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Após dois anos fora, surfista brasileiro volta ao circuito e vence etapa do QS em Israel

Depois de dois anos afastado do circuito mundial, o paranaense Peterson Crisanto voltou com tudo em 2017. Nesta quinta-feira, ele venceu a etapa do QS (Qualifying Series) em Netanya, Israel, ao derrotar na final. Em suas duas melhores ondas, Crisanto conseguiu as notas 8,77 e 7,73, somando ao todo 16,50 contra 12,70 do adversário para ficar com o título.

O resultado é o recomeço de Peterson Crisanto, que aos 24 anos, tenta recuperar o tempo perdido. Se voltarmos a 2011, quando começou a ascensão da “Brazilian Storm” com a classificação de Gabriel Medina e Miguel Pupo para a elite do surfe mundial, o paranaense de então 19 anos ficou para trás.

Peterson Crisanto fazia parte da promissora geração de estrelas emergentes do país, mas seus patrocinadores priorizaram a disputar do Mundial Júnior, enquanto os outros brasileiros se dedicaram a chegar na elite.

“Comecei o QS em 2011 em Zarautz e fiz uma final contra Gabriel [Medina] e consegui um segundo lugar”, explicou. “Mas não foi minha prioridade porque eu era jovem e meus patrocinadores estavam me empurrando para tentar ganhar o Campeonato do Mundo Júnior. Olhando para trás, sinto que foi a estratégia errada porque eu tinha o potencial para surfar com os melhores”, lamenta Crisanto.

Nas três temporadas seguintes, Peterson Crisanto participou do QS e terminou em 48o. lugar em 2014. Depois disso, o surfista paranaense desapareceu por dois anos do circuito mundial. “Fiquei sem patrocinadores e fiquei fora do QS por dois anos. Competi no circuito brasileiro, tentando ganhar algum dinheiro para começar a viajar de novo”, explicou. “No ano passado, eu ganhei três campeonatos no Brasil e fiz o suficiente para voltar”.

Mas agora Peterson Crisanto está de volta e sonhando alto. Depois do sétimo lugar em Huntington no começo do mês, o brasileiro venceu em Netanya. Apesar das duas etapas não serem de grande pontuação, os resultados trazem motivação e, principalmente, confiança para o paranaense.

“Eu quero ter um começo forte no primeiro semestre do ano, e entrar nos grandes QS de 6mil e 10 mil pontos depois de agosto para estar no Top 10 até o final do ano”, planeja, mostrando que sabe que terá um caminho duro pela frente.

“Eu tenho que começar do zero novamente, mas eu gosto da pressão de tentar construir algo de baixo para cima. Me faz querer mais e mais. Ter ficado em casa por dois anos foi bom para refletir sobre o que eu realmente quero e definir minhas prioridades”.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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