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Capitão do goalball brasileiro disputa Jogos Paralímpicos pela quarta vez

Atleta que teve nome inspirado no craque do futebol será o único da seleção nacional a ter disputado a competição quatro vezes seguidas. Tem duas medalhas, mas ainda falta o ouro

Romário Marques seleção brasileira de goalball Jogos Paralímpicos Tóquio
Romário Marques já tem duas medalhas paralímpicas (Takuma Matsushita/CPB)

Tóquio – Romário Marques é capitão da seleção brasileira de goalball que está em Tóquio para disputar os Jogos Paralímpicos. Quando o árbitro autorizar o primeiro arremesso no duelo de estreia na arena Makuhari Messe, ele irá experimentar um feito único no time: é o único do elenco com quatro participações em Paralimpíadas. O Brasil estreia no torneio às 21h de terça-feira, pelo horário de Brasília, contra a Lituânia. O selecionado comandado pelo técnico Alessandro Tosim está no Grupo A e pega, ainda, Japão e Estados Unidos na fase de classificação.

Quando Romário Marques nasceu, há 32 anos, o pai, seu Almir, flamenguista, homenageou o craque que surgia no futebol mundial, muito embora tenha sido revelado no clube rival do seu time do coração, o Vasco. Romário do goalball nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, acometido por uma retinose pigmentar. Tal qual como ocorreu com o homônimo e hoje senador da República, capitão da seleção brasileira de goalball também é peça fundamental da equipe e líder natural do grupo.

Ele começou no esporte em 2005. Três anos mais tarde, estava com a seleção na disputa dos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008. À época, o Brasil não era a potência dos dias atuais e ficou apenas na 11ª colocação, à frente apenas da Espanha. Quatro anos mais tarde, já disputava a final contra a Finlândia, em Londres 2012, ficando com a prata. No Rio de Janeiro a seleção voltou ao pódio com um bronze e Romário estava lá. Sendo assim, falta ‘apenas’ o ouro para completar a coleção.

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Nova função

Hoje ele atua como pivô, centralizado na quadra, função mais defensiva na estratégia da modalidade. Porém, Romário tem a capacidade de flutuar para as alas, onde já brilhou e anotou muitos gols tanto pelos clubes em que atuou como pela própria seleção. “Posso jogar muito pelas alas, já fui muito tempo de uma função de ataque, agora, como pivô, ajudo sempre que posso.”

Desde 2018, o atleta foi escolhido pelo técnico Tosim o capitão da equipe nacional, posição que há mais de uma década era ocupada por Alex Celente, o Gaúcho. “Romário é um cara excepcional, excelente jogador e agrega demais a este grupo, é uma liderança natural”, explicou Alessandro Tosim.

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Com a sabedoria que só a experiência traz ao atleta, Romário Marques não se assusta com a tabela de jogos puxada na primeira fase e mantém o otimismo quanto à campanha nos Jogos Paralímpico de Tóquio. “Jogos Paralímpicos não são fáceis, mas a gente sabe da capacidade da equipe brasileira e desses jogadores que estão aqui, vamos suar sangue para conseguir essa medalha de ouro inédita ao Brasil”, comentou Romário sobre o torneio.

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