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Surfe

Oito brasileiros se garantem no round 3 em Rottnest Island, na Austrália

Gabriel Medina, Filipe Toledo, Italo Ferreira, Adriano de Souza, Alex Ribeiro, Miguel Pupo, Yago Dora e Deivid Silva avançam direto para o round 3 na Austrália

Gabriel Medina Margaret River
WSL Cait Miers

Abrindo a etapa de Rottnest Island, a quinta do Circuito Mundial de surfe de 2021, o Brasil terminou com saldo positivo. Na madrugada deste domingo (16), oito dos 12 surfistas do país que caíram na água se garantiram de maneira direta no round 3. Os destaques do dia foram Gabriel Medina, Filipe Toledo, Adriano de Souza e Italo Ferreira que não deram chances para os adversários e avançaram de fase sem problemas.

Além dos oito já garantidos no round 3 de Rottnest Island, o Brasil segue com mais quatro chances de classificação para esta fase. Isso porque Jadson André, Caio Ibelli, Peterson Crisanto e Tatiana Weston-Webb, que terminaram o primeiro dia da etapa do Circuito Mundial de Surfe na terceira colocação de suas baterias, disputarão a repescagem e podem avançar.

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Gabriel Medina tem uma das melhores notas do dia e segue para o round 3

Líder do ranking mundial, Gabriel Medina abriu sua participação na quinta etapa do Mundial de surfe de 2021 contra os australianos Kael Walsh e Jack Freestone. Na disputa, o brasileiro se impôs do começo ao fim e avançou. Apostando na quantidade de ondas, Medina permaneceu na liderança da bateria a maior parte dos 30 minutos e, com duas das maiores notas do dia, até o momento, o brasileiro somou 14.50 e não foi ameaçado pelos adversários durante toda a disputa. Na última nota da disputa, Medina fez a maior onda do dia e com um 9.33 fechou o round 1 com 17.00.

Com Gabriel Medina na liderança, Kael Walsh buscou somar pontos nos momentos mais importantes e, com uma bateria consistente, somou 9.00 e foi o segundo colocado em quase durante todo o tempo. Já o Jack Freestone teve dificuldade em achar ondas durante os 30 minutos e, com isso, somou somente 5.96, caindo para a repescagem. 

Filipe Toledo avança em primeiro na etapa do Mundial de surfe

Primeiro brasileiro a ir para a água na etapa de Rottnest Island, em um confronto contra os australianos Liam O’Brien e Ethan Ewing, Filipe Toledo, que conquistou o título no Margaret River, abriu a participação do país com um 6.00, assumindo a ponta da liderança da bateria. 

Na sequência, por conta do mar um pouco mais parado, o brasileiro conseguiu abrir mais a vantagem ao somar mais um 2.83, chegando em 8.83 de somatória. Se Filipinho abriu, O’Brien e Ewing enfrentaram dificuldade para encontrar ondas e ficaram atrás. 

Filipe Toledo
– WSL / DANIEL SMORIGO

Na reta final da disputa, Liam e Ethan passaram a buscar ondas e passaram a somar pontos em busca da segunda vaga na bateria. Com duas notas pouco acima de dois pontos, Ewing chegou em 4.73 e se colocou em segundo lugar. Já O’Brien, com um 3.17 e 0.70, fez um total de 3.87 e se manteve na terceira colocação.

Na reta final, os três atletas melhoraram suas notas. Na última onda da bateria, Filipe Toledo teve a melhor nota da disputa, um 6.60, e venceu com 12.60 de somatória. Na disputa entre os australianos pelo segundo lugar e a vaga direta no round 3, Ethan Ewing levou a melhor e com 6.70 foi o segundo. Já Liam O’Brien foi o terceiro, com 5.30, e caiu para a repescagem. 

Adriano de Souza e Ítalo Ferreira se classificam sem dificuldades

Logo após a bateria de Filipinho, Ítalo Ferreira e Adriano de Souza enfrentaram Taj Burrow, da Austrália. Em mais uma bateria sem muitas ondas, os brasileiros foram mais espertos e somaram pontos quando tiveram as chances e levaram as vagas. 

Com cada um surfando ao seu estilo, os representantes do Brasil dominaram a disputa. Esperando o momento certo para ir para as ondas, Adriano de Souza conseguiu a melhor onda da bateria, um pouco depois da metade, e com um 6.50 virou líder da disputa. Já Ítalo, que tem como marca o grande volume de ondas, seguiu dessa maneira e com cinco ondas surfadas somou 5.83 e ficou em segundo. 

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Já Taj Burrow sentiu. Após longo tempo parado, o australiano se aposentou em 2016, o surfista não conseguiu colocar seu surfe no mar da etapa de Rottnest Island e ficou com a terceira colocação, caindo para a repescagem. 

Alex Ribeiro segue para o round 3 e Peterson Crisanto cai para a repescagem

Pela oitava bateria do dia, Alex Ribeiro e Peterson Crisanto tiveram um confronto contra o americano Conner Coffin. Nos primeiros minutos, Peterson foi com tudo e logo abriu vantagem. Com um 5.83 e um 5.67, o brasileiro chegou em 11.50 e assumiu a liderança com cerca de dez minutos de bateria.

Aproveitando o embalo do compatriota, Alex Ribeiro conseguiu um 9.63 nas três primeiras ondas que surfou e ficou com a segunda colocação na disputa tripla pelas duas vagas no round 3 da etapa do Mundial de surfe. Competindo contra os brasileiros, Conner Coffin foi crescendo conforme o tempo foi passando e assumiu a segunda colocação na metade da bateria, com 11.40, jogando Alex para o terceiro lugar.

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Na reta final da bateria, a disputa mudou completamente. Com uma sequência de boas ondas, Alex Ribeiro conseguiu duas notas acima de seis pontos e assumiu a liderança, com 13.57. Buscando a vaga no round 3 de Rottnest Island, Conner Coffin subiu sua somatória na última nota, com um 6.10, e terminou em segundo com 13.43. Já Peterson Crisanto, que liderou a maior parte da disputa, não conseguiu mais ondas e acabou indo para a repescagem, terminando a disputa com 11.50.

Miguel Pupo vira no fim e avança para o round 3 de Rottnest Island

Competindo com o francês Jeremy Flores e o havaiano Seth Moniz, Miguel Pupo começou com tudo na bateria. Com 4.06 nas duas primeiras ondas, o brasileiro assumiu a liderança e, como o mar parou durante uma boa parte dos 30 minutos, Flores e Moniz tiveram problemas.

Próximo da metade da bateria, a maior nota da bateria apareceu. Com uma série de manobras na mesma onda, Jeremy Flores conseguiu um 7.50 e colocou a pressão para cima de Seth Moniz. Precisando da primeira nota, o havaiano tirou um 3.33 e seguiu na terceira colocação.

Com cerca de 12 minutos para o fim, Miguel melhorou seu total com a maior nota da bateria. Com um 7.77, o brasileiro chegou em 11.10 e assumiu a liderança. No mesmo embalo, Seth Moniz fez um 7.43 e chegou em 11.06, colocando Jeremy Flores na terceira colocação.

Dentro dos cinco minutos finais, Seth Moniz e Miguel Pupo melhoraram suas notas e trocaram de posição. Com um 5.00, o havaiano chegou em 12.73 e assumiu a liderança. Já o brasileiro tirou um 4.17 e colocou seu total em 11.94. Na hora da definição, Jeremy Flores conseguiu um 4.73 e chegou em 12.23, jogando Miguel para a repescagem.

Com segundo para o fim, a virada do brasileiro veio. Com uma série de manobras, Miguel Pupo fez um 5.93, chegou em 13.70 e assumiu a liderança da bateria. Nos 10s finais, Jeremy Flores teve a onda para a virada mas acabou caindo na última manobra e ficou na terceira colocação, caindo para a repescagem.

Yago Dora domina e Caio Ibelli vai para a repescagem

A penúltima bateria do dia teve a presença de Yago Dora e Caio Ibelli contra Michel Bourez, da França, e teve os primeiros minutos frenéticos. A primeira onda da disputa foi do francês e a maior nota da etapa, até o momento, saiu com um 9.63. Na sequência, Dora fez um 5.67 e encostou em Bourez.

Em seguida, Michel aumentou seu total, com um 4.00, chegando em 13.63 e colocou pressão em Caio Ibelli. Caindo para a repescagem, o brasileiro teve um 5.37 e conseguiu seguir vivo na bateria. Buscando a liderança, Yago Dora tirou duas notas acima de 7 pontos e tomou a ponta do surfista francês, com 15.26, e encaminhou sua vaga no round 3.

Nos últimos 10 minutos, os três surfistas subiram suas notas. Com a segunda maior nota da bateria, Yago Dora tirou 8.23 e chegou em 16.16. Já Michel Bourez fez um 6.13 e colocou seu total em 15.76. Já Caio Ibelli teve a sua melhor nota e, com um 6.20, totalizou 11.57 mas seguiu em terceiro.

Nos minutos finais, o mar serenou e os surfistas não conseguiram aumentar seus totais. Com isso, Yago Dora e Michel Bourez seguiram para o round 3 da etapa do Mundial de surfe e Caio Ibelli caiu para a repescagem.

Deivid Silva vence a bateria e avança na etapa do Mundial de surfe

Fechando o round 1 masculino, Deivid Silva teve pela frente os australianos Julien Wilson e Morgan Cibilic. Logo nos primeios movimentos dos surfistas, Cibilic teve uma interferência assinalada pelos juízes. Com isso, o surfista da Austrália perde metade de uma das notas de sua somatória na bateria.

Deivid Silva foi o quinto na última etapa do Mundial de Surfe
(Photo by Cait Miers/World Surf League via Getty Images)

Independente do problema do adversário, Deivid Silva buscou as ondas logo no começo da disputa e somou 12.50 logo nas três primeiras ondas, abrindo vantagem na liderança. No embalo do brasileiro, Julien Wilson chegou na metade da bateria com um total de 5.60, consolidado na segunda colocação da disputa.

Nos minutos finais, as ondas diminuíram e os três atletas mantiveram suas posições. Com isso, Deivid Silva e Julien Wilson se garantiram de maneira direta no round 3 na etapa do Mundial de surfe e Morgan Cibilic foi para a repescagem.

Jadson André cai para a repescagem de Rottnest Island

Em uma bateria de três países, Jadson André teve como adversários o português Frederico Morais e o italiano Leonardo Fioravanti. Nos primeiros 15 minutos de disputa, só o brasileiro surfou ondas e assumiu a liderança. Somando 5.03 após quatro notas, Jadson virou o líder e colocou pressão nos adversários europeus.

Jadson André Narrabeen Classic
– WSL / DAMIEN POULLENOT

Já na segunda parte dos 30 minutos, Fioravanti apareceu. Com um 5.10 na primeira onda, o italiano assumiu a liderança e jogou toda a pressão para o português. Com menos de nove minutos para o fim, Frederico Morais achou a melhor nota da bateria e assumiu a ponta com 6.83, colocando o brasileiro na terceira colocação. Logo na sequência, Morais encaixou mais uma série de manobras e fez um 4.77, chegando em 11.60.

Na reta final, tendo a prioridade, Jadson André errou na escolha. Ao escolher uma onda e acabar caindo, o brasileiro deixou a chance da classificação com o italiano e ele aproveitou. Com um 6.17, Leonardo Fioravanti chegou em 11.27 e se juntou a Frederico Morais no round 3, deixando o brasileiro na repescagem.

Chave feminina

Tatiana Weston-Webb vai para a repescagem

Na segunda bateria feminina, Tatiana Weston-Webb, que conquistou o título em Margaret River, teve como adversárias Keely Andrew, da Austrália, e a japonesas Amuro Tsuzuki. Logo nos primeiros minutos, a surfista brasileira conseguiu um 2.50 na primeira onda e se colocou na liderança.

Logo em seguida, Amuro Tsuzuki teve a melhor nota da bateria até o momento, com um 5.60, e ficou com a liderança da disputa. No embalo da japonesa, Keely Andrew tirou um 4.83 e jogou Tatiana para o terceiro posto, com cerca de 22 minutos para o fim.

Próximo da metade da bateria, o trio de surfistas subiu suas notas e houve troca de posição. Keely Andrew somou mais dois pontos em sua somatória e chegou em 6.83, seguindo na primeira colocação. Tatiana Weston-Webb conseguiu um 3.17 e totalizou 6.17, subindo para a segunda posição. Já Amuro Tsuzuki acabou caindo em sua segunda onda e tirou apenas 0.37 e colocou sua somatória em 5.60.

WSL

Na reta final, a surfista do Japão conseguiu melhorar seu total somando mais um 2.57 e jogou Tatiana Weston-Webb para a terceira colocação. Nos minutos finais o mar serenou, as atletas ficaram sem ondas e mantiveram suas colocações. Com isso, Amuro Tsuzuki e Keely Andrew seguiram para o round 3 e a brasileira foi para a repescagem de Rottsnest Island.

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