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Pan 2019

Chico Barretto: o homem dos Jogos Pan-Americanos

Chico Barretto fatura três medalhas de ouro na Ginástica Artística e se torna o primeiro na história do Brasil a conquistar esse feito na modalidade. Confira!

Chico Barretto
Ricardo Bufolin/CBG

Chico Barretto é o cara do Pan! Ele já tinha no currículo uma final olímpica e uma prata por equipes nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, mas o que aconteceu em Lima 2019 mudou o patamar. O ginasta foi o principal nome da competição com as três medalhas conquistadas (equipe, cavalo com alças e barra fixa). Nunca na história da modalidade alguém tinha obtido essa marca.

Detalhe importante: tem mais história ainda. A medalha do cavalo com alças é inédita para o Brasil. Chegando aos 30 anos, Chico Barretto já é pai de família e vive uma nova fase: “Bom, eu vou fazer aí 3.0. Me chamam de velhinho, mas graças a Deus eu estou bem. Estou bem preparado, preparei bastante pra fazer seis aparelhos aqui. Me cuido bastante. Tento seguir a disciplina. Eu estou bem”, tinha dito Chico na terça-feira (30) depois do pódio.

No último dia, Francisco Barreto Júnior garantiu seu terceiro ouro seguido, em dias seguidos, na barra fixa. O pódio, no entanto, foi ao lado do colega do Pinheiros Arthur Nory, que ficou com a prata. “A gente estava esperando essa dobradinha no final. O Chico é uma inspiração pra gente, pra todos os atletas menores do clube também também,” contou Nory.

“Velho, né?”, brincou Chico. Mas Nory continuou rasgando elogios: “O quanto se dedica. Experiente. Atleta experiente, finalista olímpico e é só um exemplo pra gente. Motiva a gente a treinar cada vez mais. Um atleta experiente como ele aguenta aí fazer seis aparelhos. Todo dia. Treinando. Está super bem, inteiro, então é um exemplo aí e foi um orgulho para todos nós.” completou Nory.

Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Chico Barretto é sério e evita qualquer tipo de rótulo ou favoritismo por ser o único com três ouros frente aos amigos que estiveram campanha da ginástica de Lima 2019: “Jamais. Isso jamais. Eu não sou mais que o Nory, eu não sou mais que o Zanetti, não sou mais que o Caio, nem que o Luis. Eu sou o Chico Barretto. Eu fiz o meu máximo. A medalha veio. A medalha no cavalo veio. A da equipe veio. Eu saio contente, saio satisfeito… Paralelas ali… Deu uma… Mas satisfeito. Eu tenho todos aqui, cada um, inspira o outro no treinamento. A gente é praticamente uma família. A gente conviveu. Aqui é o mesmo quarto, todos dormindo no mesmo apartamento, que são três quartos. Então a gente almoçou junto, tomou café junto, jantou junto, veio pro ginásio… Tem uma hora que fala assim… Mew, sai daqui de perto de mim.”

“E juntos até no pódio,” brincou Nory na zona mista. “Então eu não sou mais que ninguém. Eu espero que eu tenha motivado o Nory a trabalhar mais. O Luis, que é o mais novo, a trabalhar mais. E aí vai e a gente vai conquistando os nossos objetivos. Mas cada um tem seu lugar na seleção e merece que o Brasil torça pra todo mundo. Não tem essa diferença na gente,” garante Chico.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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