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Judô

Guilherme Schimidt projeta medalha no Mundial e em Paris

Após ouro no Pan, Guilherme Schimidt quer buscar medalhas no Mundial de Abu Dhabi e nos Jogos Olímpicos de Paris

Guilherme Schimidt ergue a mão e faz o sinal de número três no Campeonato Pan-Americano e da Oceania de judô
(Foto: Anderson Neves/CBJ)

Guilherme Schimidt conquistou uma das duas medalhas de ouro do Brasil no segundo dia de disputas do Campeonato Pan-Americano e da Oceania de Judô, neste sábado (27). O título veio de forma imponente, em uma final contra o canadense François Gauthier-Drapaeu, e foi importante para dar confiança ao judoca, que almeja ir ao pódio das duas principais competições da temporada: o Campeonato Mundial e os Jogos Olímpicos de Paris-2024.

“O meu projeto é conquistar uma medalha no Campeonato Mundial. Eu ainda não sou medalhista mundial, então é algo que me falta na minha coleção. E eu vou conquistar esse ano, em Abu Dhabi. Logo depois, vou chegar super motivado para Paris, que o meu objetivo também é uma medalha por lá”, projetou o judoca de 23 anos ao Olimpíada Todo Dia logo após faturar o seu terceiro título pan-americano adulto, na Arena Carioca 1.

Preparação de luxo

A próxima edição do Mundial de Judô acontecerá em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, entre 19 e 24 de maio. Será a última competição antes do fechamento do ranking olímpico para a definição dos classificados para Paris-2024. Schimidt, porém, não tem preocupações com a vaga olímpica. Ele é o atual número quatro do mundo na categoria até 81kg e já foi convocado pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para representar o país na Olimpíada.

Guilherme Schimidt em luta de solo contra canadense que pode ser seu adversário no Mundial ou nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Schimidt na luta final do Pan contra Gauthier-Drapeau (Foto: Anderson Neves/CBJ)

Agora, Schimidt se preocupa com a preparação olímpica, que passa pelo Mundial. Ele conquistou uma medalha de bronze no Mundial Júnior de 2019, mas ainda não foi ao pódio da competição na categoria adulta. Ele já participou de três edições e teve como melhor resultado as oitavas de final em 2022, em Tashkent, no Uzbequistão. Gui já medalhou em Grand Prix, Grand Slam e em Masters, restando apenas o Mundial para completar seu “bingo” de conquistas nas principais competições do circuito de judô.

“O Campeonato Mundial é daqui mais ou menos 20 dias. Quero fazer uma preparação de luxo antes dos Jogos Olímpicos. É uma competição que, ao meu ver, é até mais forte do que a Olimpíada. Os Jogos Olímpicos são mais grandiosos pela carga emocional, por ser de quatro em quatro anos. Mas o Mundial é uma competição que é mais desgastante e que você faz mais lutas”, analisou o judoca do Minas Tênis Clube.

Título para dar moral

Schimidt comemorou sua vitória no Campeonato Pan-Americano de Judô, obtendo seu terceiro título na competição. Ele teve uma campanha de três vitórias nas preliminares e superou o canadense François Gauthier-Drapeau, sétimo colocado do ranking olímpico, na final. O triunfo também teve um gosto especial porque foi uma revanche em relação à final do continental do ano passado, em que François venceu Schimidt em Calgary.

Pódio da categoria até 81kg do Campeonato Pan-Americano e da Oceania de judô
Pódio da categoria até 81kg no Pan-Oceânico (Foto: Anderson Neves/CBJ)

“Essa competição é muito importante por conta da pontuação. Eu sabia que meu grande oponente seria o canadense, que é um adversário que já enfrentei quatro vezes. Estou vindo de uma crescente, com um bronze na Turquia e hoje com esse ouro no Pan-Americano, com uma performance muito boa. Venci todas as lutas por ippon, três no chão e a última em pé. Estou contente com esse resultado e motivado para continuar trabalhando pelo que tem pela frente”, falou Schimidt.

Com as conquistas recentes, Schimidt segue na sexta colocação do ranking olímpico. Caso Gauthier-Drapeu tivesse levado o ouro no Pan-Americano, o teria ultrapassado na classificação. O brasileiro luta para permanecer no top-8 para ser um dos cabeças de chave de Paris-2024, situação que evita confrontos diretos contra adversários fortes até as quartas de final, facilitando, assim, sua trajetória rumo à medalha em sua primeira participação olímpica.

Paulistano de 22 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri os Jogos Mundiais Universitários de Chengdu e os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.

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