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Vôlei de Praia

Flamenguistas sofrem com chance de perder a final da Liberta

Torcedores do Flamengo, Evandro e Alison sofrem com a possibilidade de estar na areia na etapa de Ribeirão Preto no mesmo horário da final de Libertadores

A tarde deste sábado (23) será histórica para mais de 35 milhões de flamenguistas espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Depois de 38 anos, o Flamengo volta a disputar a final da Taça Libertadores da América diante do River Plate da Argentina.

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A maioria da torcida rubro-negra parará tudo que estiver fazendo para acompanhar o time amanhã. Alguns, porém, não conseguirão adiar compromissos e provavelmente perderão a grande final que acontece em Lima, capital do Peru.

Dois destes estão presentes aqui em Ribeirão Preto, na etapa do Circuito Nacional de Vôlei de Praia. Evandro Gonçalves e Alison Cerutti, dois dos melhores jogadores do país e que defenderão a bandeira brasileira nos Jogos Olímpicos em Tóquio no ano que vem, estão ansiosos para a partida do time de coração e torcendo para que não tenham que jogar às 16h30, horário em que a partida entre Flamengo e River Plate se inicia.

“Eu estou mais ansioso para o jogo do Flamengo do que para a etapa”, brinca Evandro, em entrevista ao Olimpíada Todo Dia. “Claro que é brincadeira, mas todo mundo sabe que eu sou flamenguista fanático; doente. Tudo que tiver pelo Flamengo eu sou. Minha cabeça está toda aqui em Ribeirão Preto, mas meu coração e todo resto do meu corpo estão lá em Lima”. 

Não menos fanático que Evandro, o campeão olímpico e mundial Alison também admite estar sofrendo com a possibilidade de estar em quadra na mesma hora que o Mengão.

“Eu vou ser sincero, eu não sei (o que fazer se jogar na mesma hora que o Flamengo). Não adianta pensar demais, eu não sei. Eu nunca vi o Flamengo numa final de Libertadores. Já vi todos os vídeos no Youtube, na internet… Mas eu nunca vivenciei. Então está sendo muito difícil para mim”, declarou o angustiado “Mamute”. 

Com duas medalhas olímpicas e dois títulos mundiais no currículo, Alison é um dos jogadores mais experientes e mais fortes emocionalmente do circuito. Segundo o jogador, porém, quando se trata da final da Libertadores, toda essa força acaba se tornando fraqueza.

“As pessoas têm falado assim para mim: ‘pô, logo você! Com duas finais olímpicas e três finais de Copa do Mundo!’. E eu respondo: ‘amigo, ali eu tinha controle sobre mim. No futebol, não sou eu que estou jogando. Eu sou só um torcedor, apaixonado!'”, declarou.

A ansiedade de Alison e Evandro pela grande final afeta diretamente Álvaro Filho e Bruno Schmidt, respectivos parceiros dos jogadores. Os dois não são flamenguistas e tinham tudo para torcer contra o Flamengo amanhã, mas não farão isso em prol do bom desempenho em quadra.

“Eu queria declarar que eu sou vascaíno, mas vou torcer pelo Flamengo,” afirmou Álvaro, parceiro de Alison, após se desculpar com os torcedores cruz-maltinos, maiores rivais do rubro-negro carioca e que provavelmente torcerão para o River Plate amanhã. “Tem que agradar o parceiro pra não criar conflito na dupla. E, além disso, eu sou brasileiro, né? E entre Brasil e Argentina, tem que ficar com Brasil”. 

Bruno Schimidt, parceiro de Evandro, é outro que teoricamente teria tudo para torcer contra os flamenguistas, mas que fará um sacrifício pela dupla. Bruno torce pelo Grêmio, time que foi eliminado pelo Flamengo na semifinal da Libertadores no mês passado após uma goleada de 5 a 1 no Maracanã.

“O meu time deu muita alegria pro Flamengo nesse ano. Então eu acho que eu devo continuar dando alegria também”, brincou Bruno Schimidt.

No sábado (23), Alison e Álvaro e Evandro e Bruno Schimidt entram em quadra pela manhã para disputar as quartas-de-final. Se vencerem seus respectivos jogos, podem jogar as semis justamente no horário da partida dos flamenguistas.

Alison, como dissemos, não sabe o que fará se isso ocorrer. Bruno prefere perder o jogo do Flamengo. Já Evandro, brincalhão, foi enfático no que fará se isso ocorrer.

“Cancela o jogo (ri). Não vai ter jogo. Nós vamos falar aqui com a galera da produção: ‘se for 17h meu jogo, esquece. Não vou jogar. É W.O (risos). Não, é brincadeira”.

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