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Liberada, Elaine Gomes diz: ‘felicidade que não cabe em mim’

A pivô brasileira, campeã mundial em 2013, teve sua pena por doping congelada e poderá voltar a jogar handebol a partir de 14 de setembro

Elaine Gomes Handebol Brasileira
Elaine Gomes está na história do handebol brasileiro com o título Mundial de 2013 (Divulgação)

Elaine Gomes está liberada para voltar a jogar handebol a partir de 14 de setembro desde ano. A pivô brasileira, que estava suspensa por 16 meses após ser pega no doping, recebeu nesta quinta-feira (27) a notícia de que teve sua pena congelada e poderá disputar a temporada 2020/21. A punição aconteceu depois de um tratamento recomendado pelo departamento médico do Corona Brasov, seu último time na Romênia.

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“É uma felicidade que não está cabendo em mim. Esses últimos dias foram especialmente difíceis, com portas se fechando, além da dificuldade de me manter com um psicológico bom. A gente acaba alternando dias melhores e piores, mas tenho certeza de que o dia de hoje nunca vai sair da minha memória. Finalmente recebi a notícia que tanto esperava e estou liberada para voltar a jogar e fazer o que mais amo nesse mundo”, disse Elaine Gomes.

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O tormento de Elaine Gomes, campeã mundial em 2013, iniciou em outubro de 2019. Na ocasião, todas as atletas do Corona Brasov foram submetidas a um tratamento considerado proibido segundo a WADA (Agência Mundial Antidoping). Em novembro, as jogadoras do clube receberam uma suspensão preventiva de um mês. E, em junho de 2020, foram condenadas e a brasileira foi punida e só poderia regressar às quadras em março de 2021.

Sequência na Europa

Elaine Gomes Brasileira Handebol
Elaine Gomes atua no handebol europeu desde 2014 (Divulgação)

O problema de Elaine Gomes com o doping fez com que não pudesse disputar o Campeonato Mundial de Handebol de 2019, no Japão. Ela já estava com a seleção brasileira, mas acabou desligada da delegação no período de preparação para o evento. Com a autorização da Justiça Desportiva para retornar, a pivô volta suas atenções na briga por uma vaga no elenco que disputará os Jogos Olímpicos de Tóquio e deseja seguir atuando na Europa.   

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“Eu nem acredito que as coisas estão dando tão certo. Já recebi algumas sondagens, mas sou supersticiosa e só quero contar quando for oficial. Agora é hora de respirar, acalmar os ânimos e decidir o melhor caminho junto com a minha empresária. Mas é uma felicidade imensa saber que o meu nome está no mercado e eu vou conseguir voltar a jogar em alto nível. Estou absorvendo uma coisa de cada vez”, afirmou Elaine Gomes, de 28 anos.

No período de incertezas, a Elaine Gomes seguiu treinando e contou com alguns apoios. “Eu sou grata a Deus, a minha mãe, família, amigos, ao Julio Brizzi, Oliveira Neto, Isis Paixão e a muita gente que tentou me ajudar. Eu venho de uma família humilde. Além de tudo ainda tinha a questão financeira”, comentou a atleta, que superou as adversidades.

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“Mesmo assim, consegui manter a forma, treinei sozinha, fiz físico, o que também me ajudou a manter a cabeça boa. Nunca vou conseguir agradecer a todo mundo. Agora me sinto pronta para continuar minha carreira ainda mais forte”, concluiu Elaine Gomes.

Carreira internacional

Elaine Gomes Brasileira Handebol
Elaine Gomes já atuou em cinco países europeus (Divulgação)

Além do Mundial de 2013, a pivô conquistou pela seleção brasileira a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 e Lima-2019. Elaine Gomes está no handebol europeu há mais de cinco anos, já que iniciou sua experiência internacional em 2014, quando foi contratada pelo Nykøbing F. Håndboldklub, da Dinamarca.

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Depois de duas temporadas, a jogadora foi para o HCM Râmnicu Vâlcea, da Romênia, em 2016. Já em 2017, vestiu a camisa do Kastamonu Belediyesi Gsk, da Turquia, e, por fim, disputou a temporada 2018/19 pelo Nantes, da França.

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