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Bobsled e Skeleton do Brasil já iniciam preparação para 2026

Modalidades aproveitam as pistas livres no fim de temporada para começarem o planejamento e as mudanças para o próximo ciclo olímpico

Nicole Silveira treino Pequim 2022 Bobsled e Skeleton do Brasil
Nicole Silveira voltou a treinar e quer recrutar jovens atletas para expandir equipe neste ciclo olímpico (Alexandre Castello Branco/COB)

Os times de Bobsled e Skeleton do Brasil foram responsáveis pelos dois melhores desempenhos do país nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022. Mesmo assim, eles não tiveram tempo de descanso. AS duas modalidades aproveitaram as pistas livres no fim de temporada e já iniciaram os trabalhos para o próximo ciclo olímpico.

Nicole Silveira, por exemplo, realizou treinos livres na pista de Whistler, no Canadá, onde mora. Já Erick Vianna e Gustavo Ferreira estiveram em Lake Placid, nos Estados Unidos, para aulas de pilotagem no Bobsled. O objetivo, claro, é começar a preparação para os Jogos Olímpicos de 2026, em Milão e Cortina d’Ampezzo, na Itália.  

As atividades ocorrem cerca de um mês após os dois esportes fazerem história em Pequim. Nicole foi a 13ª colocada no Skeleton feminino e alcançou o segundo melhor resultado brasileiro em Jogos Olímpicos de Inverno. Já o Bobsled pela primeira vez se posicionou no Top 20 da disputa do quarteto.

Março é o último mês que as pistas das duas modalidades ficam abertas. Depois disso, os locais fecham e só retomam suas operações em outubro. Dessa forma, o Bobsled e Skeleton do Brasil aproveita esse período que já não tem competições para realizar mais treinamentos e, assim, projetar as próximas temporadas.

Até porque os próximos anos serão decisivos para as duas modalidades na CBDG. Diante dos bons resultados obtidos em 2022, a expectativa é conseguir melhorar ainda mais e obter um desempenho igualmente histórico na próxima edição.

Nicole Silveira inicia treinos de olho em aumentar a equipe

Após os Jogos Olímpicos de Pequim, Nicole Silveira encarou uma maratona de eventos no Brasil. Homenagens justas para a principal atleta do Bobsled e Skeleton do Brasil no último ciclo. Mas ela quer mais e sabe que, para isso, não há tempo a perder. De volta ao Canadá, encarou sessões de treinos na pista de Whistler.

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Mais do que se preparar de forma adequada para os próximos desafios, a atleta aproveitou a sessão de treinos para apresentar ao esporte a dois jovens brasileiros que moram no Canadá. A ideia é, nos próximos meses, encontrar adolescentes de 11 a 16 anos para aprender o esporte de olho nos Jogos da Juventude de 2024 e, claro, aumentar a equipe.

“Na primeira e verão daqui do Canadá, eu e meu treinador vamos a várias cidades da região para achar jovens brasileiros. A gente vai levar um trenó de rodinhas para mostrar um pouco como é”, explicou Nicole ao Brasil Zero Grau/Olimpíada Todo Dia.

Bobsled precisa achar substituto de Edson Bindilatti

Enquanto Nicole Silveira participava de treinos no Canadá, outros dois integrantes da equipe de Bobsled e Skeleton do Brasil estiveram em Lake Placid, nos Estados Unidos. Erick Vianna e Gustavo Ferreira participaram de duas semanas da escola de pilotagem na pista estadunidense.

O objetivo é iniciar a preparação e definir o novo piloto do trenó brasileiro. Edson Bindilatti, que assumiu essa função ao longo dos últimos anos, se aposentou após Pequim 2022. Ele, contudo, segue contribuindo com a equipe e, inclusive, esteve em Lake Placid para fazer as avaliações e testes com os dois atletas.

“A ideia é justamente encontrar um novo piloto e prepará-lo para 2026. Mas nos próximos meses também estamos trabalhando forte com os Jogos da Juventude de 2024. Queremos encontrar novos nomes para que esse trabalho se estenda até o futuro do bobsled”, explicou Bindilatti.

Quais são os próximos passos do Bobsled e Skeleton do Brasil?

Em abril todas as pistas fecham. Assim, as equipes de Bobsled e Skeleton do Brasil vão focar no treinamento físico e, evidentemente, na parte estratégica. Como a primeira temporada do ciclo costuma ser mais vazia, a ideia é fazer esses ajustes nos próximos meses para entrar o período pré-olímpico em alta a partir do segundo semestre de 2024.

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A Nicole, por exemplo, vai reforçar o treinamento e continuar ampliando sua experiência em pistas para tentar evoluir e, quem sabe, sonhar até com a medalha para 2026. O time de Bobsled, por sua vez, precisa definir – e treinar – o seu novo piloto, além de reforçar o investimento em equipamentos – o trenó em Pequim foi alugado.

Além disso, há outros detalhes que precisam ser pensados pela CBDG, como a participação nos Jogos da Juventude de Inverno de 2024 e a questão do Monobob e Bobsled feminino. Antes de perder a vaga olímpica por um erro da IBSF, a ideia era expandir a participação das mulheres no time brasileiro.

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