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Brasil leva 14 medalhas no Pan-Americano de judô paralímpico

Brasil fatura 11 ouros, uma prata e dois bronzes no Pan-Americano de judô paralímpico

Pan-Americano de judô paralímpico
Brasileiros no pódio do Pan-Americano (Foto: Divulgação/CBDV)

A seleção brasileira de judô paralímpico encerrou a temporada 2022, que já havia entrado para a história da modalidade com a campanha vitoriosa no Campeonato Mundial de Baku, em grande estilo. Neste domingo (11), todos os 12 judocas que lutaram no Campeonato Pan-Americano da IBSA, em Edmonton, no Canadá, subiram ao pódio e garantiram nove ouros, uma prata e dois bronzes ao Brasil, que fechou a competição na liderança geral. Apenas as atletas Giulia Pereira (até 48 kg da classe J2, para baixa visão) e Alana Maldonado (J2 até 70kg) não competiram dentro do tatame, pois foram as únicas inscritas em suas respectivas categorias, mas também receberam medalhas de ouro.

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Ao todo, participaram do torneio canadense 45 atletas de seis países – Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Cuba e Estados Unidos. Três países (Colômbia, México e Venezuela) tiveram problemas com documentação e não enviaram representantes.

Medalhas com caminhos curtos

Com o número reduzido de judocas, seis categorias acabaram tendo apenas dois lutadores que se enfrentaram em sistema de melhor de três combates. Foi o caso da brasileira Erika Zoaga (acima de 70 kg da classe J1, para cegos totais), por exemplo, que nem precisou da terceira luta para despachar a norte-americana Christella Garcia em dois confrontos.

Wilians Araújo Pan-Americano de judô paralímpico
Wilians Araújo teve um grande ano de 2022 (Foto: Renan Cacioli/CBDV)

O mesmo aconteceu com a potiguar Rosi Andrade (J1 até 48 kg), ganhadora dos dois combates diante da argentina Rocio Ledesma, com a carioca Brenda Freitas (J1 até 70 kg), que bateu a cubana Aragna Hechevaria, e o paraibano Wilians Araújo (J1 acima de 90 kg), soberano contra o argentino Cristian Alderete.

Wilians, por sinal, fecha o ano com uma marca incrível: foi ouro nos sete campeonatos que disputou e ganhou 23 das 24 lutas por ippon. “Foi um ano mágico na minha vida, o melhor da minha carreira esportiva. Isto é fruto de um trabalho em equipe, todos do Instituto Benjamin Constant e da CBDV. Agora é continuar treinando forte para seguir no próximo ano nesta mesma batida”, disse o peso-pesado.

Chaves cheias

Outros medalhistas de ouro pelo Brasil caíram em chaves com três a cinco oponentes. Neste caso, a fórmula de disputa é de todos contra todos. Quem vencer mais fica em primeiro lugar. O paraense Thiego Marques (J2 até 60 kg), que jamais havia ganhado um ouro pela seleção adulta, quebrou a escrita passando pelo atleta da casa Justin Karn e pelos chilenos Johann Bustos e Yabran Alonso: “É uma grande satisfação encerrar este ano com chave de ouro. Em todas as competições, estive no pódio. Encerro como melhor do mundo e, com esses pontos, fico ainda mais próximo de Paris”, disse.

Thiego Marques Pan-Americano de judô paralímpico
Thiego Marques levou seu primeiro ouro no adulto (Foto: Renan Cacioli/CBDV)

O Pan-Americano doe judô paralímpico foi o segundo evento da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) que contou pontos no ranking mundial. Será o ranking que balizará os classificados para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

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Os demais pódios deste domingo vieram com a prata de Elielton Oliveira (J1 até 60 kg) e os bronzes de Larissa Silva (J1 até 57 kg) e Harlley Arruda (J1 até 73 kg).

Grande ano

Dos 14 convocados pela comissão técnica dos senseis Alexandre Garcia e Jaime Bragança para o evento, sete chegaram a Edmonton na liderança de suas categorias. Todos confirmaram o favoritismo e venceram – com exceção da já citada Alana Maldonado. Além de Rosi, Brenda, Thiego e Wilians, os outros melhores do mundo que subiram no topo do pódio neste domingo foram: Rebeca Silva (J2 acima de 70 kg) e Arthur Silva (J1 até 90 kg). Lúcia Araújo (J2 até 57 kg) e Marcelo Casanova (J2 até 90 kg), que também penduraram a dourada ao redor do pescoço, devem ganhar posições em seus pesos.

Alana Maldonado brasil judô paralímpico
Alana Maldonado nem precisou lutar para levar mais um ouro (Foto: Renan Cacioli/CBDV)

Além de ter sido campeã do Pan do Canadá, em 2022 o judô paralímpico do Brasil ficou em quarto lugar no Mundial de Baku. Além disso, foi primeira colocada das três etapas do Grand Prix da IBSA: em São Paulo, Nur-Sultan (Cazaquistão) e Antalya (Turquia). Após as férias, a primeira grande competição da modalidade em 2023 será o Aberto da Alemanha, em Heidelberg, em fevereiro. Vale lembrar que a próxima temporada reserva ainda os Jogos Mundiais da IBSA, em Birmingham (ING), em agosto, e os Jogos Parapan-Americanos, em Santiago (CHI), em novembro.

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