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Atletismo

Revelações e atletas consagrados passam pelo laboratório do COB

Durante os exames Ana Marcela Cunha e Thiago Braz estiveram acompanhado de dois nomes muito promissores do atletismo brasileiro: Almir Júnior e Paulo André.

Em um ambiente competitivo onde competições são decididas em pequenos detalhes, o Laboratório Olímpico vem sendo cada vez mais utilizado pelos principais atletas do Brasil em busca de ganho de performance. Nessa semana, o campeão olímpico do salto com vara, Thiago Braz, e a tricampeã mundial de maratonas aquáticas, Ana Marcela Cunha, entre outros destaques do esporte brasileiro, passaram por uma bateria de exames no laboratório montado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) no Rio de Janeiro.

Durante os exames da última quinta-feira, dia 11, Thiago Braz estava acompanhado de dois nomes muito promissores do atletismo brasileiro: Almir Cunha Júnior, prata no salto triplo no mundial indoor de Birmingham, em março; e do velocista Paulo André, que marcou 10s02 nos 100m rasos, a segunda melhor marca do país na prova, em setembro, no Troféu Brasil.

Os três aproveitaram o período de descanso, antes do início da próxima temporada, para realizarem os testes programados pelo COB em conjunto com a Confederação Brasileira de Atletismo. O objetivo é mapear o corpo e as atuais condições dos atletas para o início dos treinamentos para a importante temporada 2019, com os Jogos Pan-americanos Lima 2019 e o Campeonato Mundial de Doha.

“Essa é a segunda vez que faço exames no Laboratório Olímpico. Com o resultado dos testes na mão o treinador pode ajustar nosso treinamento de acordo com os objetivos da temporada”, disse o campeão olímpico nos Jogos Rio 2016, Thiago Braz, elogiando as instalações do CT Time Brasil, onde está instalado o laboratório. “O Laboratório Olímpico é excelente. Da primeira vez que eu vim, tomei um susto. Não sabia que o Brasil tinha tudo isso. E percebo que está crescendo, aumentando o número de exames, com novos aparelhos”, afirmou o atleta, que mora em Formia, na Itália.

Revelação brasileira no salto triplo, Almir Júnior, saltou 17,41m no Mundial de Birmingham, na Inglaterra, para conquistar a prata. Aos 24 anos na época, Almir fez um voo de 17,41m e entrou no hall de grandes nomes do atletismo em sua estreia em Mundiais. O atleta disputava provas de salto em altura até dois anos atrás. “O laboratório nos dá um auxílio muito importante para a gente conciliar os dados científicos com o treinamento. Assim nosso treinador pode montar o treino conhecendo melhor as nossas características biológicas. Assim podemos aumentar a nossa performance com mais facilidade”, disse Almir. “Difícil encontrar um local que reúna todos esses exames em qualquer país do mundo. Esse laboratório mostra que estamos evoluindo e com certeza vai repercutir em medalhas para o esporte brasileiro no futuro”, que mora e treina em Porto Alegre e veio ao Rio de Janeiro só para realizar os exames.
Equipado com tecnologia de ponta, o laboratório é uma ferramenta eficaz para o ganho de performance dos atletas olímpicos do Brasil. Seu principal diferencial deve-se à proximidade física de atletas e treinadores do esporte de alto rendimento, já que suas dependências estão localizadas no Parque Aquático Maria Lenk, coração do Centro de Treinamento Olímpico do Time Brasil.

O Laboratório Olímpico apresenta um conceito inovador que viabiliza avaliações personalizadas capazes de atender às especificidades de cada modalidade, inclusive podendo deslocar-se para onde os nossos atletas estiverem. Foi o caso da tricampeã mundial de maratonas aquáticas, Ana Marcela Cunha, que treina regularmente no CT Time Brasil desde abril, quando voltou de um período de treinos na África do Sul. Na quarta-feira, dia 10, Ana passou por uma série de exames dentro da piscina onde realizava seu treinamento diário.

“Aqui eu tenho tudo o que preciso em um único lugar. Treino a parte física dentro e fora da água, faço fisioterapia, exames no Laboratório Olímpico, e moro do outro lado da rua. Hoje eu não perco mais tempo com deslocamento. Então todo o meu tempo é dedicado à preparação ou ao descanso. Isso me traz muita segurança na minha preparação”, disse a atleta, de 26 anos, prestes a se tornar tetracampeã do circuito mundial de maratonas aquáticas.

O Laboratório Olímpico tem como base três áreas de conhecimento:

Científico
Bioquímica, Fisiologia, Biomecânica e Preparação Mental

Saúde e Performance
Medicina, Fisioterapia, Condicionamento e Força, Odontologia e Nutrição

Suporte e Desenvolvimento
Gestão do Conhecimento, Análise do Desempenho, Modulagem Computacional e Equipamento e Tecnologia.

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