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Natação

Nicholas Santos faz história com a prata nos 50m borboleta

Aos 37 anos, Nicholas Santos se tornou o mais velho medalhista mundial da história ao ganhar a prata nos 50m borboleta

Nicholas Santos entrou para a história da natação nesta segunda-feira. Nesta segunda-feira, o nadador de 37 anos conquistou a medalha de prata nos 50m borboleta do Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, na Hungria. Ele completou a prova em 22s79, apenas quatro centésimos atrás do britânico Benjamin Proud, que ganhou o ouro. Ao sair da piscina, o brasileiro já tinha ciência do feito que havia acabado de protagonizar.

– Estou “super feliz”, estou no “plus”,com 37 anos, sou o nadador mais velho a ganhar medalha em Mundial e ainda estão me perguntando se vou para 2020. Calma, um ano de cada vez, vamos pensar primeiro no Mundial de Curta (25 metros) do ano que vem. Venho acompanhando os caras competindo e sabia que ele (Benjamin) quando descansasse nadaria bem melhor. Não esperava grandes resultados do Govorov, e no momento que você coloca pressão se vê quem segura a onda ou não. Eu não pude analisar o numero que eu fiz, mas a sensação era igual ao tempo que fiz no Maria Lenk (22s61 – Recorde Sul-Americano). Eu queria ter sido o primeiro, mas o Proud sendo o primeiro fiquei mais aliviado, é um cara bacana. O americano ficou batendo no bloco, gritando na entrada e depois “não segurou a bronca”. Amanha é aniversário de meu filho, queria dar o ouro para ele, mas essa prata tá valendo muito. Fiquei bastante feliz com o resultado do revezamento de ontem, fazia muitos anos que não tínhamos medalha, achei que o diferencial foi o Marcelo e o Fratus fechando braço a braço com o Nathan Adrian. No Mundial de Curta temos bastante medalhas, mas no de longa estava demorando — disse.

A medalha de bronze ficou com o ucraniano Andrii Govorov, que fez 22s84. Na quarta colocação terminou o americano Caelebe Remel Dressel, que era considerado um dos favoritos à medalha, mas acabou fora do pódio. Outro brasileiro na final dos 50m borboleta, Henrique Martins foi o sexto colocado com 23s14.

— A gente sempre entra numa final com a expectativa de conseguir o pódio. O objetivo inicial era pegar a final, mas quando você está na final a cabeça começa a pensar como seria entrar no pódio. O tempo foi praticamente o mesmo da semifinal. Não errei nada na prova, fui consistente, mas não era o suficiente para estar neste pódio. Estou feliz, mas com um gosto de “quero mais”. A gente tenta acelerar o processo, mas de 2014 pra cá eu amadureci muito na parte de treinamento, e na parte mental que acho que é a principal. Falta um pouco ainda. Em Mundial não tem espaço pra ficar nervoso. Foi bom, mas podia ser melhor. Agora vou descansar porque ainda tenho os 100m borboleta (na sexta-feira) e quero ter um bom resultado lá. — disse Henrique.

Brasil soma cinco medalhas em Budapeste

Com a medalha conquistada por Nicholas Santos, o Brasil chega a cinco pódios no Mundial de Esportes Aquáticos. Ana Marcela Cunha ganhou três na maratona aquática (uma de ouro e duas de bronze), enquanto o revezamento 4 x 100m livre conquistou a prata no domingo. Ao todo, portanto, são uma medalha de ouro, duas de prata e duas de bronze.

Até o momento, o Mundial dos Esportes Aquáticos em que o país saiu com o maior número de medalhas também foi após um ano olímpico. Na competição de Barcelona, em 2013, o país teve 10 pódios no total, com três medalhas de ouro, duas de prata, cinco de bronze e ainda o título de campeão geral de maratonas aquáticas.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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