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Scheidt fecha mundial da classe laser com pé em Tóquio

Bicampeão olímpico foi o melhor brasileiro no mundial do Japão e ficou entre os 18 melhores. Porém, vaga ainda é provisória

Robert Scheidt no Mundial da Classe Laser
Robert Scheidt no último dia em Sakaiminato (Junichi Hirai)

O velejador Robert Scheidt conseguiu cumprir os requisitos para ficar com a vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Ele foi o melhor brasileiro no Mundial da Classe Laser disputado no Japão e ficou entre os 18 na classificação geral. Terminou em 12º lugar. A definição da vaga, porém, ainda depende de dois torneios.

No Brasil, para se classificar para as Olimpíadas de Tóquio 2020 o velejador deveria ser o mais bem colocado do país neste mundial da classe laser do Japão e ficar também entre os 18 primeiros no geral, o que Robert Scheidt conseguiu na competição, encerrada nesta terça-feira (9).

Contudo, outro atleta pode tomar a vaga dele. Para isso, precisa ou ser medalhista no Evento-Teste de Enoshima este ano ou subir ao pódio no Mundial da Classe Laser do ano que vem.

Apesar de provisória, nada indica no momento que algum outro velejador brasileiro possa tomar a vaga de Robert Scheidt em Tóquio 2020. Bruno Fontes, por exemplo, o segundo melhor brasileiro no Mundial da Classe Star, foi apenas o 25º na geral. João Pedro Souto de Oliveira ficou em 37º e Philipp Grochtmann terminou em 91º.

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“Estou bem contente de ter conseguido cumprir o primeiro índice imposto pela CBVela e Comitê Olímpico Brasileiro. Com isso eu já dou um passo importante para a classificação para os Jogos de Tóquio”, disse Robert Scheidt. “Porém, esse campeonato mostrou quem tem muito a trabalhar ainda, muito o que treinar para conseguir velejar entre os top 5, entre os top 3 para brigar por uma medalha. Saio daqui com uma sensação de missão cumprida, porém sabendo que tem muito ainda que ser feito”, acrescentou.

“Vou competir na raia olímpica, em agosto, em Enoshima com objetivo de ratificar a vaga e buscar evolução para estar em condições de brigar por medalha em Tóquio”, completou o brasileiro.

Se realmente for a Tóquio 2020, Robert Scheidt será o recordista brasileiro em participações em Olimpíadas, com sete no currículo. Ele iria em busca da sexta medalha, a quarta na Classe Laser, na qual acumula os ouros em Atlanta/1996 e Atenas/2004 e uma prataem Sidney/2000.

Mundial da Classe Laser

Nesta quarta-feira (9), último dia do Mundial da Classe Laser, disputado em Sakaiminato, Robert Scheidt fez um 21º e um 32º lugares nas regatas 11 e 12. O 32º foi seu pior no campeonato inteiro. O melhor foi um segundo, na sexta regata, disputada no terceiro dia de competições. O brasileiro terminou com 122 pontos perdidos.

Bruno Fontes venceu a 12ª e última regata. Antes fez um décimo. Acabou com 160 pontos perdidos. João Pedro Souto de Oliveira fechou sua participação no Mundial da Classe Laser com um 11º e um 50º lugar e somou 201 pontos perdidos. Por fim, Philipp Grochtmann terminou a 12ª em 41º e acabou com 297 pontos perdidos.

Bruno Fontes no Mundial da Classe Laser

Bruno Fontes no último dia do mundial (Junichi Hirai)

Os três primeiros lugares foram para velejadores da Oceania. A Austrália fez o primeiro e o segundo, com Tom Burton e Wearn Matthew, e a Nova Zelândia, o terceiro, George Gautrey.

O Mundial da Classe Laser é a terceira grande competição de Scheidt em seu retorno à classe. Entre o final de março e início de maio, ele disputou o Troféu Princesa Sofia e a Semana de Vela de Hyères. Em ambas as disputas ficou a apenas uma posição da medal race. Além disso, Robert Scheidt chegou para a Sakaiminato embalado pelo título europeu da classe Star.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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