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Pan 2019

Érica Sena sofre com penalidades e amarga a medalha de bronze

Pernambucana cumpre punição de cerca de 2 minutos, perde a liderança e fica sem o ouro nos Jogos Pan-Americanos: “eu fico com aquele gostinho de injustiça”

Érica Sena Tóquio Portugal Missão Europa Atletismo
Alexandre Castello Branco/COB

Uma prova perfeita decidida nos mínimos detalhes. Depois de liderar durante a maior parte do tempo, Érica Sena não esperava outro resultado que não fosse a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Nada feito. Na reta final dos 20km da marcha atlética feminina, ela recebeu duas penalizações por parte da arbitragem e teve de se contentar com o terceiro lugar e o bronze na capital peruana. A competição masculina está marcada para às 12h30 (de Brasília) deste domingo (04).

Érica Sena foi soberana no começo. Mesmo brigando diretamente com a colombiana Sandra Campuzano e a peruana Kimberly García, a representante do Brasil manteve a liderança. Em determinados momentos, inclusive, abriu vantagem sobre as rivais.

Aos poucos, Érica e Sandra se isolaram na primeira colocação e brigaram segundo a segundo pela ponta. Ainda assim, a pernambucana levou a melhor em todos os 14km iniciais do percurso. A expectativa pelo título tomava as ruas de Lima, que contou com presença de grande público.

No momento crucial da prova, a arbitragem avaliou que Érica Sena não realizou os movimentos obrigatórios de acordo com a regra. Desta maneira, a brasileira precisou cumprir cerca de dois minutos de punição. A frustração era evidente no semblante dela e da comissão técnica. Dia triste com certeza.

“Hoje, foi muito difícil. Eu já não tinha nem ânimo para voltar depois da penalidade. O meu objetivo era o ouro, não era prata ou bronze. Eu já não tinha mais motivo para brigar, não tinha motivação para continuar. A marcha atlética é uma prova muito injusta, que não depende só do atleta. Depende dos árbitros, é muito subjetivo. Em nível mundial eu nunca tive problema. Quando chega uma competição dessas, os árbitros enxergam coisas diferentes. Eu fico com aquele gostinho de injustiça.”

“A medalha de bronze, para o Brasil, é importante. Para mim, eu fico muito triste. Eu sei que tenho condições. Cheguei aqui em Lima com a melhor marca entre as competidoras. Era esperado o ouro. Eu não gostei do resultado, mas uma medalha para o país faz a diferença”, completou.

De qualquer forma, Érica terminou com o terceiro melhor resultado na marcha atlética do Pan. Com a marca de 1h30m34, completou o pódio e conquistou a medalha de bronze. Há quatro anos, ficou com a prata em Toronto 2015. Sandra Campuzano, da Colômbia, faturou o ouro (1h28m03), enquanto Kimberly García fechou em segundo lugar (1h29m00).

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