Carol Solberg e Bárbara Seixas tiveram chances de vencer o primeiro set contra as australianas Mariafe e Clancy, mas desperdiçaram as oportunidades. No segundo, as adversárias foram superiores e não deram chances às brasileiras, que foram eliminadas nas oitavas de final do vôlei de praia feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Na saída da quadra, Carol e Bárbara não conseguiam esconder a tristeza.
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“Eu acho que agora é difícil… Acho que tem, óbvio, vários aprendizados. Mas agora confesso que não consigo pensar nisso. Estou arrasada”, afirmou Carol Solberg, que aos 36 anos disputou sua primeira Olimpíada. “O sentimento é de tristeza por ter perdido esse jogo e por não ter conseguido continuar a nossa performance, que iniciamos de uma forma tão boa, tão positiva”, completou Bárbara Seixas, medalha de prata na Rio-2016, de 37 anos, que voltou aos Jogos depois de ficar ausente em Tóquio-2020.
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Ducha de água fria
Carol Solberg e Bárbara Seixas chegaram às oitavas de final do vôlei de praia embaladas por uma campanha perfeita na primeira fase. Elas terminaram em primeiro lugar do Grupo A depois de derrotar as japonesas Akiko e Ishii, as lituanas Paulikiene e Raupelyte e as holandesas Stam e Schoon.
A campanha em Paris-2024, entretanto, terminou na dura derrota sofrida neste domingo para as australianas. Depois de começar bem o jogo e chegar a abrir quatro pontos de vantagem, mas levaram a virada numa sequência de três aces de Clancy, quando o placar ficou em 18/17. Depois disso, trocaram pontos até o final, mas a dupla da Oceania fechou em 22/20.
Saque arrasador
Não foi só neste momento que o saque de Clancy fez a diferença. Aconteceu ao longo do jogo todo, enquanto as brasileiras não conseguiram incomodar no fundamento. “Acho que ela estava colocando uma pressão muito boa ali. Estava mexendo o saque, colocando para a linha, para o meio, para o fundo, fazendo uma variação boa e isso dificultou”, explicou Bárbara Seixas.
“Acho que nosso saque não entrou. Elas jogaram melhor do que a gente, foram mais agressivas, principalmente nesse fundamento que fez toda a diferença no jogo e a gente não conseguiu anular. Aquela bola de segunda estava chata e acho que muito em função do nosso saque não estar entrando.
É, acho que a bloqueadora (Clancy) sacou muito bem, conseguiu fazer uma variação absurda, sacando de um lado para o outro, todos com velocidade. Isso fez toda a diferença”, completou Carol Solberg.