Rayan de Castro Dutra, de 18 anos, tem planos definidos para sua carreira. Em live no Instagram do Olimpíada Todo Dia, nesta terça-feira (28), Rayan contou sobre seu período de quarentena e a ansiedade de estrear o trampolim novo do Minas, o começo na modalidade, a experiência ‘surreal’ nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, a vontade de ir aos Jogos de Tóquio, em 2021, o desejo de medalha em Santiago-2023 e o objetivo de estar em Paris-2024.
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Em quarentena, Rayan está sem treinar e na esperança que tudo volte o mais rápido possível. Ele tem encontrado dificuldades porque mora em uma casa com muita gente e crianças. Para conseguir treinar, o atleta precisa ir para garagem e ficar por lá por volta de três horas trabalhando basicamente a parte física. Nesses quase quatro meses, o ginasta tem feito exercícios específicos para conseguir dar melhorar alguns aspectos.
Ansiedade para pular
Na entrevista, o atleta foi ‘provocado’ em tom de brincadeira que seria o último a estrear o trampolim novo que o Minas adquiriu. “Gente não tem problema. Eu só quero pular. Pode ser por último, mas por tanto que eu pule. Eu sempre tive isso de ser o primeiro da fila nos treinos, mas agora são quatro meses sem pular. Pode ter 30 pessoas na minha frente que não tem problema. Chegou um trampolim novo e não consigo nem medir o tanto que quero pular”, comentou Rayan.
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“Somos atletas da seleção e precisávamos de um trampolim novo. Ficamos sabendo essa semana que ele chegou. Isso deu um gás a mais e aumentou a vontade de querer voltar”, completou o atleta, que começou no trampolim com 10 anos e que desde pequeno sempre quis fazer ginástica. Após passar no teste de ginástica do Minas, Rayan se apaixonou pelo trampolim.
Lima-2019 e Jogos de Tóquio
Rayan representou o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 e terminou na quinta posição. Ele guarda com carinho sua participação no evento. Na competição, o atleta viveu coisas novas e não fazia ideia de como funcionava. Rayan não tinha noção de que todos os esportes ficavam juntos no mesmo ambiente e conheceu muita gente de outras modalidades. Na disputa, o ginasta ficou satisfeito com o resultado que obteve.
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“Falar do Pan de 2019 é guardar um lugarzinho no coração. Foi perfeito e tudo que eu queria aconteceu. Já planejava ir para a final e ficar entre os cinco primeiros, mas na hora que aconteceu foi um baque muito grande. Sempre tive muito na minha mente que queria ir para o Pan-Americano e foi surreal. Lima 2019 foi perfeito”, afirmou Rayan.
A experiência no Pan-Americano aumentou a vontade de Rayan participar de uma Olimpíada. “Com toda certeza aumentou muito. Meu maior sonho no trampolim é participar de uma Olimpíada. Está na minha meta de vida conseguir ir para um Jogos Olímpicos. Eu tenho a vaga do continente para disputar no Pan-Americano, então ainda está muito em aberto. A expectativa é fazer uma boa competição”, comentou.
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“O trampolim evoluiu muito desde o último ciclo. Quero uma vaga olímpica, mas ainda vou com o pensamento de dar o meu melhor. Só de estar lá entre os melhores já é ótimo. As meninas conseguiram feitos históricos, como passar para a semifinal. Eu quase passei no ano passado. Minha expectativa é de fazer um bom trabalho”, acrescentou Rayan.
Santiago-2023 e Paris-2024
Quando iniciou na modalidade, Rayan não tinha um amplo conhecimento. O atleta conhecia apenas o básico. “Conhecia apenas o Diego Hypolito e a Daiane dos Santos e o Duplo Twist Carpado. Eu não fazia ideia do trampolim. Não tinha noção do que era. Me apaixonei assim que vi o povo pulando”, contou o ginasta, que já no primeiro ano percebeu que era o que queria para sua vida.
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Bastante competitivo, Rayan se considera um privilegiado por estar no Minas. “Tive muita sorte de já iniciar no Minas. É um clube modelo para qualquer esporte. E o Minas é, com certeza, o lugar que todos os atletas querem estar”, afirmou o atleta, que disputou sua primeira competição internacional em 2013, quando terminou em quarto lugar em um Sul-Americano.
Rayan afirmou que a temporada de 2019 mudou bastante sua visão sobre si mesmo como atleta. “Daqui para frente é só pensar mais alto, querer mais e saber que posso mais. Os meus planos são uma medalha nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 e estar nos Jogos Olímpicos de Paris-2024”, concluiu o competidor.
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