Siga o OTD

Paralimpíada Todo Dia

Guissone e Fabiana dão show no Brasileiro de Paraesgrima

Atletas conquistaram títulos em duas armas cada; competição ainda condecorou Sandro Colaço com o ouro na espada A

Jovane Guissone brasileiro paraesgrima
Jovane Guissone conquistou dois títulos logo no primeiro dia. Foto: Rosele Sanchotene.

O primeiro dia de Campeonato Brasileiro de Paraesgrima começou e já distribuiu cinco medalhas de ouro. O evento, que está acontecendo no Bristol Santo André Hotel, em Santo André, no ABC Paulista, encerra o calendário nacional da modalidade em 2021 e presenciou esgrimistas faturando títulos em mais de uma ocasião. Nesta sexta-feira (3), Jovane Guissone, Fabiana Soares (ambos por duas vezes) e Sandro Colaço foram os primeiros nomes escritos na lista dos campeões do evento.

O primeiro a ser condecorado com título foi Jovane Guissone, da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná-PR, que brilhou jogando pela arma que tem menos afinidade, o sabre. Pela categoria B, o medalhista de prata da Tóquio 2020 bateu o companheiro de Paralimpíada, Vanderson Chaves (Grêmio Náutico União-RS) por 15 a 10 para ficar com o ouro na primeira parte do dia.

+ Talia Calazans cai na semifinal do florete feminino

“Eu fui chegando, deixaram eu chegar e, com isso, parei na final. Eu fico feliz de fazer uma prova boa, de jogar com o Vanderson Chaves, que vem se destacando. Estou feliz que vou levar essa medalha para casa”, comemorou o atleta.

A decisão do florete A teve um jogo de tirar o fôlego. Protagonizada por Fabiana Soares, do Sport Club Magnólia-RJ, e Mônica Santos, do Grêmio Náutico União-RS, a final não teve nenhuma das esgrimistas abrindo uma grande vantagem durante o confronto. Nos últimos instantes, Fabiana conseguiu fazer os toques decisivos e fechou o embate em 15 a 13.

A atleta lembrou da terceira colocação que conquistou na Copa Satélite deste ano em que ficou ‘engasgado’ para ela.

“Eu queria melhorar o meu resultado da Copa Satélite, eu fiquei bem chateada de ter perdido na semifinal por 15 a 14, é muito doído isso. Eu voltei com mais força para cá, me dedicando mais. Eu consegui alcançar o meu objetivo, que era ganhar o campeonato”, afirmou Fabiana.

A categoria A da espada também apresentou uma final de alto nível. Sandro Colaço (Associação dos Deficientes Fìsicos do Paraná-PR) enfrentou um atleta que veio embalado da semifinal: Fabio Luiz Damasceno (Grêmio Náutico União-RS), que passou por Alex Sandro Souza (Esporte Clube Pinheiros-SP) em um jogo finalizado em 15 a 14. Colaço não ligou para o bom retrospecto do adversário e o superou por 15 a 12.

O medalhista de ouro fez questão de enaltecer o adversário da decisão: “Foi uma final legal, gostosa, porque eu e o Fabio já somos companheiros antigos de Seleção, nós brincamos que somos a velha guarda da esgrima. Foi uma prova muito bacana”.

Bis de Fabiana Soares e Jovane Guissone

Na segunda parte da sexta-feira, o Bristol Santo André Hotel presenciou um repeteco da manhã. Fabiana Soares e Jovane Guissone não se satisfizeram com os títulos previamente conquistados e foram para o pódio na primeira colocação novamente.

Fabiana chegou ao seu segundo ouro ao derrotar Karina Maia (Associação dos Deficientes Físicos do Paraná-PR) na final do sabre A por 15 a 6. Feliz pela conquista, ela comemorou o fato de ter vencido no sabre pela terceira vez seguida nos nacionais (2018 2019 e 2021) e revelou que a meta é estar na Paralimpíada de Paris, em 2024.

“O sabre é uma arma que eu gosto bastante, eu acho que tenho mais facilidade, não coloco tanta responsabilidade em mim quando jogo com essa arma. Eu acho que estou apresentando bons resultados, desde 2018 que venho conquistando o Brasileiro. Eu estou seguindo um bom caminho e quero conseguir uma vaga para Paris”, contou a esgrimista.

A segunda conquista de Guissone no dia foi diante do mesmo adversário: Vanderson Chaves. Desta vez, no florete B, ele dominou completamente as ações e aplicou 15 a 4 no placar. Como venceu em dose dupla, ele não pôde deixar de lembrar das suas gêmeas que nasceram neste ano.

“Estou muito feliz. É muito bom poder terminar bem um ano, que foi de nascimento das minhas gêmeas, Alice e a Cecília. Um abraço para a minha família que sempre me apoiou. Eu só tenho a agradecer por ter chegado aonde cheguei”, dedicou Guissone.

Mais em Paralimpíada Todo Dia