. Já em Mundiais, são 10 vitórias e 29 pódios, o maior número entre todos os países.

A briga olímpica deve ficar entre 4 equipes: Noruega, França, Rússia e Alemanha. Todos os Mundiais desde 2000 foram vencidos por uma dessas quatro equipes, mas na última Olimpíada a Suécia surpreendeu a todos, colocando quase 1min sobre a Noruega. Noruega e França chegam fortíssimas, com 4 nomes fortíssimos e que brigam por medalhas em praticamente todas as provas individuais. Tivemos 4 disputas na temporada da Copa do Mundo e a Noruega venceu 3 delas, só ficando fora do pódio na etapa de Ruhpolding, quando não tinha ninguém da sua equipe olímpica. Dificilmente alguma outra equipe vai se infiltrar nesse pódio.

Minha aposta: Ouro – Noruega; Prata – França; Bronze – Rússia

Individual 15km feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Hanna Öberg (SWE); Prata – Anastasiya Kuzmina (SVK); Bronze – Laura Dahlmeier (GER)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Markéta Davidová (CZE); Prata – Hanna Öberg (SWE); Bronze – Ingrid Landmark Tandrevold (NOR)

O biatlo feminino estreou nos Jogos em Albertville-1992, quando a alemã Antje Misersky venceu esta prova. A Alemanha, aliás, é o único país com dois ouros nesta prova em oito edições. Em Mundiais, a prova individual estreou em 1984 com 10km, subindo para 15km a partir de 1989. Em 30 edições, foram 25 diferentes campeãs, mostrando que esta prova pode sim ser imprevisível. Vale destacar que em 2015, a russa Ekateirna Yurlova, atleta pouco conhecida até então, foi apenas a 93ª a largar e, após zerar no tiro, surpreendeu a todos e ficou com o ouro.

Esta é uma prova bem difícil de prever, mas as esquiadoras mais rápidas tendem a ir bem, bastando não errar muitos tiros. Lembrando que nesta prova cada tiro errado aumenta o tempo da atleta em 1min. As irmãs suecas Elvira e Hanna Öberg fazem uma ótima temporada e tem um ótimo esqui. Hanna, de 26 anos, é a atual campeã olímpica e venceu o Mundial de 2019, além de ter sido prata no de 2021 e 4ª no de 2020. Já Elvira, de 22, foi campeã mundial da juventude em 2018 nesta prova e faz ótima temporada, somando sete pódios individuais na Copa do Mundo.

O time francês tem bons e rápidos nomes como Julia Simon e Justine Braisaz-Bouchet, bronze no Mundial de 2019. A italiana Dorothea Wierer foi campeã mundial em 2020, campeã mundial da juventude em 2008 e júnior em 2011 e tem outras quatro vitórias em Copas do Mundo, tudo na prova individual. Ela não vinha fazendo uma boa temporada, mas surpreendeu ao vencer a última prova antes dos Jogos, uma saída em massa. E, claro, ninguém pode esquecer a espetacular equipe norueguesa, liderada por Marte Olsbu Roiseland, que já venceu 7 etapas nesta temporada e soma 11 títulos mundiais. No Mundial de 2020, ela esteve em todas as 7 provas possíveis e saiu com 7 medalhas, sendo 5 ouros e 2 bronzes, mas nunca venceu a prova individual 15km. A checa Marketa Davidová é a atual campeã mundial e venceu uma etapa desta temporada nesta prova.

Minha aposta: Ouro – Hanna Öberg (SWE); Prata – Justine Braisaz-Bouchet (FRA); Bronze – Marketa Davidova (CZE)

Sprint 7,5km feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Laura Dahmeier (GER); Prata – Marte Olsbu Roiseland (NOR); Bronze – Veronika Vitková (CZE)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Tiril Eckhoff (NOR); Prata – Anaïs Chevalier-Bouchet (FRA); Bronze – Hanna Sola (BLR)

O sprint feminino também fez sua estreia olímpica em Albertville-1992 e tem como única atleta bicampeã a eslovaca Anatasiya Kuzmina, que levou em Vancouver-2010 e Sochi-2014 e já se aposentou.

Aqui devemos ter uma grande disputa entre norueguesas e suecas. Nesta temporada, tivemos 7 provas de sprint, duas vencidas pela norueguesa Marte Olsbu Roiseland e duas pelas irmãs sueca Elvira e Hanna Öberg, uma pra cada. Mas na temporada passada, quem dominou aqui foi a norueguesa Tiril Eckhoff. Em 10 disputas de sprint, Eckhoff levou as 7 últimas, incluindo a do Mundial, mas ela não faz uma boa temporada e tem um 6º como melhor resultado. Roiseland foi campeã mundial em 2020 e prata em PyeongChang-2018 e tem mais cinco vitórias em Copas do Mundo.

A bielorrussa Hanna Sola vem muito bem na temporada, ficando no top-7 em cinco das seis provas da tempoerada. Sua compatriota Dzinara Alimbekava também está em ótima fase, mas só bate na trave: ela ficou em 4º lugar quatro vezes e sua pior prova foi um 8º lugar. De olho também na austríaca Lisa Theresa Hauser e nas francesas Anais Bescond, Justine Braisaz-Bouchet e Anais Chevalier-Bouchet. Lembrando que esta prova é importantíssima também para garantir um bom resultado na perseguição.

Minha aposta: Ouro – Marte Olsbu Roiseland (NOR); Prata – Elvira Öberg (SWE); Bronze – Hanna Sola (BLR)

Perseguição 10km feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Laura Dahlmeier (GER); Prata – Anastasiya Kuzmina (SVK); Bronze – Anaïs Bescond (FRA)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Tiril Eckhoff (NOR); Prata – Lisa Theresa Hauser (AUT); Bronze – Anaïs Chevalier-Bouchet (FRA)

A sempre emocionantes prova de perseguição feminina estreou em Salt Lake City-2002 e, em cinco disputas, foram três ouros alemães para três atletas diferentes, todas espetaculares e já aposentadas: Kati Wilhelm, Magdalena Neuner e Laura Dahlmeier. Em 21 mundiais, 7 ouros alemães, 4 suecos e 4 noruegueses. Um resultado bom no sprint é fundamental aqui, mas não garante nada. A única que venceu as duas provas nos Jogos foi a Dahlmeier em 2018.

Por conta dos bons resultados no sprint, as norueguesas tem dominado esta prova no circuito. Em cinco disputas nesta temporada, Marte Olsbu Roiseland venceu quatro e é totalmente favorita aqui. Na temporada passada, foram oito prova, todas da Noruega: 6 vencidas por Tiril Eckhoff e 2 por Roiseland.

De olho novamente nas irmãs suecas Hanna e Elvira Öberg, que tem um ótimo sprint, nas bielorrussas Hanna Sola e Dzinara Alimbekava, na austríaca Lisa Theresa Hauser, que tem uma ótima recuperação no esqui, e em toda a equipe francesa.

Minha aposta: Ouro – Marte Olsbu Roiseland (NOR); Prata – Dzinara Alimbekava (BLR); Bronze – Hanna Öberg (SWE)

Saída em Massa 12,5km feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Anastasiya Kuzmina (SVK); Prata – Darya Domracheva (BLR); Bronze – Tiril Eckhoff (NOR)

Pódio último mundial (2021): Ouro – Lisa Theresa Hauser (AUT); Prata – Ingrid Landmark Tandrevold (NOR); Bronze – Tiril Eckhoff (NOR)

Prova individual mais nova dos Jogos, a saída em massa estreou em Turim-2006 e em Mundiais apenas em 1999. Foram 4 campeãs olímpicas diferentes e 8 campeãs diferentes nos últimos 8 mundiais.

Apenas 30 atletas participam desta prova, as 30 melhores dos Jogos, então o nível é altíssimo tudo realmente pode acontecer. Difícil fugir do favoritismo das norueguesas, suecas, francesas e bielorrussas. Nesta temporada, a sueca Elvira öberg e a italiana Dorothea Wierer foram as vencedoras das duas provas disputadas. Na temporada passada, em 5 provas, 4 campeãs diferentes. Destaque para a francesa Julia Simon que levou duas e para a austríaca Lisa Theresa Hauser, que surpreendeu ao vencer no Mundial, principalmente pelo fato de ser a única a não errar nenhum tiro na prova. Será uma disputa bem aberta e com alterações na liderança, como sempre acontece na saída em massa.

Minha aposta: Ouro – Elvira Öberg (SWE); Prata – Marte Olsbu Roiseland (NOR); Bronze – Lisa Theresa Hauser (AUT)

Revezamento 4x6km feminino

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – Belarus; Prata – Suécia; Bronze – França

Pódio último mundial (2021): Ouro – Noruega; Prata – Alemanha; Bronze – Ucrânia

O revezamento feminino estreou nos Jogos em 1992, quando as mulheres começaram a competir nas Olimpíadas, ainda no formato 3×7,5km. Na edição seguinte passou a ter 4 atletas e, a partir de 2006, a distância foi reduzida para 6km. Em 8 disputas, 3 ouros russos e 2 alemães. Curiosamente, a Noruega nunca foi campeã olímpica e tem apenas 3 pódios. Em Mundiais, a Alemanha lidera com 10 ouros e 20 medalhas em 30 disputas, mas quem manda na atualidade é a Noruega, que venceu as 3 últimas edições.

Apesar da espetacular fase de Marte Olsbu Roiseland, a Noruega não vem com uma super equipe e o ouro inédito vai ser difícil. Em 4 disputas do revezamento nesta temporada, a Noruega venceu apenas uma, que não teve Roiseland, mas numa etapa que estava um pouco esvaziada. Já a França vem com mais regularidade, tendo vencido duas dessas etapas e subindo ao pódio em todas. Liderada pelas irmãs Öberg, a Suécia é fortíssima candidata ao pódio, assim com a sempre forte Rússia. Alemanha, Ucrânia e Belarus correm por fora.

Minha aposta: Ouro – França; Prata – Suécia; Bronze – Noruega

Revezamento 4×7,5km misto

Pódio PyeongChang-2018: Ouro – França; Prata – Noruega; Bronze – Itália

Pódio último mundial (2021): Ouro – Noruega; Prata – Áustria; Bronze – Suécia

O revezamento misto vai abrir as disputas de biatlo em Pequim em sua 3ª disputa olímpica. Noruega em 2014 e França em 2018 foram os campeões. Em Mundiais, em 15 disputas, são 6 ouros e 11 pódios noruegueses, sendo 3 vitórias nos 3 últimos Mundiais, todos com Johannes Thingnes Boe, Tiril Eckhoff e Marte Olsbu Roiseland.

E a equipe da Noruega já foi escalada com os três mais o Tarjei Boe, mesma equipe campeã em 2020. Não dá pra dizer que é um ouro certo, mas muito provável, apesar de Eckhoff não fazer uma grande temporada. Houve uma mudança importante na prova desde a última Olimpíada. Antes, as mulheres abriam e os homens fechavam. Agora isso foi invertido, e Roiseland deve fechar e muito bem. A principal concorrente é a França, que vem com grandes equipes tanto no masculino como no feminino. Alemanha, Suécia (com as irmãs öberg e o rápido Sebastian Samuelsson) e Rússia devem brigar pelo pódio. Áustria, Itália e Belarus correm bem por fora.

Minha aposta: Ouro – Noruega; Prata – França; Bronze – Suécia

Mais em Os Olímpicos