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Distribuição dos recursos da Lei Agnelo/Piva ainda está bem distante do ideal

A convite do blog, o advogado Alberto Murray, que edita o blog Alberto Murray Olímpico, é integrante do TAS (Corte Arbitral do Esporte), diretor da ONG Sylvio de Magalhães Padilha e opositor declarado da atual gestão que comanda o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), fez uma análise da distribuição das verbas das loterias (Lei Agnelo/Piva) para as confederações olímpicas do Brasil, anunciada na última segunda-feira:

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“Caro Marcelo,

Vi os números. A nova divisão corrige um pouco as distorções em que os mais ricos ganhavam muito mais do que os mais pobres. Mas ainda assim não satisfaz. Não concordo que as modalidades com patrocínios próprios continuem ganhando os maiores repasses do COB, em detrimento àquelas que não têm nada. E isso não foi corrigido.

Também acho que a parcela que o COB retém para a sua estrutura é muito alta. Como o COB não forma atletas, segundo o próprio Nuzman, porque reter tanto com sua burocracia interna? O COB tem um volume de funcionários muito alto, alguns com salários acima de R$ 50.000,00. Se fosse eu, enxugaria a estrutura do COB para repassar mais dinheiro às Confederações.

E muito importante é ter a certeza de que esse dinheiro chegará aos atletas e que não será consumido pela burocracia de cada cada Confederação. Também gostaria de saber como o COB vê, no que se refere aos critérios de divisão da Lei Piva, as Confederações que terão apoio direto do projeto da Petrobrás.

Reitero, ainda, que não concordo que a destinação de tanto dinheiro público seja definida por uma única entidade, por um único homem. Como já propus, as fórmulas de divisão de verbas públicas deveriam ser feitas com base em uma comissão ampla, com outros representantes da sociedade.

Alberto Murray Neto”

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