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Volta Olímpica

Com menos recursos, CBVela banca 6 barcos no Mundial

Vela
Reprodução/Instagram

Confederação Brasileira de Vela não consegue dar suporte a todos velejadores que estão no Mundial da Dinamarca

Depois de um ciclo olímpico recheado de investimentos, as principais Confederações brasileiras seguem com problemas para manter o patamar de estrutura. A CBVela, Confederação Brasileira de Vela, está dando suporte total para apenas seis embarcações no Campeonato Mundial, que está sendo disputado em Aarhus, na Dinamarca.  Com uma delegação de 24 velejadores no Mundial de Classes Olímpicas, a CBVela, baseou a distribuição dos investimentos no critério da meritocracia, em busca do melhor resultado na primeira competição que vale vaga para os países na próxima Olimpíada. Torben Grael, coordenador da seleção brasileira, explica:

“A gente tem um critério para apoiar os atletas, ou equipes, que é diferente do ciclo passado, que tínhamos mais recursos. Eram até duas equipes por classe durante quase três anos. Agora estamos com muito menos recursos, então estamos utilizando critério. A Nova Zelândia, por exemplo, só da apoio para quem ficar entre os 10 primeiros no Mundial. Nosso critério é um pouco mais abrangente, pega mais atletas. É justo, aqueles que tem mais resultados e performances, terão mais apoio. isso é saudável, meritocracia” – disse.

Todos os velejadores da equipe principal recebem algum tipo de apoio, seja no armazenamento de equipamento e no transporte de barcos até o acompanhamento de equipe multidisciplinar, de acordo com critério que foi discutido e aprovado pela pela Comissão de Atletas da CBVela, pelo Conselho Técnico da Vela e pela Assembleia Geral da Confederação, em alinhamento com o Comitê Olímpico do Brasil.

Barcos com apoio total da CBvela

Martine Grael e Kahena Kunze-49er
Fernanda Oliveira e Ana Luiza- 470
Jorge Zarif- Finn
Patrícia Freitas- RS:X
Samuel Albrecht & Gabriela Nicolino – Nacra 17
João Bulhões & Bruna Martinelli – Nacra 17

O Mundial já está na metade, e os principais resultados do Brasil até o momento refletem esse regime meritocrático. Martine e Kahena estão em quinto lugar na 49er, Ana Luiza e Fernanda estão em nono na 470, enquanto Samuel e Gabriela estão em sétimo na Nacra. Jorge Zarif é o 11º na Finn, mas apenas dez pontos atrás do líder, enquanto Patrícia Freitas é a 15ª na RS:X após três regatas.

“A gente tem condição de medalhas em algumas classes. Acho que temos mais chances no 470 feminino, que está voltando de um período de inatividade por conta da gravidez da Fernanda, a 49er, também voltando de um período de inatividade, e nossa maior chance é o Jorginho, na classe Finn. Começou bem, mas não foi tão bem nos outros dias” – disse Torben.

O cinco vezes medalhista olímpico se refere ao fato que Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan não velejaram a temporada passada pois Fernanda, bronze na Olimpíada de 2008, engravidou. Já Martine e Kahena ficaram um ano separadas, em função da Volvo Ocean Race.

As regatas do Mundial seguem nesta terça-feira. A competição termina no domingo e as provas por medalhas começam a ser disputadas na sexta.

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