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Grand Prix de judô paralímpico premia favoritos e novos talentos

Principais nomes da seleção brasileira confirmaram sua superioridade, mas houve espaço também para algumas surpresas

Grand Prix de judô paralímpico
(Renan Cacioli/CBDV)

Praticamente todos os favoritos se sagraram campeões do Grand Prix de Judô paralímpico 2019 realizado no sábado (30), no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.

Embalados pelas conquistas no Parapan de Lima, em agosto, os principais nomes da seleção brasileira confirmaram sua superioridade nas respectivas categorias. Porém, houve espaço também para algumas surpresas.

Uma delas foi Thaís Gonçalves, atleta da Acergs, do Rio Grande do Sul. Na categoria ligeiro (até 48 kg), ela desbancou a campeã parapan-americana de judô paralímpico Giulia Pereira, que ficou com a prata.

“Isso é fruto de muito trabalho, já venho treinando há muito tempo pensando na minha primeira medalha de ouro. Já tinha as de segundo e terceiro lugares. Foi uma luta bem difícil, porque eu não conseguia entrar e, quando íamos para o chão, não dava para finalizar. E quando consegui, não pensei duas vezes em segurar”, comentou a atleta de 27 anos.

Volta por cima

A arena multiuso foi palco também de uma volta por cima no judô paralímpico. Após ter rompido o ligamento do joelho esquerdo, em março, o peso-pesado Willians Araújo, do CEIBC-RJ, não conteve as lágrimas ao falar sobre a conquista do primeiro lugar. Na decisão, ele derrotou Júlio Santos Conceição, da Urece-RJ.

“Esse ano foi o mais difícil da minha vida como atleta. Mas tenho uma equipe maravilhosa que me deu todo o apoio. Estou muito feliz por ter lutado aqui e dado o meu melhor. Estou de volta!”, vibrou o atleta, que garantiu: desistir nunca foi uma opção. “Jamais! Foi nessa hora que entrou minha equipe, que jamais me deixou desistir. Só tenho de valorizar essas pessoas”, completou.

Pódio estrelado do Grand Prix Paralímpico

Entre os homens, Roberto Paixão (-60 kg), Thiego Marques (-66 kg), Luan Pimentel (-73 kg), Harlley Arruda (-81 kg), Arthur Silva (-90 kg) e Antônio Tenório (-100 kg) também conquistaram o ouro.

Na chave feminina, além de Thaís Gonçalves, subiram ao lugar mais alto do pódio Maria Núbea Lins (-52 kg), Lúcia Araújo (-57 kg), Michele Ferreira (-63 kg), Brenda Freitas (-70 kg) e Rebeca Silva (+70 kg).

Na classificação por equipes, o Cesec, de São Paulo, manteve a hegemonia e faturou o título pelo sexto ano seguido com três medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze.

O CEIBC, do Rio, foi o vice, com duas de ouro, duas de prata e quatro de bronze. Em terceiro, ficou a Adevirn, do Rio Grande do Norte: uma medalha de ouro, uma de prata e três de bronze.

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Novatos abrem os trabalhos

A Etapa Final do Grand Prix de Judô paralímpico teve também disputas na categoria Iniciante, que leva o nome de Copa Antônio Tenório em homenagem ao maior astro da modalidade no Brasil. Apenas judocas que tenham graduado até a faixa laranja podem participar, independentemente da idade. Todos ganharam medalhas, e o Ismac, do Mato Grosso do Sul, ficou na primeira colocação geral do quadro de medalhas.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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