Lançamento de dardo é uma modalidade de pouca tradição no Brasil. Na história dos Jogos Pan-Americanos, o país nunca foi além da medalha de bronze. Foram três no masculino e duas no feminino. Em Santiago-2023, os representantes brasileiros serão Jucilene Lima, responsável pelo terceiro lugar em Toronto-2015, entre as mulheres e Luiz Maurício Dias da Silva e Pedro Henrique Nunes entre os homens.
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Nossos pódios
Em Toronto 2015, Júlio César de Oliveira lançou o dardo a 80,94m. Ele ficou atrás apenas do trinitino Keshorn Walcott (83,27m) e do americano Riley Dolezal (81,62m) e ficou com a medalha de bronze na última edição dos Jogos Pan-Americanos.
O feito de Júlio César de Oliveira foi apenas o terceiro pódio do Brasil na história dos Jogos Pan-Americanos. Antes dele, o país ganhou outras duas medalhas de bronze. A primeira de todas foi conquistada por Walter de Almeida em São Paulo 1963. Ele terminou em terceiro lugar atrás de dois americanos, Dan Studney e Nick Kovalakides.
44 anos depois, de novo em casa, desta vez no Rio de Janeiro, Alexon Maximiliano subiu ao pódio para ganhar a medalha de bronze, ficando atrás apenas do cubano Guillermo Martínez e do americano Mike Hazle. Ou seja, o bronze de 2015, conquistado por Júlio César de Oliveira, foi a primeira medalha do Brasil no lançamento de dardo nos Jogos Pan-Americanos conquistada fora do país.
A estrela dos Jogos
O cubano Emeterio Gonzalez é o maior vencedor da história do lançamento de dardo nos Jogos Pan-Americanos. O atleta ganhou três medalhas de ouro na prova ao vencer a competição em Mar Del Plata 1995, Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003.
Foram os principais resultados da carreira de Emeterio Gonzalez, que não conseguiu subir no pódio em competições de nível mundial. Nos Jogos Olímpicos, seu melhor resultado foi o oitavo lugar em Sydney 2000. Em Mundiais, foi duas vezes sétimo colocado: Atenas 1997 e Sevilla 1999.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Nossos pódios
Em toda a história dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil só ganhou duas medalhas de bronze no lançamento de dardo feminino, prova que é disputada desde Buenos Aires 1951, a primeira edição do evento. A primeira a conseguir o feito foi Íris dos Santos, que lançou o dardo a 35m51 para ficar na terceira colocação em São Paulo 1963. Subir no pódio novamente só foi possível 52 anos depois e a conquista foi obtida por Jucilene de Lima, que marcou 60m42.
A medalha conquistada por Jucilene de Lima foi de bronze, mas por pouco não foi de ouro. Ela liderou a prova por algumas rodadas com a marca de 60m42 e só foi ultrapassada no último arremesso pelas favoritas Elizabeth Gleadle, do Canadá, e Kara Winger, dos Estados Unidos.
A estrela dos Jogos
Maria Caridad Colón é a maior vencedora da história do lançamento de dardo feminino dos Jogos Pan-Americanos. Com duas medalhas de ouro (San Juan 1979 e Caracas 1983) e uma de prata (Indianápolis 1987), ela é a líder do quadro de medalhas da prova, mas não é a única a ter sido duas vezes campeã.
Compatriota de Maria Caridad Colón, Osleidys Menéndez também é bicampeã da prova. Ela subiu no lugar mais alto do pódio em Winnipeg 1999 e no Rio de Janeiro 2007. Em Santo Domingo 2003, ficou com a medalha de bronze.
Além das duas cubanas, a chilena Marlene Ahrens também ganhou duas vezes o lançamento de dardo feminino. Ela foi campeã em Chicago 1959 e São Paulo 1963.
Medalhistas
Quadro de medalhas
A prova
Lançamento de dardo é uma modalidade olímpica do atletismo existente desde a Grécia Antiga. Uma das mais nobres modalidades por sua antiguidade, integra o heptatlo e o decatlo, além de ter sua própria prova individual. Assim como o lançamento de martelo e lançamento de disco, este esporte é chamado oficialmente de lançamento. Somente o arremesso de peso é chamado de arremesso, devido ao fato do peso ser empurrado e os demais serem projetados com características diferentes.
O dardo é um objeto em forma de lança, feito de metal, fibra de vidro ou fibra de carbono. Seu tamanho, tipo, peso mínimo e centro de gravidade foram definidos pela IAAF – Federação Internacional de Atletismo e variam do homem para a mulher. O homem usa um dardo de 2,7 metros de comprimento, pesando 800 gramas. A mulher usa um dardo um pouco mais leve, 600 gramas, e tem 2,3 metros de comprimento. Os dois modelos tem uma empunhadura feita de corda localizada no centro de gravidade.
O atleta corre para tomar impulso e usa uma pista de corrida e lançamento com 34,9 metros de comprimento e 4 metros de largura, fazendo um giro rápido com o corpo para lançar. O dardo costuma sair das mãos do atleta com uma velocidade de 100 km/h. Após o voo, ele aterra numa zona relvada que costuma ocupar a zona central dos estádios de atletismo. A marca obtida pelo atleta é medida pelos oficiais, desde o limite da zona de lançamento até ao primeiro ponto onde o dardo tocou no chão, obrigatoriamente dentro de uma setor pré-marcado no campo com um ângulo de 29°.