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AO VIVO: Etapa de Bali do mundial de surfe

WSL/Cestari
Assista ao vivo à final da etapa de Bali do mundial de surfe! Ítalo Ferreira representa o Brasil na disputa; No feminino, Lakey Peterson vence.

O circuito mundial de surfe volta à Indonésia após cinco anos. A parada é em Bali, mais especificamente na praia de Keramas. Entre a noite de sábado (26/5) e a de sexta-feira (9/6), onze brasileiros e duas brasileiras competirão no local paradisíaco, marcado por suas longas direitas tubulares, em busca de pontos valiosos, tendo em vista que a temporada vai chegando à metade. E, apesar de somente sete etapas terem ocorrido na Indonésia, nunca um brasileiro venceu por lá. Mais um tabu a ser quebrado pela Brazilian Storm?

+ Veja a classificação completa da temporada

Keramas é um pico dos mais famosos do mundo e já recebeu uma etapa do mundial de surfe, em 2013. Agora, vem para substituir Fiji, que ao contrário do que será o Corona Bali Protected, era marcado por tubos para a esquerda. Pelo masculino, pensando no lado verde e amarelo, é uma ótima chance para Gabriel Medina, atualmente 4º do ranking e especialista no tipo de condições que Bali oferece, ou seja, um pointbreak tubular. Foi assim que ele ganhou em Teahupoo, em Fiji e tem tudo para repetir o feito na Indonésia.

Keramas, na Indonésia, é marcada pelos extensos tubos para a direita. Foto: WSL

No entanto, o principal “inimigo” dos brasileiros nesta temporada, o australiano líder do ranking Julian Wilson também costuma se dar bem em condições similares. Tanto é que já ganhou o Pipe Masters, em 2014, em cima do próprio Medina. Entre eles, na classificação, estão Ítalo Ferreira (2º) e Filipe Toledo (3º), o qual vem se aperfeiçoando em ondas mais pesadas – prova disso foi sua performance no Rio Pro.

Confira como foi o último evento do CT na Indonésia, com vitória do australiano Joel Parkinson, em 2013:

Kelly Slater desiste de última hora

O maior surfista de todos os tempos, no alto de seus 46 anos, ainda não estreou na temporada. Primeiro, uma lesão no pé o tirou da perna australiana e, posteriormente, ele alegou problemas pessoais para não vir ao Brasil. Portanto, Kelly Slater faria sua estreia no CT 2018 em um país que conhece muito bem. Além de muitas viagens para treinamento, ele venceu a etapa em G-Land, em 1995, ano em que conquistou o terceiro de seus onze títulos. No entanto, por motivos não divulgados ele desistiu na última sexta-feira (25). Segundo jornalistas norte-americanos, ele está indo encontrar seu fotógrafo em Fiji, local que receberá um swell épico nos próximos dias.

Kelly Slater surfando em Bali, em 2008. Foto: Divulgação.

Quem pode surpreender

A lista das surpresas pode ser, tranquilamente, encabeçada pelo brasileiro Ian Gouveia, 28º do ranking. Ele é especialista em tubos e raramente perde quando as condições são boas, como devem ser nos próximos dias na Indonésia. Sua apresentação exímia em Pipeline, no Havaí, ano passado, colocando-o entre os 22 melhores do mundo e garantindo sua permanência na elite abriu os olhos do mundo.

Além dele, o norte-americano Kolohe Andino (13º) é outro que gosta de um point break bem definido. E não dá para esquecer dos havaianos Sebastian Zietz (17º) e Ezekiel Lau (6º). O primeiro, mais experiente, já mostrou que quando acerta a prancha em ondas tubulares tem performances muito boas e o segundo vive uma fase espetacular e tem como especialidade esse tipo de condição.

Etapas do CT na Indonésia

A Indonésia já recebeu muitas etapas do QS, mas do CT foram apenas sete, todas pelo masculino. Nunca houve uma vitória brasileira.

1981: Uluwatu (Bali) – campeão: Jim Banks (AUS)
1982: Uluwatu (Bali) – campeão: Terry Richardson (AUS)
1995: G-Land (East Java) – campeão: Kelly Slater (EUA)
1996: G-Land (East Java) – campeão: Shane Beschen (EUA)
1997: G-Land (East Java) – campeão: Luke Egan (AUS)
2008: Uluwatu (Bali) – campeão: Bruce Irons (HAV)
2013: Keramas (Bali) – campeão: Joel Parkinson (AUS)

No feminino, Stephanie Gilmore tenta se isolar na liderança

A australiana Stephanie Gilmore foi campeã do Rio Pro e está na liderança do ranking. Foto: WSL/Damien Poullenot

Pelo feminino, o favoritismo é total da australiana Stephanie Gilmore. Com 30 anos de idade, a hexacampeã mundial parece ter retomado o surfe apresentado no auge de sua carreira. Já são duas vitórias em 2018 e quase 4.000 pontos para a vice-líder Lakey Peterson. Atrás delas, em terceira, a brasileira Tatiana Weston-Webb vem forte. Com uma linha bem definida, gosta de mares lisos, como é característico das ilhas oceânicas.

Brasileira Tatiana Weston-Webb é a terceira colocada no ranking. Foto: WSL/Damien Poullenot

Além delas, Tyler Wright (7º) é muito boa em condições assim e tem uma ótima chance de se aproximar das líderes do ranking. O mesmo vale para a havaiana Carissa Moore (4º), já que o pico lembra muito Maui (HAV), onde ela adora competir e sempre vai bem. Para Silvana Lima é um pouco mais difícil. Se os tubos se concretizarem, há outras atletas à sua frente. Se eles não aparecerem, a brasileira tem mais condições de pontuar bem e se firmar no top-10 do CT.

Confira uma análise sobre o momento atual do mundial de surfe e sobre a etapa de Keramas.

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