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Futebol

Ludmila denuncia ato de racismo em mercado na Espanha

Atacante brasileira é vigiada por segurança em mercado da capital espanhola e mostra o ocorrido em suas redes sociais

Ludmila marca para o Atlético de Madrid no Espanhol de futebol feminino
Divulgação

“Não foi a primeira vez e eu sei que vai acontecer de novo”. No meio da tarde desta terça-feira (24), a atacante Ludmila, do Atlético de Madrid e da Seleção Brasileira chocou o mundo do futebol feminino. Através de suas redes sociais, a jogadora mostrou como são suas idas ao mercado na capital espanhola.

Em dois vídeos, Ludmila mostra que o segurança do mercado a acompanha durante todo o tempo que permanece no estabelecimento. Em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia, a atacante da Seleção Brasileira comentou o ocorrido com muita sinceridade.

“Eu não gosto de falar disso. Não foi a primeira vez que isso aconteceu, já passei várias e várias vezes isso no mercado. No começo, eu pensava que eles (os seguranças) estavam fazendo o trabalho deles. Mas era eu chegar em casa e as perguntas vinham, pois sempre tem muitas pessoas no mercado então porque eles só me seguem?”, comentou a atacante brasileira.

Infelizmente habituada com essas situações, Ludmila decidiu expor o ocorrido na tarde desta terça-feira pela forma como tudo aconteceu. Segundo a atacante, o segurança deixou claro que estava ali para vigiar o que ela estava fazendo.

“Hoje foi muito chato. Todos os lugares que eu estava, ele ia junto comigo, não disfarçava que estava me seguindo mesmo. Não era daquele jeito que você pensa que ” o segurança está só fazendo o seu trabalho”. Não, ele queria me vigiar. Foi e sempre é constrangedor você ter que pegar um produto na prateleira e ter que deixar evidente para os seguranças e a as câmeras, que não vai sair correndo, que vai guardar e vai pagar pelo produto”, comentou Ludmila.

Mesmo sem divulgar e tentando evitar falar e mostrar acontecimentos como o desta terça-feira, Ludmila sabe e percebe quando eles acontecem. Mesmo assim, a brasileira não consegue enter o motivo disso tudo acontecer da forma como é.

“Não desejo isso para ninguém, é horrível passar por isso. As pessoas te medem, você perde o seu valor e as pessoas (que fazem isso) não sabem de onde vem o seu dinheiro, a sua luta. Eu reparo, eu sei que acontece, mas eu não consigo entender. Somos todos humanos, sangramos igual, choramos igual e eu sei que isso acontece por causa da minha cor”, finalizou a atacante.

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