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Atletismo

Cláudio Roberto receberá medalha olímpica no Troféu Brasil

“Estou superfeliz. Já estou suando frio”, diz atleta que foi ao pódio com o revezamento 4×100 m rasos em Sydney 2000

O revezamento 4x100 m do Brasil com Cláudio Roberto
Cláudio Roberto participou da eliminatória do 4 x 100 m em Sydney-2000 (Evandro Teixeira/COB)

Reserva do 4 x 100 m rasos na Olimpíada de Sydney-2000, Cláudio Roberto Sousa vai finalmente receber sua medalha de prata. Com 20 anos de atraso, o velocista subirá ao pódio no dia 13 de dezembro de 2020, ao fim do Troféu Brasil de atletismo, marcado para São Paulo. 

A medalha é originária do Museu Olímpico do COI (Comitê Olímpicos Internacional, em Lausanne, Suíça, e a cerimônia seguirá o protocolo de entrega de medalhas da entidade, incluindo a execução do Hino Olímpico. Cláudio Roberto Sousa receberá a medalha das mãos do presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Paulo Wanderley Teixeira, e participarão da homenagem os titulares da equipe de 2000: Vicente Lenilson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos e Claudinei Quirino. 

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Claudio Roberto era reserva da equipe olímpica do revezamento e correu a eliminatória, vencida pelos brasileiros. Na final, foi substituído por Claudinei Quirino, que fechou o 4 x 100 m. O grupo era formado ainda por Raphael Raymundo de Oliveira, também reserva.

Claudio Sousa nas eliminatórias dos 100m( Evandro Teixeira/COB/Divulgação)

Felicidade pela realização

“Estou superfeliz, eu e minha família. Essa felicidade vem desde o momento em que recebi a confirmação de que receberia a medalha. E com a certeza da data já estou suando frio. São 20 anos de espera, num determinado tempo da minha vida eu tinha desencanado, não desistido, mas parei de ir atrás. De repente, as coisas voltaram a acontecer – ganhei a réplica do André, o assunto voltou à imprensa e eu falei da história e a vontade de ter a medalha aflorou, ficou forte. Posso resumir tudo isso em felicidade”, disse o piauiense nascido em Teresina, de 46 anos.

“Valeu a pena esperar 20 anos pelo reconhecimento agora da minha participação naqueles Jogos. Até brinco com os ‘meninos’: ‘Fui reserva e estou aparecendo mais do que vocês'”, acrescentou Cláudio. “O Vicente, o Edson, o André, o Claudinei, o Raphael e o Jayme estão felizes também. Uma bela maneira de relembrar aquela equipe maravilhosa, valorizar a conquista do atletismo brasileiro naquele Jogos. A história da minha medalha dá um valor maior ainda a conquista”, afirmou.

A história da medalha

O quarteto brasileiro na final do 4 x100 m em Sydney-2000, formado por Vicente Lenilson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos e Claudinei Quirino, recebeu sua medalha após a realização da prova no estádio olímpico de Sydney. Por ser reserva, a medalha de Cláudio Roberto ficou de ser entregue depois mas nunca foi recebida. O COB, em 2001, entrou em contato com o COI, que teria afirmado que a responsabilidade de prover a medalha era do Comitê Organizador dos Jogos de Sydney.

Cláudio de Souza no revezamento 4x100m Foto: Evandro Teixeira/COB/Divulgação

Sem novidades sobre o assunto por anos, Claudinho foi homenageado na Assembleia Geral da CBAt, da qual é membro com direito a voto, em 2016, em São Paulo, com uma réplica da medalha olímpica de Sydney numa iniciativa de André Domingos e Arnaldo de Oliveira. 

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A cessão da medalha começou a se tornar realidade no fim de 2019, quando representante do COB encontrou Claudinho em Teresina, Piauí. Foram retomadas as tratativas com o COI, desta vez bem-sucedidas. Após uma troca de mensagens, apresentação e análise de provas e documentos, o COB recebeu o comunicado do COI informando que concordava com o pedido e enviaria a medalha ao Brasil. Em maio de 2020, Claudinho recebeu a confirmação de que teria a sua medalha.

Palavra do presidente

“Cláudio Roberto Sousa receberá uma homenagem à altura de seus feitos para o esporte olímpico brasileiro. Sua participação nas eliminatórias foi fundamental para a prata olímpica do revezamento 4×100 m em Sydney. O COB fez tudo que esteve ao seu alcance para viabilizar essa merecida honraria e, mesmo com o adiamento dos Jogos Olímpicos para o ano que vem, temos a alegria de dizer que o Brasil não ficará sem medalha em 2020”, afirmou o presidente do COB, Paulo Wanderley.

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