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Escândalo do doping deve deixar a Rússia fora do Mundial de atletismo

Rússia segue suspensa das competições internacionais e se não for reintegrada à Wada, punição impedirá participação no Mundial de Londres

Dizem que não há mal que sempre dure. Este ditado, contudo não se aplica ao atletismo da Rússia. Nesta segunda-feira, a Iaaf (Associação das Federações Internacionais de Atletismo) anunciou que não revogará a suspensão imposta em 2016 e que afastou os russos da Olimpíada Rio-2016. Reunido em Monaco, o conselho da entidade resolveu manter a pena até o mês de novembro. Ou seja, a menos que ocorra uma reviravolta, sem tempo hábil para que os russos disputem o Campeonato Mundial marcado para Londres, no mês de agosto.

A principal justificativa para a Iaaf não revogar a suspensão é que a Rusada, a agência de combate ao doping da Rússia, não foi reintegrada à Wada (Agência Mundial Antidoping). A reintegração só poderia ocorrer em maio (de forma parcial) e em novembro (de forma total).

Durante uma entrevista coletiva ocorrida nesta segunda-feira (6), o chefe da força-tarefa da Iaaf, Rune Andersen, disse que a Rússia precisa aceitar de forma convincente e reconhecer todas as evidências apontadas pelo Relatório McLaren, divulgado no ano passado. O presidente da Iaaf, Sebastian Coe, lembrou que os russos poderão competir como atletas neutros no Mundial de Londres.

O documento, feito por uma comissão independente da Wada, chefiada pelo professor Richard McLaren, apontou a existência de um complexo programa  de acobertamento de doping. Inclusive com envolvimento das autoridades esportivas do país e possivelmente integrantes do governo russo.

Difícil não imaginar que os seguidos anúncios de casos de atletas russos flagrados com substâncias proibidas nas novas análises dos exames das Olimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012, não tenham também influenciado os rumos das decisões do conselho da Iaaf.

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