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Santiago 2023

Jade Barbosa celebra a escola de ginástica brasileira

Em entrevista ao OTD, Jade Barbosa falou sobre a evolução da ginástica brasileira desde seus primeiros Jogos Pan-Americanos

Jade Barbosa faz coreografia na trave em prova dos Jogos Pan-Americanos Santiago-2023
(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Se tem uma pessoa que une gerações diferentes na ginástica artística brasileira, esse alguém é Jade Barbosa. A ginasta fez parte dos times que conquistaram os dois melhores resultados da história do Brasil na competição por equipes dos Jogos Pan-Americanos. Em 2007, no Rio de Janeiro, Jade levou a medalha de prata sendo a grande revelação da equipe daquele ano. Dezesseis anos depois, ela segue abrilhantando a equipe brasileira, agora como a atleta mais experiente do grupo que ganhou a prata em Santiago-2023.
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Nos Jogos Pan-Americanos de 2007, a equipe do Brasil era formada por Jade Barbosa, Daiane dos Santos, Khiuani Dias, Ana Cláudia Silva, Lais Souza e Danielle Hypólito. Já em 2023, o time tem além de Jade: Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Carolyne Pedro e Julia Soares. Componente dos dois times, Jade Barbosa tem um carinho especial com os dois grupos.
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“São duas equipes muito especiais para mim. Eu pude competir o meu primeiro Pan, há 16 anos, com Daniele Hypólito e Daiane dos Santos, e foi minha primeira competição internacional grande. Lembro que fiquei apavorada antes de entrar no ginásio porque as pessoas ficavam batendo o pé no chão e gritando Brasil e o ginásio tremia. Aquela experiência para mim foi sensacional e me preparou demais para o Mundial de 2007. E hoje essa equipe aqui é extremamente talentosa, assim como aquela de 2007. Um time sensacional e extremamente resiliente”, comentou Jade.

Escola de ginástica

Jade Barbosa também falou sobre a evolução da ginástica artística no Brasil. “Eu acho que a gente sempre teve talento. E essa melhora no nosso nível é porque a gente conseguiu construir uma escola de ginástica e isso toma tempo. Você tem que semear, colocar isso para a base, em seguida no juvenil e no adulto e só depois que o atleta vai se fixar nas grandes competições. A gente teve esse tempo de maturação e hoje nós colhemos os frutos dessa escola de ginástica que conseguimos criar É legal porque nosso sonho era poder tornar nosso esporte popular e agora temos feito isso. Hoje eu vejo a escolinha do Flamengo lotada e era tudo que eu queria.”, afirmou a atleta.

A ginasta ainda não sabe se Santiago-2023 será sua última participação em Jogos Pan-Americanos. Mas Jade busca curtir cada competição como se fosse a última de sua vida. “Hoje na minha carreira eu aproveito cada momento como se fosse o último. Porque eu não sei quando eu vou poder me apresentar no solo de novo e ver a arquibancada cheia de brasileiros como aqui. São coisas muito especiais que o esporte me proporciona”, finalizou.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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