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Seleção Brasileira

Balanço brasileiro do primeiro dia da natação no Mundial de Kazan

Largada da natação brasileira na Rússia não trouxe medalhas, mas apresentou resultados muito bons, outros dentro do previsto e alguns preocupantes, neste que é o último grande evento antes dos Jogos Olímpicos do Rio 2016

A largada da natação, o evento mais badalado do Mundial de esportes aquáticos, que está sendo realizado em Kazan, na Rússia, não trouxe medalhas para seleção brasileira. Em compensação, apresentou resultados muito bons, outros dentro do previsto e alguns preocupantes, neste que é o último grande evento antes dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Muito educativo para colocar os pés no chão após a campanha no Pan-Americano de Toronto. Vamos à um breve balanço deste domingo:

Revezamentos asseguram vaga olímpica

Faltou pouco para que a equipe masculina do revezamento 4 x 100 m livre conquistasse a primeira medalha da natação brasileira em Kazan. Mas o quarto lugar, com uma ótima marca (3min13s22), atrás apenas de França, Rússia e Itália, e com a vaga assegurada para os Jogos do Rio 2016, e equipe (formada na final por Marcelo Chiereghini, Matheus Santana, Bruno Fratus e João de Lucca) acaba superando a frustração pela perda da medalha. Se Cesar Cielo estivesse melhor fisicamente, sua presença que nadou a final talvez rendesse um lugar no pódio. Talvez…

Ah, e detalhe: à frente de Estados Unidos, atual campeão mundial da prova, que ficou apenas em 12º lugar, e da Austrália, tradicional gigante das provas de revezamento, e que ao terminar em 13º ficou fora das Olimpíadas.

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Já o revezamento 4 x 100 m feminino cumpriu o seu papel e mesmo terminando em 11º lugar e ficando fora da final, assegurou um lugar nos Jogos de 2016. O quarteto formado por Larissa Oliveira, Graciele Herrmann, Etiene Medeiros e Daynara de Paula, fez a marca de 3min40s24, pior do que o tempo no Pan de Toronto, quando ficou com o bronze com 3min37s39.

Novo recorde brasileiro de Manuella Lyrio

A atleta do Distrito Federal ficou longe de passar à final dos 400 m livre – terminou em 16º lugar a semifinal. Mas o tempo obtido por ela na prova em Kazan, 4min10s57, serviu para que ela batesse seu próprio recorde brasileiro, que era de 4min10s92, obtido há cerca de 15 dias, em Toronto.

A incógnita Cesar Cielo

Tricampeão mundial nos 50 m livre, Cesar Cielo optou por abrir mão de disputar os Jogos Pan-Americanos para concentrar sua preparação apenas no Mundial de Kazan. Mas logo em sua primeira prova, os 50 m borboleta (prova não olímpica), na qual ele é bicampeão mundial. Cielo sofreu para avançar à final, que será realizada nesta segunda (3/8), com somente o oitavo tempo, 23s29. Após a prova, reclamou de dores do ombro e que as melhores marcas não estão saindo. Mas em se tratando de Cielo, o retrospecto mostra que tudo é possível acontecer.

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Em compensação, há a possibilidade de uma boa surpresa, com o veterano Nicholas Oliveira, que avançou para a final com o segundo melhor tempo (23s05), atrás apenas do favorito da prova, o francês Florent Manadou, que cravou 22s84 na semifinal.

A decepção dos Felipes nos 100 m peito

A dobradinha brasileira nos 100 m peito, alcançada nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, não se repetirá no Mundial de Kazan. Pior foi que tanto Felipe França, ouro no Canadá com a ótima marca de 59s21, quanto Felipe Lima, que foi prata com 1min00s01, conseguiram avançar à final.

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França fez apenas o 11º tempo nas semifinais, com 59s89, enquanto Lima terminou em 13º, com 1min00s19. Nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Felipe França também não conseguiu passar para a final, mesmo depois de ter sido ouro no Pan de Guadalajara 2011. Esta dupla eliminação é um sinal preocupante para as pretensões brasileiras de medalha nos Jogos do Rio 2016.

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