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Seleção Brasileira

Medalhas inéditas no Pan devem ser comemoradas. Mas com moderação

Resultados inéditos do esporte brasileiro no Pan de Toronto são feitos que merecem justas comemorações, até porque sempre é bom ganhar. Mas é preciso que o torcedor brasileiro que acompanha os esportes olímpicos tenha os pés no chão.

As irmãs Luana e Lohaynny Vicente em ação na final de duplas do badminton em Toronto. Crédito: Jonne Roriz/COB

As irmãs Luana e Lohaynny Vicente em ação na final de duplas do badminton em Toronto. Crédito: Jonne Roriz/COB

A quarta-feira destes Jogos Pan-Americanos de Toronto ficou marcada por um resultado inédito no esporte brasileiro: pela primeira vez o badminton, esporte com pouquíssima tradição no país, conquistou duas medalhas de prata na competição, nas duplas masculina, com Hugo Arthuso e Daniel Paiola, e feminina, pelas irmãs Lohaynny e Luana Vicente. Além disso, obteve ainda uma de bronze nas duplas mistas, com Alex Tjong e Lohaynny Vicente.

Foi mais do que o badminton brasileiro  havia conquistado em toda a sua história em Pan-Americanos, que se resumia a duas medalhas de bronze, com a dupla masculina Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo, no Rio 2007, e Paiola em simples, em Guadalajara 2011.

Um dia antes, a canoagem velocidade do Brasil havia encerrado de forma não menos brilhante sua participação no Canadá, com nada menos do que nove medalhas, sendo duas delas de ouro, graças ao fenômeno Izaquias Queiroz, no C1 1000m e C1 200m. Foram mais três de prata e quatro de bronze.

>>> Veja ainda: O baiano que encantou a torcida canadense no Pan de Toronto

Poderia ficar aqui listando outros exemplos, afinal até agora (15/7) são 55 as medalhas brasileiras neste Pan.

Claro que são feitos que merecem justas comemorações, até porque sempre é bom ganhar. Mas é preciso que o torcedor brasileiro que acompanha os esportes olímpicos tenha os pés no chão. Os feitos obtidos em terras canadenses são muito importantes para se criar uma cultura multi-esportiva em um país que há poucos anos começou a aprender a diversificar seus investimentos em outras modalidades.

Mas que ninguém se iluda e pense que já somos uma potência olímpica. Nem mesmo se o Brasil terminar em segundo no quadro de medalhas deste Pan ou que alcance a tal meta de ficar no top 10 do quadro de medalhas das Olimpíadas do Rio 2016.

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