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Oscar Schmidt no All-Star da NBA alivia a depressão do basquete brasileiro

A merecida homenagem que Oscar recebe nesta sexta-feira da NBA acaba mudando um pouco a sequência de notícias negativas da modalidade no Brasil

Oscar Schmidt, ao lado do argentino Luis Scola, recebe homenagem do Brooklyn Nets, time que o draftou nos anos 80

Oscar Schmidt, ao lado do argentino Luis Scola, recebe homenagem do Brooklyn Nets, time que o draftou nos anos 80 (Crédito: Divulgação/Brooklyn Nets)

A noite desta sexta-feira (17) será extremamente especial para os fãs do basquete no Brasil. A participação de Oscar Schmidt, o maior cestinha da história da modalidade no Brasil (e do mundo, de acordo com seus números) no Jogo das Celebridades do All-Star Weekend da NBA, é uma justa homenagem a  tudo o que Oscar fez ao longo de sua carreira. O jogo terá transmissão pela ESPN a partir das 22h.

Consagrado pela pontaria certeira, especialmente nos tiros de três pontos – fundamentais na maior conquista de sua carreira, o Pan-Americano de Indianápolis-1987, quando o Brasil derrotou os Estados Unidos por 120 a 115 -, Oscar Schmidt é conhecido também pelas opiniões contundentes em relação ao basquete brasileiro.

Não foram poucas as vezes em que ele disparou críticas pesadas ao comportamento de jogadores que recusaram convocações para a Seleção Brasileira (casos de Nenê Hilário e Leandrinho) e também para treinadores considerados intocáveis. Ou alguém já esqueceu que ele bateu pesado no badalado argentino Rubén Magnano, pouco antes da Olimpíada Rio-2016?

O que Oscar talvez não saiba é que sua presença na programação do Jogo das Estrelas da NBA acaba aliviando um pouco a depressão que acomete o basquete brasileiro desde o final do ano passado.

Suspensão por incompetência

É bizarro pensar que aquela modalidade que já foi a segunda na preferência do torcedor brasileiro, graças às glórias da geração bicampeã mundial  de Wlamir Marques, Amaury, Rosa Branca e outros heróis, amarga uma suspensão imposta pela Fiba (Federação Internacional de Basquete) graças à incompetência administrativa da CBB (Confederação Brasileira de Basquete).

Dívidas impagáveis, má gestão e acusações de uso indevido de dinheiro público são alguns dos motivos que levaram a Fiba a suspender o basquete brasileiro das competições internacionais. Com isso, seleções e clubes não podem participar de torneios oficiais da Fiba. E esta situação será mantida ao menos até maio, quando a CBB terá que apresentar um plano estratégico de recuperação da modalidade para os dirigentes da federação internacional.

Detalhe importante é que antes disso,em 10 de março, haverá a eleição para a escolha do novo presidente da CBB, que herdará o “legado maldito” de Carlos Nunes. Amarildo Rosa e Guy Peixoto são os candidatos. E um deles não aceita as condições impostas pela Fiba.

Guy Peixoto, ex-jogador do Monte Líbano (SP)e da Seleção Brasileira, disse que não aceita os termos que serão impostos pela Fiba, que contemplam participação em todas as decisões da entidade. Peixoto argumenta que se isso for aceito, não haverá autonomia à chapa vencedora. Tive acesso a uma série de áudios de presidentes de federações estaduais que estão apoiando Guy Peixoto e a revolta é enorme, inclusive acusando Amarildo Rosa de já ter assinado o documento que vai oficializar a intervenção no basquete brasileiro.

Claro que hoje é dia de festa e nem ficaria bem perguntar isso para ele. Mas caso fosse indagado, acho que dificilmente Oscar Schmidt deixaria de se revoltar com a situação de penúria pela qual passa o basquete brasileiro que ele tanto ama.

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