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Ginástica Rítmica

Ginastas na Missão Europa têm iguarias portuguesas no cardápio

Com moderação e acompanhamento, Confederação Brasileira de Ginástica dá acesso a comidas típicas como o bacalhau aos atletas em Sangalhos

Seleção de ginástica rítmica em Sangalhos, Portugal: atletas estão provando iguarias lusas como o bacalhau (montagem/ OTD, Instagram/nicole_pircio)

É um Centro de Treinamento, mas, em certo sentido, é também uma casa. Uma casa portuguesa com certeza, aquela que as seleções de ginástica rítmica e ginástica artística do Brasil adotaram durante a Missão Europa, em Sangalhos, na região central de Portugal.

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Sangalhos não fica longe da praia, e a mesa dos ginastas é bem servida com frutos do mar e uma certa bacalhoada na nata, que é consumida com paixão sobretudo pelas moças da ginástica rítmica.

Atletas durante almoço na Missão Europa, em Portugal (divulgação/CBG)

Pratos preferidos

“A bacalhoada na nata caiu nas graças das meninas na Missão Europa. Elas amaram. Algumas delas nunca tinham consumido. Claro que permitimos que as ginastas degustem aquilo que o país tem para oferecer. A gente prioriza os objetivos esportivos das atletas, mas, com moderação, tudo é permitido,” diz Renata Rebello, nutricionista da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).

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A experiência em Portugal também permite que as atletas experimentem alimentos nutritivos não muito conhecidos no Brasil.

“Além do bacalhau, algumas das atletas nunca tinham comido lagosta, e experimentaram por lá. E também coisas mais simples, como frutas vermelhas e roxas – cito a groselha negra, cereja e mirtilo, por exemplo. Aqui no Brasil, o preço é super alto; em Portugal, o preço delas é muito mais acessível. É o sonho de todo nutricionista que o atleta tenha acesso a essas frutas, que fazem muito bem à saúde e previnem lesões,” enfatiza a nutricionista.

Outro prato querido pelos ginastas na Missão Europa é o salmão. “Todas elas já consumiam no Brasil, mas não com tanta frequência. E o sabor do salmão que degustam lá é melhor, segundo dizem”, fiz Renata.

A carioca Lorrane dos Santos, da ginástica artística, gosta de atacar os frutos do mar, e está se sentindo no paraíso. “A comida aqui em Portugal é maravilhosa. Preparam um cardápio ótimo pra nós. Os que mais me agradam aqui são os frutos do mar. Já era apaixonada por eles, e os daqui são simplesmente maravilhosos”.

Lorrane dos Santos durante treinamento da ginástica artística em Sangalhos

Trabalho feito em casa

As ginastas se apresentaram em boa forma física no aeroporto de Viracopos, onde se reuniram antes da viagem a Portugal. Para isso, foram determinantes os treinamentos que realizaram no interior de seus lares, em atividades coordenadas pela CBG, que utilizou a internet para isso. “A maior parte das atletas voltou muito bem do período de quarentena. Mantiveram a forma física porque treinaram dentro de casa”, afirma Renata.

“A gente sabe que muitos atletas de outras modalidades ganharam muito peso ou perderam muita massa magra durante o isolamento. Isso de fato não aconteceu com as nossas meninas. Elas tiveram sabedoria e continuam com uma grande liberdade para as escolhas alimentares,”destaca a nutricionista.

Com supervisão da CBG, atletas da ginástica artística e rítimica em treinamento na Missão Europa vêm provando iguarias portuguesas no cardápio
Renata Rebello e as atletas da ginástica rítmica durante sessão virtual; atletas estão na Missão Europa em treinamento (divulgação/CBG)

Uma das atletas que mais se destaca no rigor ao alimentar-se é Nicole Pircio, da ginástica rítmica. Segundo Renata, a atleta teve uma excelente evolução corporal.

“ Quando chegou à seleção, a Nicole tinha um peso bastante reduzido para a estatura dela. Nós estabelecemos logo de início que ela tinha que aumentar seu peso corporal, ganhar massa magra. Ao longo desse processo, conquistamos de seis a sete quilos de peso corporal por meio de um plano bem específico, no qual priorizamos fracionamento da dieta dela em diversas refeições,” explica Renata Rebello.

A evolução da constituição corporal de Nicole é percebida nos ginásios. “Eu me sinto bem melhor. Percebo uma grande diferença: uso melhor a força e aguento mais horas de treino com uma energia boa. Consigo ver a evolução nos trabalhos na academia a cada carga mais pesada que ergo,” contou a atleta.

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