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Atletismo

Adiamento dos Jogos faz Leticia Lima adiantar sonho olímpico

Ainda com 19 anos, promessa brasileira em provas de velocidade mirava Paris em 2024, mas agora ela já pensa em competir em Tóquio no ano que vem

Letícia Lima muda de planos e já sonha com Jogos de Tóquio
Leticia Lima tinha como objetivo para 2020 a sua classificação para o Mundial sub-20 (Eder Mota/CBAt)

A piauiense Leticia Lima tem 19 anos e convive diariamente com o atletismo desde 2013. Com o sonho de representar o Brasil numa edição de Jogos Olímpicos, a atleta mirava Paris-2024. No entanto, o adiamento da Olimpíada de Tóquio-2020 para 2021 faz com que a atleta vislumbre adiantar o objetivo já para a capital japonesa.

Bronze nos 200 m nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018, disputado em Buenos Aires, Leticia Lima é a única mulher brasileira a faturar uma medalha no atletismo nesta competição. Recuperada de uma lesão lombar que atingiu boa parte do segundo semestre da temporada passada, ela busca agora repetir também entre os adultoso sucesso obtido entre os jovens.

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“Competir nos Jogos Olímpicos da Juventude foi uma das maiores experiências da minha vida. Meu nome não estava na primeira lista de convocação. Foi um nervosismo só. Depois fui chamada, um alívio. Saí da pista na Argentina com o sorriso no rosto e recompensada por todo o esforço e dedicação, recebendo os aplausos das arquibancadas. Por isso, quero repetir essa emoção em competições como as Olimpíadas”, avaliou Leticia.

Além da disputa da Olímpiada da Juventude, LetIcia Lima representou o Brasil nas principais competições das categorias de base do planeta, como o Mundial Sub-18, realizado em 2017, em Nairóbi, Quênia, e no Mundial Sub-20 de Tampere, em 2018, na Finlândia.

Letícia Lima muda de planos e já sonha com Jogos de Tóquio
Leticia Lima precisou improvisar para treinar na quarentena (Wagner Carmo/CBAt)

Treinos na quarentena

Nascida em Teresina, a atleta compete pelo Ceará retornou para a cidade natal durante o período de quarentena e precisou improvisar para não parar totalmente com os treinamentos.

“A pista da Universidade de Fortaleza fechou e eu voltei para casa. Tive de improvisar na rua, fazer rampa. Agora está tudo melhor. Voltei a treinar no Estádio Miguel Lima, onde comecei no atletismo há 7 anos, completados no dia 13 de agosto, e faço os exercícios de força na Academia Foco Integrado, em Teresina”, explicou.

Contando com a orientação de Antônio Nilson desde seu início de carreira, Leticia Lima viveu uma história inusitada para dar os seus primeiros passos dentro do atletismo.  

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“Fazia balé e soube da competição, que daria uma bicicleta de presente. Fiz alguns treinamentos, na verdade mais brincadeiras, ações lúdicas e acabei ganhando. O treinador foi conversar com minha mãe e disse que eu era um ‘diamante’ que precisava ser lapidado. Acabei indo treinar e logo nas minhas primeiras competições venci o Brasileiro Sub-16 e depois foi disputar um Sul-Americano.”

Com o objetivo inicial de se classificar para o Mundial Sub-20, a pandemia acabou mudando bastante o planejamento da atleta, que agora já visa como meta buscar o tão sonhado índice olímpico no começo do próximo ano.

“Para a temporada 2020, nosso objetivo é vencer os Brasileiros Sub-20 e Sub-23 e ser finalista do Troféu Brasil. Já para 2021 a meta é buscar o índice olímpico e ela participar de mais competições internacionais”, disse o treinador Antônio Nilson.

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