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Canoagem Slalom

Com foco na medalha, Pepê Gonçalves diz: “estou preparado”

Em entrevista exclusiva, o canoísta do Brasil fala sobre a seletiva, Deodoro, amadurecimento e Tóquio 2020. Assista!

“Pode entrar. A casa é de vocês”, gritou Pepê Gonçalves assim que nos avistou na chegada para a entrevista. O canoísta conquistou a vaga para o Brasil, mas ainda compete a seletiva nacional para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, neste final de semana, em Deodoro.

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Concentrado e preparado para os objetivos, Pepê Gonçalves falou sobre o amadurecimento como atleta e os sonhos para a canoagem slalom. Assista a entrevista ou leia abaixo!

Seletiva Nacional

“Tem a seletiva nacional ainda. Os barcos que vão para os Jogos Olímpicos pelo Brasil. A Ana já está classificada, eu tenho um bônus muito grande por ter conseguido a vaga para o Brasil no Mundial. Porém, a gente tem a seletiva aqui ainda. Entrar na água e remar para conquistar a essa vaga ainda. Mas o bônus me da uma tranquilidade maior para poder treinar visando mais os Jogos Olímpicos, porque com a combinação de resultados para eu perder a vaga. Se eu tiver essa combinação eu também mereço ir para os Jogos. Então estou com uma tranquilidade, pensando só nos Jogos Olímpicos.”

Local de Treinos

“A gente está treinando aqui em Deodoro, que é o mais perfeito que a gente poderia ter. O que mais se assemelha hoje a pista de Tóquio é Deodoro. Então poder estar treinando aqui, estar no Maria Link, com a estrutura do Comitê Olímpico, é sensacional. Temos as melhores condições hoje pra treinar para os Jogos Olímpicos,” conta Pepê Gonçalves.

“Deodoro semelhante à Tóquio”

“Tem esses blocos azuis que você consegue mexer ele para simular. Só que como faz muito tempo, que foi feita a pista, vai muita mão de obra de parafuso para fazer essa mudança. Então está tudo se encaixando para a gente poder fazer essas mudanças, que não é tão simples assim. Mexer bloco como se fosse um lego, mas a gente está trabalhando nisso para ter essa pista bem próxima de Tóquio. Já é bem próxima. Já é similar. Estamos trabalhando pra deixar ainda mais.”

Amadurecimento como atleta

“Eu acho que antes do Rio de Janeiro eu estava com aquela euforia: ‘poxa, Jogos Olímpicos. Nunca competi. Em casa ainda’. Eu não sabia como eu ia reagir a tanta pressão, como ia ser, então passado quatro anos, os Jogos Olímpicos, dois Jogos Pan-Americanos, isso vai pesando. Isso vai dando uma tranquilidade. Não estou mais: ‘que chegue logo’. Eu estou: ‘vai chegar, calma’. Momento certo. Mantém o foco no processo e na hora que chegar você vai estar preparado. Acho que muda isso sim. Acho que de todos os atletas conseguem sentir isso,” afirma Pepê Gonçalves.

Proximidade com os Jogos Olímpicos

“A confiança que eu estou tendo nos Jogos Olímpicos de Tóquio é muito grande. Eu sei que vou conseguir, sei que vou colocar o meu melhor, por mais que isso não seja certo. Por essa experiência que eu tive nos Jogos, ela me moldou esses quatro anos sabendo como é um Jogos Olímpicos. É diferente de mundial, de copa do mundo, de Jogos Pan-Americanos. Só quem competiu sabe. Eu acho que não mudou muita coisa no Pepê, mas a experiência. Eu diria que é uma coisa que mudou positivamente.”

Sonhos na Canoagem Slalom

“Meu sonho é conseguir ajudar o meu esporte a mudar a realidade no meu país. Tornar ele mais conhecido, mais reconhecido. Levar ele para mais lugares do Brasil e, paralelo a isso, o sonho da medalha olímpica entra junto. Se eu conseguir a medalha olímpica, tudo isso vai se concretizar. Com certeza, a medalha olímpica é meu sonho. Medalha em mundial também é meu sonho. Então eu quero isso. Quero entrar na água, me divertir e conseguir levar tudo o que eu sei pra dentro da água na hora da competição,” conclui Pepê Gonçalves.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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