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Gustavo Sousa quebra recorde no Brasileiro de halterofilismo

O paratleta carioca levantou 220kg e bateu o recorde nacional na categoria a partir de 107kg

(Foto: Alessandra Cabral/CPB)

O halterofilista carioca Gustavo Sousa quebrou o recorde nacional da categoria a partir de 107kg e levantou o maior peso já suportado por um atleta paralímpico brasileiro neste sábado, 15. Ele obteve o resultado ao erguer 220kg durante o segundo, e último, dia do Campeonato Brasileiro Loterias Caixa da modalidade, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
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Primeiramente, a maior marca de um paratleta brasileiro pertencia a Mateus Silva que, competindo pela categoria até 107kg, suportou 214kg em competição realizada em Belo Horizonte em agosto do ano passado. O recorde na categoria acima de 107kg já era de Gustavo, que levantou 212kg na 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de halterofilismo, disputada em março no CT.
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Assim, o resultado ainda coloca o atleta entre os potenciais convocados para o Mundial da modalidade em Dubai, de 22 a 30 de agosto. Gustavo precisava levantar 218kg para atingir o índice técnico da competição. Alcançou o objetivo já no segundo levantamento deste sábado. Vale ressaltar que o índice não é o único critério do CPB para definir a Seleção Brasileira na competição. Os demais requisitos podem ser encontrados aqui.

Fala de Gustavo

“Esse mês de treinamento foi muito duro. Trabalhei em cima da carga que eu precisava. Hoje eu e a barra fomos amigos. Foi um presente para mim, minha família, meu clube, a Marinha do Brasil. Estou anestesiado, muito feliz. Agora é buscar voos mais altos. Se Deus quiser, vou ser convocado para Dubai para repetir essa marca”, afirmou o atleta, que representa a equipe Adaan e ainda não esteve em competições internacionais.

Outros resultados

Além disso, também na manhã deste sábado, a campeã paralímpica, Mariana D’Andrea, anotou a marca de 140kg, um a menos do que o atual recorde paralímpico na categoria até 79kg, de 141kg, registrado pela nigeriana Bose Omolayo, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

Mariana tentou suportar 143kg em sua terceira tentativa, o que seria a maior marca nacional, porém teve o movimento invalidado. Mariana afirmou que espera conquistar o recorde que não saiu nesta competição durante a Mundial, em Dubai. “Eu pretendia voltar com o recorde brasileiro, mas não foi desta vez. Eu senti um incômodo no ombro direito e acho que isso não permitiu um movimento perfeito. Vou conversar com o meu treinador para entender melhor o que aconteceu. Vou treinar bastante e guardar essa marca para o Mundial”, disse a atleta, que representa a equipe Aesa, de Itu.

Além disso, em março, Mariana suportou 142kg na primeira fase do Circuito Nacional Loterias Caixa, o que a transformou na primeira atleta brasileira a ter recordes em quatro categorias do halterofilismo (até 61kg, até 67kg, até 73kg e até 79kg).

Recordes

Do mesmo modo, durante o Campeonato Brasileiro, foram quebrados outros três recordes nacionais. No sábado, a carioca Tayana Medeiros, do Praia Clube, bateu o recorde nacional da classe até 86kg ao levantar 135kg em sua segunda tentativa. O recorde anterior era da própria atleta, com 133kg durante etapa do Meeting Loterias Caixa realizado em outubro de 2022, em Minas Gerais.

“A minha prova me surpreendeu bastante. Foi a melhor prova que fiz na vida, estou com a expectativa lá no alto. Estou levantando cargas maiores do que fiz e quero fazer ainda mais para competir com minhas adversárias no Mundial”, afirmou.

Na categoria até 97kg, José de Arimatéia, da equipe CCF, levantou 206kg, superando sua própria marca, de 205kg, obtida em dezembro de 2022 no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Por fim, na véspera, a mineira Cristiane Reis levantou 94kg e garantiu a melhor marca nacional na categoria até 55kg. Ela já era detentora do recorde brasileiro, conquistado em dezembro de 2022, quando ela suportou 90kg.

Assim, a competição contou com inscrição de 120 atletas e foi a última oportunidade para obtenção do índice para Dubai.

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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