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Judô

Kitadai e Takabatake ficam nas classificatórias no Mundial

Eric Takabatake ficou no campeão europeu Lukhumi Chkhvimiani, da Geórgia, enquanto Felipe Kitadai não passou por Gusman Kyrgysbayev, do Cazaquistão

Felipe Kitadai da seleção brasileira de judô
Felipe Kitadai (Rafal Burza/CBJ)

O Brasil teve dois representantes no tatami da Nippon Budokan na madrugada deste domingo (25), primeiro dia de competição do Campeonato Mundial de Judô em Tóquio, Japão. Felipe Kitadai e Eric Takabatake fizeram a dobradinha no peso ligeiro masculino 60kg e caíram nas primeiras rodadas classificatórias.

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Ambos estrearam na segunda rodada. Eric Takabatake conseguiu uma vitória diante por punições contra o tunisiano Fraj Dhouibi e avançou. Na segunda luta, o brasileiro, atual número 10 do mundo, encarou o campeão europeu de 2018, o georgiano Lukhumi Chkhvimiani, número 9 do mundo.

O adversário conseguiu forçar duas punições a Eric por passividade e falso ataque, obrigando o brasileiro a ir para o tudo ou nada no golden score. Takabatake buscou a projeção, mas sofreu o contra-ataque que gerou um waza-ari para Chkhvimiani e a vitória no combate.

“É um resultado frustrante por toda a preparação que a gente fez, a aclimatação em Hamamatsu que foi muito boa e bem planejada, chegar aqui e não conseguir ir mais para frente na chave. Com tudo o que eu vinha treinando, acho que eu tinha condições de chegar, sem tirar o mérito do meu adversário. Mas, judô é assim, um contra um, 50 a 50 para cada e, nesse nível, são detalhes que acabam decidindo a luta”, avaliou Takabatake.

Felipe Kitadai

Kitadai, por outro lado, não passou na estreia pelo cazaque Gusman Kyrgysbayev, número 11 do mundo, dez posições à frente do brasileiro. Ele abriu um waza-ari de vantagem, mas sofreu o empate e mais duas punições no tempo normal.

No golden score, Felipe Kitadai acabou levando a terceira punição, uma vez que não arrumou o quimono antes do recomeço da luta. Pela regra, que é recente, o atleta leva um shido (punição) na segunda vez que o árbitro indica a necessidade de arrumar o judogi. Foi o que aconteceu com o brasileiro.

“Eu já tinha estudado e já tinha lutado com esse atleta. Foi do mesmo jeito. Ele estava com duas punições e eu joguei no final da luta. Aqui foi a mesma coisa só que com o final um pouquinho diferente. Eu levei a punição que acabou decidindo a luta”, explicou Kitadai ao sair do combate. “De atitude eu fiz o que queria, que era ser combativo, lutar a luta em todos os momentos, não fiquei passivo, não esperei uma ação do meu adversário. Dentro desses objetivos eu atingi.”

O Brasil não teve representante no ligeiro feminino. Nathália Brígida, que havia sido convocada, foi cortada da equipe por conta de uma lesão nas costas e precisou passar por um procedimento cirúrgico antes do Mundial de judô.

Segundo dia em Tóquio

O segundo dia do Mundial de judô começa aqui no Brasil no final da noite de domingo (25) e você assiste ao vivo aqui pelo Olimpíada Todo Dia. A seleção terá a dobradinha de Eleudis Valentim e Larissa Pimenta no 52kg, além de Daniel Cargnin no 66kg.

Eleudis encara a americana Angelica Delgado na primeira luta enquanto Larissa, estreante em Mundial Sênior e atual campeã dos Jogos Pan-Americanos, enfrentará Raguib Abdourahman, de Djibouti. Se passar, Larissa terá um teste de fogo contra a atual campeã mundial Uta Abe, do Japão, uma rodada antes das oitavas-de-final.

Cargnin, atual número 9 no ranking mundial, folga na primeira rodada e espera o vencedor de Sinan Sandal, da Turquia, e o congolês Rodrick Kuku.

As classificatórias do 66kg e 52kg começarão às 22h (Brasília) deste domingo (25) e as finais serão a partir das 7h da manhã de segunda-feira (26).

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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