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Isaquias é prata no C1 1000 e vai ao pódio olímpico pela quinta vez

Isaquias Queiroz é prata do C1 1000 da canoagem velocidade e conquista em Paris, a quinta medalha olímpica dele

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(Alexandre Loureiro/ COB)

Paris – Saiu a quinta medalha olímpica de Isaquias Queiroz! O brasileiro conquistou a prata na prova do C1 1000m da canoagem velocidade nos Jogo de Paris. Ele passou na segunda colocação, com o tempo de 3min44s33 na prova disputada nesta sexta-feira (9), no Estádio Náutico Vaires-sur-Marne, arredores da capital francesa. Assim, três anos depois da consagração com o ouro em Tóquio, o baiano de Ubaitaba volta ao pódio olímpico pela terceira vez em três edições de Jogos na carreira.

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Dessa forma, Isaquias Queiroz iguala-se aos velejadores Roberto Scheidt e Torben Grael com cinco pódios. No ‘desempate’, os velejadores levam a melhor. Scheidt tem dois ouros, duas pratas e um bronze, e Grael dois ouros, uma prata e dois bronze. Isaquias colocou o ouro no peito uma vez, a prata, três vezes, e o bronze, uma vez. No Brasil, somente a ginasta Rebeca Andrade tem mais. São seis, dois ouros, três pratas e um bronze.

Na imagem, Isaquias Queiroz comemorando sua medalha na canoagem em Paris.
Isaquias Queiroz comemorando sua medalha na canoagem em Paris. Foto: Alexandre Loureiro/ COB

Para chegar ao pódio da canoagem velocidade no C1 1000 de Paris, Isaquias fez três largadas. Começou na quarta feira (7), quando ele ficou com a segunda colocação na bateria classificatória e, com isso, avançou direto para as semifinais, sem a necessidade de correr as quartas. A semi foi já nesta sexta, duas horas antes da grande final. Ele avançou com o terceiro melhor tempo dentre os oito finalistas, após uma bateria muito dura.

A prova

Isaquias manteve-se entre os líderes na largada, cruzando os primeiros 250m com a quarta colocação, a 1s41 atrás do tcheco Martin Fuksa, mas no bolo dos líderes. Nos 500m, o brasileiro perdeu uma colocação e já estava a quase cinco segundos do ouro. Foi o momento de retomada e exibição de força do baiano.

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(Alexandre Loureiro/COB)

De, aparentemente, fora do pódio, engoliu o italiano Carlo Tacchini, o russo Zakhar Petrov e o moldavo Serguei Tarnovschi. Só não ultrapassou o tcheco, que liderou de ponta a ponta até conquistar o ouro. Mesmo assim, Isaquias chegou 1s17 atrás de Fuksa, que venceu com 3min43s16 (melhor marca olímpica) e com uma velocidade muito maior ao cruzar a linha. Tarnovschi levou o bronze.

Ano sabático

Em 2023, Isaquias Queiroz optou por desacelerar o ritmo frenético de treinos e competições, poder passar mais tempo com a família. À época, afirmou que se não fizesse isso, talvez nem tivesse condições de chegar aos Jogos na França. Pode, por exemplo, estar presente ao nascimento do segundo filho, Luigi. Quando veio o primeiro, Sebástian, em 2017, teve de acompanhar de longe pois estava na República Tcheca para a disputa do Mundial de Canoagem Velocidade.

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Isaquias com a esposa Laina e os filhos Sebastian (direita) e Luigi (Alexandre Loureiro/COB)

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Na vida esportiva, ficou apenas na sexta colocação no Mundial de Canoagem, realizado em Duisburg. Foi o pior resultado dele depois do ouro em Szeged, na Hungria, em 2019. A colocação não garantia vaga olímpica para o brasileiro, reservadas apenas para os cinco primeiros. Porém, como o tcheco Martin Fuksa conseguiu vaga tanto pelo C1 1000 quando pelo C2 500, foi campeão nas duas, Isaquias herdou uma do C1 1000. Vale dizer que haveriam outras chances para o brasileiro, caso realmente não tivesse dado em Duisburg.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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