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Paris 2024

Aline e Vanessa comentam circuito da maratona: “Bem dura”

Entre as 10 melhores da maratona T54, as brasileiras comemoraram seus resultados e poderem terminar o percurso

Vanessa Cristina nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024
Foto: Alessandra Cabral/CPB @alecabral_ale

PARIS – Hoje o Brasil terminou a maratona com duas atletas no top-10 da prova. Aline Rocha e Vanessa Cristina completaram os 42km na 8ª e 10ª posições respectivamente, da classe T54 (cadeirantes). Após cruzar a linha de chegada, as duas comemoram, não apenas seus resultados, mas também poderem terminar o percurso, que apesar de belo, também teve suas dificuldades.

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“Sim, é uma maratona bem dura. Eu nunca rezei tanto pra maratona terminar. Eu não estava aguentando mais, acabo sofrendo. A gente sofre bastante no paralelepípedo. A gente não consegue colocar ritmo na cadeira. Eu acabo trepidando muito, acabo tendo bastante câimbra. Então foi bem difícil. Mas estou muito feliz por ter representado o Brasil”, disse Vanessa Cristina.

Por conta de um acidente de moto, Vanessa Cristina precisou amputar a perna esquerda do joelho para baixo. Ela explicou que ela sente mais as trepidações na pista pois tem sensibilidade na perna. Diferentemente de Aline, que ficou paraplégica após um acidente de carro.

Medo da chuva

Como contado anteriormente pelo Olimpíada Todo Dia, Vanessa Cristina e Aline Rocha foram atletas que sofreram com as condições do tempo nas provas de pista do atletismo no Stade de France. A manhã deste domingo (8) começou nublada e com uma temperatura de 15 graus. Se precavendo, as atletas vieram preparadas para caso o tempo fechasse.

Aline Rocha nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024
Aline Rocha (Foto: Alessandra Cabral/CPB @alecabral_ale)

“Hoje fez um pouco mais de frio, o nosso maior medo era chuva, porque na chuva vocês já perceberam que a gente teve péssimas provas, mas o clima contribuiu bastante, pelo menos para mim. Eu gosto do clima um pouco mais frio mesmo, para mim foi bom”, disse Aline.

“O maior desafio da prova foi os trechos com paralelepípedo. A gente já tinha visto o vídeo do percurso, saberíamos que até a cadeira fica instável, tripida bastante e pode correr o risco de soltar a roda. Então, a gente já competiu com a chave de roda aqui presa no equipamento. Caso tivesse problema a gente iria parar, apertar e seguir, mas deu tudo certo”, disse Aline.

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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