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Brasileiros buscam na Inglaterra últimas vagas do judô na Paralimpíada

Neste fim de semana, 13 brasileiros disputam o Grand Prix da Inglaterra de judô paralímpico, último torneio classificatório para Tóquio 2020

Judô Paralímpico Tóquio 2020 - Grand Prix de judô paralímpico
(Divulgação)

Este fim de semana vai definir quais atletas representarão o Brasil no judô nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Na Inglaterra, a seleção brasileira buscará classificar o máximo possível de atletas ao longo de dois dias de batalhas no IBSA Grand Prix de judô paralímpico em Warwick, o último torneio qualificatório da modalidade. Alguns representantes do país já estão matematicamente assegurados no Japão, e outros ainda sonham com a vaga.

As lutas começarão neste sábado, às 10h locais (6h de Brasília), com seis brasileiros nos tatames: Giulia Pereira (até 48 kg), Maria Núbea Lins e Karla Cardoso (até 52 kg), Lúcia Araújo (até 57 kg), Thiego Marques (até 60 kg) e Luan Pimentel (até 73 kg). As finais começam às 16h30 locais (12h30 de Brasília).

No domingo, nos mesmos horários, será a vez de Alana Maldonado (até 70 kg), Rebeca Silva e Meg Emmerich (mais de 70 kg), Harlley Arruda (até 81 kg), Arthur Silva (até 90 kg), Antônio Tenório (até 100 kg) e Wilians Araújo (mais de 100 kg).

+Primeiros brasileiros embarcam para o Japão visando a montagem de estrutura

Situação no feminino

Na categoria até 48kg, o peso de Giulia Pereira, concede duas vagas às atletas B1. As seis restantes são para as mais bem ranqueadas. Pela classificação visual, a brasileira é a quarta B1, mas a terceira é uma atleta da casa, portanto, já classificada como representante do país-sede. O foco dela, então, está na russa Viktoria Potapova, quem, hoje, levaria a segunda vaga B1 para os Jogos. A diferença de pontos entre as duas está em 199 (305 a 106).

Já na categoria até 52kg do Grand Prix de judô paralímpico, também são duas vagas a quem é B1 e seis pelo ranqueamento. Hoje, a sexta e última vaga via ranking está nas mãos de Basti Safarova, atleta do Azerbaijão, que soma 510 pontos. Karla Cardoso tem 182 e Núbea Lins, 82.

Na sequência, na categoria até 57kg, sã duas vagas para B1 e seis via ranking. A campanha no GP anterior, em Baku, quando faturou o bronze, levou Lúcia Araújo a uma confortável quarta colocação no ranking, com 740 pontos, distante de quem poderia impedi-lá de ir ao Japão. O mesmo acontece com o peso de Alana Maldonado, que permite duas vagas para B1 e seis via ranking. Com 1.520 pontos no topo da lista, a brasileira vai aproveitar o GP britânico para avaliar possíveis oponentes em Tóquio 2020 e se manter em ritmo de competição.

Alana é a campeã mundial no judô paralímpico (Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB)

Por fim, a categoria pesada do feminino prevê uma vaga para B1 e cinco às mais bem qualificadas. Cada país só poderá classificar um atleta por peso. Mas o regulamento do judô prevê exceções e a IBSA ainda convida uma atleta por peso, o que não descartaria a ida das duas brasileiras a Tóquio 2020, porque ambas teriam pontuação suficiente para isso.

Assim, Meg Emmerich  acabou se favorecendo dos duelos diretos com Rebeca nos últimos torneios, incluindo o GP de Baku, quando eliminou a conterrânea na semifinal antes de garantir o seu ouro – Rebeca ficou com o bronze. A distância entre elas é de 290 pontos.

Situação no masculino no Grand Prix de judô paralímpico

O peso de Thiego, até 60kg, concede três vagas aos atletas B1. As sete restantes são aos mais bem ranqueados – descartando o Japão, país-sede. O brasileiro é o nono, com 363 pontos, mas, como há dois atletas do Cazaquistão à sua frente, ele ganha automaticamente uma posição na luta pela vaga no judô em Tóquio 2020.

O foco, portanto, fica no mongol Yadamdorj Sukhbaatar, que soma 420 e seria hoje o último classificado da lista via ranking. Ou seja, ele precisa tirar 57 pontos de diferença para seu oponente e ainda ficar ligado em que vem atrás. O turco Recep Ciftci soma 362 pontos, e Zurab Zurabiani, da Geórgia, 360. Deverá ser a categoria mais disputada do Grand Prix de judô paralímpico.

Na disputa até 73kg, também são três vagas a quem é B1 e sete pelo ranqueamento. Luan Pimentel é o 12º, com 322 pontos, mas há dois lutadores da Geórgia e dois da Rússia à sua frente, o que o leva para o décimo posto na briga. Na sequência (81kg), três vagas para judocas B1 e sete via ranking. Harlley Arruda é o 10º do mundo, com 277 pontos, sendo o terceiro B1.

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Mas, um dos oponentes à sua frente é japonês, que entra como representante do país-sede e abre uma lacuna para Harlley entrar como o segundo B1 mais bem qualificado. Precisa ficar atento, no entanto, ao chinês Yurong Wu, o próximo B1 da lista, que está 84 pontos atrás, e ao cazaque Abylay Adilbekov, a 125 pontos de distância do brasileiro.

Na categoria até 90kg, três vagas para judocas B1 e sete via ranking. Arthur Silva é o segundo B1 mais bem colocado, com 632 pontos. O quarto B1, que é o argelino Abderrahmane Chetouane, é somente o 22º do mundo, com 52 pontos. Já na disputa até 100kg, o peso do melhor judoca paralímpico de todos os tempos prevê duas vagas aos B1 e seis pelo ranking mundial. Tenório é o primeiro B1 da lista, muito à frente de quem poderia ameaçar sua ida à Tóquio.

E por fim, entre os peso-pesados do Grand Prix de judô paralímpico, há duas vagas para B1 e seis via classificação pelo ranking. Willians Araújo é o segundo B1 da lista, com 530 pontos, contra 283 do chinês Song Wang, o terceiro B1 do ranking.

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