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Evelyn de Oliveira usa tecnologia sul-coreana na busca do bi na bocha

Fundamental na bocha paralímpica, calha de Evelyn de Oliveira é feita na Coreia do Sul e tem status de melhor do mundo

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Evelyn de Oliveira e sua calha de última geração (Foto: Matsui Mikihito/CPB)

Medalha de ouro nas duplas mistas na Rio-2016, Evelyn de Oliveira chega mais experiente para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e com uma ‘carta na manga’ para tentar o bicampeonato. Atleta da bocha, ela conta com a melhor ferramenta disponível no mercado: uma calha coreana.

“A calha é fundamental para a BC3, pois é com ela que fazemos os lançamentos. Quanto mais estável e mais precisa for a rampa, melhor para os atletas. Sentimos mais segurança”, destacou a campeã paralímpica na bocha.

Evelyn de Oliveira atua na classe BC3 e necessita de calhas (que também são chamadas de rampas ou canaletas) para realizar os lançamentos das bolas.

A calha levada por Evelyn de Oliveira ao Japão foi comprada em 2019. É um equipamento importado da Coreia do Sul. “É a melhor rampa que tem para a classe BC3. Sempre foi meu sonho ter esta calha. Eu assistia aos Mundiais e via os coreanos usando. Eles são precursores no uso deste tipo de rampa. Eu ficava babando e namorando ela pelas fotos e pelos vídeos do Youtube”, revelou.

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Calheiro de Evelyn de Oliveira desde 2014, o paulista Roberto Rodrigues Ferreira afirmou que a calha utilizada pela porta-bandeira brasileira é feita com excelência. “É um material importado da Coreia, desenvolvido com a melhor tecnologia que você possa imaginar. Possui madeiras com recorte a laser, todas as peças são torneadas e não tem nenhum tipo de junção soldada. Basicamente, a rampa é dividida em três partes: uma curva, uma peça maior, que deixa a extensão da calha mais longa, e outra de encaixe”, explicou.

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Evelyn de Oliveira será porta-bandeira em Tóquio 2020 (Foto: Matsui Mikihito/CPB)

A rampa foi levada ao Japão dentro de um case (caixa semelhante à usada para transportar instrumentos musicais) e despachada como uma bagagem de 25 kg.

“Faz muita diferença ter uma rampa de qualidade. Em 2016, fui campeã com uma rampa caseira, feita pelo meu pai, por um serralheiro, um marceneiro e outro profissional que trabalhava com acrílico. É possível ganhar um campeonato como uma calha amadora, mas, evidentemente, se você tem um material de ponta, a chance de sair à frente é maior”, concluiu.

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Por fim, o calheiro disse que, em uma competição de bocha de alto rendimento, a calha faz toda a diferença. “Nestes Jogos Paralímpicos, cerca de 80% dos jogadores utilizarão este modelo de rampa [coreana]. A briga vai ser boa. Como todos os competidores usarão praticamente o mesmo equipamento, no final, a habilidade e o mental farão a diferença”, concluiu Ferreira.

Chegando com tudo

A jogadora de bocha Evelyn de Oliveira será uma das porta-bandeiras da delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no próximo dia 24 de agosto, às 8h (horário de Brasília). A atleta que completou 44 anos carregará a bandeira do Brasil ao lado do velocista Petrúcio Ferreira.

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