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Atletismo

Ouro de Adhemar Ferreira em Melbourne completa 64 anos

Em 27 de novembro de 1956, ele se tornou o primeiro brasileiro a conquistar dois ouros olímpicos em Jogos consecutivos

Adhemar Ferreira da Silva - Melbourne 1956
Adhemar foi o primeiro brasileiro bicampeão nos Jogos (Rede Nacional do Esporte)

O dia 27 de novembro marca o 64º aniversário da conquista da medalha de ouro no salto triplo de Adhemar Ferreira da Silva, nos Jogos Olímpicos de Melbourne-1956. Foi um dos maiores feitos do esporte brasileiro, pois o atleta paulistano já havia sido campeão quatro anos antes, na Olimpíada de Helsinque. Assim, ele se tornou o primeiro representante nacional a ganhar dois ouros olímpicos em competições seguidas.

Adhemar Ferreira da Silva começou no esporte em 1946, aos 19 anos, no São Paulo Futebol Clube, ainda no bairro do Canindé. Foi descoberto e orientado pelo treinador alemão Dietrich Gerner, seu guru, amigo e incentivador.

Primeiro grande ídolo do atletismo brasileiro, ele foi o destaque de sua geração, obtendo nada menos do que cinco recordes mundiais no salto triplo. E com o desempenho em Melbourne-1956, quando bateu o próprio recorde olímpico, ganhou apelido de “canguru brasileiro”.

+Conheça mais sobre Adhemar Ferreira da Silva

Mais feitos

Adhemar Ferreira da Silva foi tricampeão pan-americano da prova, em Buenos Aires-1951, Cidade do México-1955 e Chicago-1959. Neste últmo, mais uma vez com o recorde mundial e a melhor marca de sua carreira.

Disputou ainda os Jogos Olímpicos de Roma-1960, aos 33 anos. No ano seguinte, em 1961, entretanto, descobriu que estava com tuberculose e faleceu no dia 12 de janeiro de 2001, aos 73 anos, na capital paulista.

Além do esporte

Adhemar Ferreira da Silva foi também uma pessoa diferenciada fora das pistas. Era formado em Direito, Belas Artes, Relações Públicas e Educação Física e poliglota. Além disso, foi colunista do jornal Última Hora, adido cultural do Brasil na Nigéria e ator do filme Orfeu Negro.

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Recebeu assim inúmeras homenagens em vida, como a Ordem do Mérito Olímpico, do COI, e diversos títulos honoríficos em países como Finlândia, Japão e Austrália. Em 2012, entrou para o Hall da Fama da IAAF, atual World Athletics. Este ano, passa a integrar o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

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