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Grand Prix de Judô confirma favoritos no pódio em São Paulo

Principais atletas que vêm se destacando na Seleção Brasileira ganham suas categorias antes de reta final por vagas em Paris 2024

O francês Helios Latchoumanaya, atual campeão mundial, joga o brasileiro Marcelo Casanova no chão. Helios é preto e tem o cabelo penteado com dreads. Marcelo é albino e tem o cabelo branco (Taba Benedicto/ CBDV)
(Taba Benedicto/ CBDV)

Nesta quarta-feira (03), foi encerrada a primeira etapa do Grand Prix de judô paralímpico, organizado pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Visuais (CBDV). O torneio acontece no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Todos os principais nomes da Seleção Brasileira nos últimos anos que estavam inscritos subiram no lugar mais alto do pódio, confirmando o foco dos judocas na reta final da briga pela vaga nos Jogos Paralímpicos. Assim, os últimos torneios qualificatórios para Paris 2024 estão agendados para o segundo semestre: duas etapas do Grand Prix da IBSA, no Azerbaijão, em setembro, e Japão, em dezembro, além dos Jogos Mundiais da IBSA, na Inglaterra, em agosto, e o Parapan, no Chile, em novembro.
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Campeões no torneio

“Um título brasileiro é sempre muito importante, sempre há o que aprender. E dá mais confiança, mostra o que há de errado, também, para corrigir e melhorar pensando nas próximas competições”, destacou a carioca Brenda Freitas, campeã na categoria até 70 kg para atletas J1 (cegos totais). Do mesmo modo, outros favoritos que se deram bem foram Rosi Andrade (até 48 kg J1), Thiego Marques (até 60 kg J2), Harlley Arruda (até 73 kg J1), Larissa Silva (até 57 kg J1), Arthur Silva (até 90 kg J1), Wilians Araújo (acima de 90 kg J1), Erika Zoaga (acima de 70 kg J1) e Rebeca Silva (acima de 70 kg J2). Por fim, o evento contou ainda com a participação do francês Helios Latchoumanaya, que levou o ouro ganhando uma das lutas do brasileiro Marcelo Casanova.

Momento de superação

Mas houve espaço nos tatames montados na arena multiuso do CT para algumas voltas por cima, também. O sul-mato-grossense Luan Pimentel, recuperado de uma lesão grave no joelho direito, ganhou seu primeiro ouro desde o retorno. “Estou muito feliz, vim de uma lesão séria, fiquei muito tempo sem treinar. Desde que comecei no judô, nunca havia passado tanto tempo inativo. Poder sentir que evoluí, voltei um atleta melhor, é muito bom. Fiquei feliz com minha performance. Lutei contra atletas que foram para Paralimpíada, gente que já tinha ganhado de mim”, destacou o campeão da categoria até 73 kg para atletas J2 (baixa visão).

O Grand Prix é dividido em duas etapas, cada uma em um semestre do ano, e equivale ao Campeonato Brasileiro da modalidade. A segunda etapa será no dia 9 de outubro, no mesmo local.

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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