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A um passo do Mundial, Sophia Kelmer conta com grito materno no Parapan



A vibração para Sophia conquistar sua revanche contra chilena e ficar perto do Mundial vem da arquibancada e ela retribui com alta intensidade



Na imagem, Sophia Kelmer extravasando com o grito que estava entalado contra a adversária chilena.
Sophia Kelmer extravasando com o grito que estava entalado contra a adversária chilena. Foto: Wallace Teixeira/ FVimagem/ CBTM

Se tem uma coisa que não podem acusar Sophia Kelmer é de faltar intensidade em seu jogo. Além disso, tem um grito que vem da dona Ilse Pernisa, sua mãe, um “Vai, Sophia!” que todos já conhecem e que não deixa a mesatenista esmorecer. Dessa forma, no CT do Comitê Paralímpico Brasileiro, chegou a duas vitórias nessa quinta-feira (09), com direito a revanche. Com isso, pelo chaveamento menor da Classe 8, está a mais um triunfo de vencer o Parapan de tênis de mesa. O feito também garante a vaga para o Mundial da Tailândia, em 2026.

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Atravessada ‘no más’

Sophia tem apenas 17 anos, mas joga como uma experiente mesatenista que já alcançou o posto de número um no ranking mundial. No entanto, há sempre uma adversária que é uma pedra no sapato da brasileira, a chilena Florencia Pérez. Nos dois últimos encontros entre as duas, duas vitórias da oponente, incluindo um 3 a 2 na final do ITTF Para Elite São Paulo.

Porém, a redenção veio no Parapan, com Sophia vencendo por 3 sets a 1, sua segunda vitória na competição. No jogo de estreia, venceu sua compatriota, Elem Alves da Silva. Portanto, soma dois triunfos e, como não há outro grupo de mesatenistas, precisa de mais uma vitória, às 15h dessa sexta-feira, contra a colombiana Sara Maria Orozco para conquistar o título. Por consequência, cada campeã de sua classe também já tem vaga no Mundial, na Ásia.

“É um trabalho de muito tempo. Semana passada, no Elite, eu perdi dela, foi um três a dois, então estava vindo de uma derrota, é uma jogadora muito experiente, muito forte. Sabia que esse jogo seria muito emocionante e muito aguardado. Ganhar esse jogo, em um Parapan-americano, valendo vaga para o Mundial, é muito importante para mim”, avaliou Sophia.

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“Nós brincamos na Seleção que esse confronto já é um clássico. Já nos enfrentamos bastante vezes e é sempre um jogaço. Ela é uma jogadora muito boa, sabia que o jogo seria 50/50. Fico muito feliz de ter desempenhado tão bem dentro de casa e com a torcida ao meu lado”, comemorou.

Mas ainda não acabou

Dona Ilse Pernisa e o restante da família estão em São Paulo, vindos do Rio de Janeiro, para apoiar e não deixar que Sophia entre no clima de já ganhou. A própria mesatenista mostra consciência para ter os pés no chão e cumprir com seu objetivo. “Agora é comemorar, porque toda vitória deve ser comemorada, mas com a cabeça erguida. Amanhã é um novo dia, tenho outro jogo, contra outra adversária. É descansar, dormir feliz hoje e amanhã voltar com tudo para cá de novo e buscar essa vitória. Eu acredito que a vaga pode vir, sim. Tenho certeza que farei meu melhor, o que tiver nas minhas condições, para trazer essa medalha e essa vaga para casa”.

O trunfo que serve de combustível para Sophia, também serve para acalmá-la na nova experiência que está vivendo. “É a primeira vez que eu disputo o Parapan da modalidade no adulto. Disputei os Jogos de Parapan de Santiago/2023, que valia vaga para as Paralimpíadas. Mas agora é específico da modalidade e não poderia ser melhor. Disputar em casa, no Centro Paralímpico Brasileiro, que tem uma estrutura de primeiro mundo, com a torcida ao meu lado, é incrível. Está sendo uma primeira experiência maravilhosa”.

Por fim, Sophia quer mais gritos vindos da arquibancada, enquanto ela solta os dela ao lado da mesa, para ter mais motivos para comemorar. “Todo mundo já conhece, já sabe que é a mãe da Sophia. Mas ela fica gritando para todos os atletas (brasileiros), não é só para mim, é a maior torcedora do Time Brasil. Ela ama isso, ama ser torcedora, ser torcedora da Sophia. Não posso ficar mais feliz do que ter minha mãe torcendo aqui dentro do CPB, meu pai também está comigo. É muito gratificante ter eles por perto, porque, sem eles, não teria chegado em metade de onde estou. Eles também crescem assim como nós atletas crescemos no decorrer do campeonato, vamos ficando mais confiantes. A torcida vai acompanhando, então tenho certeza que vai ser muito bonito esse jogo.”

Jornalista formado em 2013, mas que atuo desde 2008, quando ingressei na Universidade P. Mackenzie, Trabalhei por seis anos no Diário Lance!. Passei por Punteiro Izquierdo, Surto Olímpico, Torcedores e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo. Entrei no OTD em Abril de 2023.

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