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Mariana D’Andrea quebra recorde mundial e é ouro no Mundial de halterofilismo

Competindo pela primeira vez na categoria até 79 kg, a brasileira bateu a marca de 151 kg levantados e se sagrou campeã do torneio

Mariana D'Andrea Regional das Américas
(Foto: Ale Cabral/CPB)

Histórico! A brasileira Mariana D’Andrea, de 25 anos, quebrou o recorde mundial e conquistou a medalha de ouro no Mundial de halterofilismo paralímpico, em Dubai, a primeira de sua carreira e o primeiro título da história do Brasil na modalidade. Mais abaixo, a mineira Caroline Fernandes acabou na sétima posição.
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Disputando pela primeira vez a categoria até 79 kg, Mariana bateu o recorde das Américas logo na sua primeira tentativa, quando levantou a marca de 141 kg. Na sequência, a paratleta brasileira quebrou o recorde mundial duas vezes seguida: primeiro com 146 kg levantados, e, depois, atingindo o histórico 151 kg. Com o grande resultado, a paulista se sagrou campeã do torneio pela primeira vez na sua carreira. Logo depois, a nigeriana Bose Omolayo ficou com a prata, enquanto a chinesa Miaoyu Han completou o pódio em terceiro.

Carreira de Mariana D’Andrea

Na última edição do Mundial, Mariana D’Andrea conquistou a prata em 2021, em evento realizado na cidade de Tbilisi, da Geórgia. Além disso, a brasileira levou o ouro nas Paralimpíadas de Tóquio, onde superou a chinesa Xu Lili e a francesa Souhad Ghazouani. Ambas as conquistas foram realizadas em provas da categoria até 73 kg. Mariana também se sagrou campeã nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019.

“Eu estava muito bem, meus treinamentos vinham evoluindo e eu me sentia cada vez mais preparada. Depois que fui campeã paralímpica, sabia que poderia brigar com as meninas a qualquer hora e já estava pronta para ser campeã mundial, que era um sonho”, afirmou Mariana. “Na hora em que eu vi as primeiras pedidas, vi que estava à frente dela [Bose]. Conforme ela acertou os movimentos, entendi que eu precisava fazer também. Quando o Val [técnico Valdecir Lopes] disse que faríamos 151kg, fiquei tranquila, pensei que estava preparada e poderia fazer esse movimento, eu acreditei que estava pronta. Foi uma briga muito legal”, confirmou a atleta. Na mesma disputa, a mineira Caroline Fernandes ergueu 116 kg e ficou com a sétima posição.

Outras participações brasileiras

Mais cedo, na prova da categoria até 73 kg, a mineira Ângela Teixeira suportou 103 kg em sua terceira tentativa e igualou a marca obtida na seletiva para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, em agosto. Além disso, na prova, a paulista Laira Guimarães ergueu 101 kg em sua segunda oportunidade. As halterofilistas ficaram na 11ª e 13ª posições, respectivamente. O pódio foi formado pela nigeriana Kalifa Almaruf, com o ouro (140kg), pela chinesa Xu Lili, com a prata (134 kg), e pela francesa Souhad Ghazouani, com o bronze (131 kg).

“Foi uma prova de adrenalina. Eu vim preparada para fazer ainda mais do que consegui. Mas tudo tem seu tempo. Acredito que dei o meu melhor. Estou satisfeita. É um Campeonato Mundial, uma competição acirrada. Só tenho a agradecer e me preparar para o próximo desafio, que será no Chile, no Parapan, em novembro, onde vou tentar melhorar a minha marca”, afirmou Ângela.

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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