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‘Nós, meninas, podemos ser o que quisermos’, diz Rayssa Leal

Aos 12 anos, a vice-líder do ranking mundial fala sobre suas inspirações e sobre a liberdade das mulheres no esporte e na vida

Rayssa Leal - Skate - Street League
Rayssa é vice-líder do ranking mundial (Instagram/rayssalealsk8)

O Brasil, hoje, é uma potência mundial do skate, inclusive com chances reais de medalha em Tóquio-2020, quando a modalidade vai estrear no programa olímpico. Um dos destaques é Rayssa Leal, de apenas 12 anos e vice-líder do ranking mundial de Street. E apesar de não ser mais promessa e sim realidade na Street League, ela se inspira em sua colegas de profissão Pâmela Rosa e Letícia Bufoni.

“Eles me inspiram muito e suas histórias me inspiram. Foi muito legal quando tive a chance de conhecê-las. Ter brasileiros como referência mundial no skate é inspirador e me faz querer continuar”, contou Rayssa ao site da Dew Tour.

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Rayssa Leal - Skate - Street League
Rayssa, Pâmela Rosa e Letícia Bufoni (Divulgação/CBSk)

E assim como ela tem suas inspirações, Rayssa Leal também já é inspiração para outras meninas. E reconhece a importância do protagonismo feminino no skate, no esporte e na vida de maneira geral.

“Fico feliz em saber que inspiro outras garotas que querem ser skatistas. Isso é tão bom quanto subir no pódio. Todos, especialmente as meninas, devem fazer o que quiserem. Não se preocupe com discriminação, porque nós, meninas, podemos ser o que queremos ser”.

Destaque mundial

O ano de 2019 viu surgir uma grande potência do skate brasileiro. Em janeiro, Rayssa Leal, com apenas 11 anos, estreou no Circuito Mundial na modalidade Street quando disputou e venceu o Far’N High, na França. E os resultados continuaram a aparecer. Ela conquistou o terceiro lugar na Street League em Londres, venceu a etapa de Los Angeles e ainda foi vice no Mundial em São Paulo. Um ano depois, a pequena gigante skatista relembrou os feitos.

“Terminar no pódio naquele torneio (Etapa de Londres, qualificatório para Tóquio 2020) foi certamente um dos momentos mais importantes do meu ano. Subir ao pódio em um concurso SLS foi um dos meus maiores sonhos. E foi ainda mais incrível, porque havia dois brasileiros no pódio naquele dia”, recordou, fazendo refêrencia à Pâmela Rosa, campeã do torneio em questão.

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Na sequência, foi a vez de vencer o SLS de Los Angeles e fazer história ao se tornou a pessoa mais jovem a vencer um evento da Street League. “Não consigo explicar exatamente o que sinti. Eu apenas senti. Eu acho que é por isso que chorei com tanta felicidade. Foi um momento que nunca esquecerei.

Rayssa Leal - Skate - Street League
Rayssa e Pâmela Rosa no SLS de Los Angeles (Instagram/rayssalealsk8)

Superando as derrotas

Nem tudo foram rosas, no entanto. No Dew Tour, Rayssa Leal terminou em 10º lugar na semifinal e foi perguntada sobre como lidou com a frustração da derrota. E a resposta esbanja maturidade.

“Quando você está em um skate, você cai muito e precisa se levantar e tentar novamente para acertar o truque. O mesmo vale para torneios. Sei que nem sempre ganho, mas tentarei sempre vencer”, disse a vice-líder do ranking mundial em Street.

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