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Atletismo

De olho em Doha e em Tóquio, Brasil compete no Japão

Delegação terá três equipes neste sábado, lutando por vagas nas finais de domingo na grande festa organizada pelo Japão, no ano pré-olímpico dos Jogos de 2020

Divulgação CBAt

Com três equipes olímpicas – 4×100 m masculino, 4×100 m feminino e 4×400 m misto -, o Brasil participa neste sábado (11/5) das séries classificatórias da 4ª edição do Campeonato Mundial de Revezamento da IAAF, no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão. O objetivo é garantir vagas para as finais de domingo (12/5) e, assim, a qualificação para o Mundial de Doha, no Catar, que será realizado de 27 de setembro a 6 de outubro. A SporTV 3 transmite as provas deste sábado das 6:30 às 10 horas.

A competição, que teve as suas três primeiras edições disputadas em Nassau, nas Bahamas, recebeu o número recorde de inscrições: 790 atletas de 47 países. O Japão resolveu promover o evento como festa pré-olímpica, já que organiza os Jogos de Tóquio 2020.

A equipe brasileira teve alguns dias de treinamentos em Chula Vista, em San Diego, nos Estados Unidos, e depois passou por um período importante de adaptação ao clima e ao fuso horário na Universidade de Rikkyo, em Saitama, no Japão, que é uma das bases de apoio montadas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para receber atletas nesta temporada e a aclimatação aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

“Estamos preparados para o Mundial. Superamos os resultados anteriores na fase de treinamento. Agora é lutar com vontade e realizar o melhor”, disse Carlos Alberto Cavalheiro, treinador-chefe da Seleção Brasileia e da equipe feminina, dirigindo-se a todos os atletas.

O Brasil conta com 16 atletas na competição: Paulo André de Oliveira, Vitor Hugo dos Santos, Derick de Souza, Jorge Henrique Vides e Rodrigo Nascimento do 4×100 m; Vitória Rosa, Franciela Krasucki, Ana Carolina Azevedo, Lorraine Martins e Andressa Moreira Fidelis, do 4×100 m; Geisa Coutinho, Tiffani Marinho, Cristiane Silva, Lucas da Silva Carvalho, Alexander Russo e Hugo Balduino, do 4×400 m misto.

No 4×100 m masculino e feminino, segundo critério de convocação da CBAt, as equipes precisam ir à final, enquanto no 4×400 m misto o grupo precisa terminar entre os 12 primeiros para garantir qualificação para Doha.

Os treinadores são Felipe de Siqueira da Silva e Evandro Lazari, além do médico André Guerreiro, do fisioterapeuta Vitor Roselli Stefanini e do massaterapeuta Jorge Antonio Lima.

A equipe feminina do 4×100 m estreia às 8:13 (de Brasília) deste sábado nas séries preliminares. “O grupo está unido, o que favorece o entrosamento na competição. As meninas mostraram ser competitivas”, acredita Cavalheiro.

No masculino, o técnico Felipe de Siqueira da Silva está animado. A equipe disputa a qualificação a partir das 8:37. “Estamos confiantes porque o pessoal treinou duro. Não definimos a formação da equipe ainda. Os cinco estão treinando juntos, vão aquecer juntos no Mundial e todos precisam estar sincronizados”, disse.

Já a grande novidade do Brasil é o revezamento 4×400 m misto, que pela primeira vez participa de um mundial adulto, a partir das 9:23. “É delicado treinar as passagens de uma mulher para um homem e vice-versa, devido às velocidades diferentes da corrida, de aceleração e de chegada para a troca de bastão. Trabalhamos para adequar essas passagens”, afirmou Evandro Lazari.

Além do 4×400 m misto, já realizado em 2017, em Nassau, com vitória do time de Bahamas, a competição deste ano prevê a disputa de outras novidades: 2x2x400 m misto, que reúnem dois atletas masculinos e femininos que correm duas vezes percursos de 400 m. A prova é ideal para especialistas em 800 m ou 1.500 m.

Tem também o 4×110 m com barreiras misto formado por dois homens e duas mulheres, criado para dar mais emoção ao público e à transmissão do evento pela TV.

O Estádio Internacional de Yokohama foi inaugurado em 1998 e tem capacidade para um público de 72.327 pessoas. A instalação recebeu em 2002 a final da Copa do Mundo de Futebol entre Brasil e Alemanha e a festa da conquista do pentacampeonato verde-amarelo.

O Japão tem uma forte tradição no revezamento, particularmente entre os homens de 4×100 m. A troca de bastões dos nipônicos é estudada e provou ser eficiente já que a equipe tem conseguido excelentes resultados. Foi prata na Olimpíada Rio 2016 e bronze no Mundial da IAAF em Londres 2017.

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