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Nadadora baiana é destaque no primeiro Meeting em Salvador

Bárbara Britto, de apenas 16 anos, bateu seu recorde pessoal na prova dos 50m livre do Meeting Paralímpico de Salvador

Bárbara Britto (à esquerda) ao lado da sua treinadora, Verônica Almeida (Foto: Olga Leiria/CPB)
(Foto: Olga Leiria/CPB)

O Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Salvador, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) neste sábado (16), entrou momentaneamente para a história de vida da jovem nadadora baiana Bárbara Britto. Na disputa dos 50m livre da classe S9 (limitações físico-motoras), a atleta de 16 anos venceu a prova e fez seu melhor tempo da vida.

Bárbara, que já integra a convocação da seleção brasileira de jovens da natação desde 2022, cravou o tempo de 32s92 no Meeting e melhorou sua antiga marca pessoal, que era de 33s77, registrada em maio do ano passado. “É uma experiência muito bacana competir pela primeira vez em nosso estado. Geralmente, temos de viajar para longe, para São Paulo, outros estados. Então, estar na Bahia, perto da minha casa [em Jequié, que fica a 367km da capital baiana], é muito bom. Saber que o esporte paralímpico está crescendo cada vez mais e ver uma competição deste porte chegar a Salvador pela primeira vez é muito gratificante”, afirmou Bárbara.

“Recebi meu primeiro convite para a seleção brasileira de jovens em 2022. É muito bom saber que os resultados que estamos tendo na piscina estão surtindo efeito e as convocações estão vindo. Até atletas mais velhos me falam que me seguem no Instagram, que se inspiram em mim. Fico muito feliz”, completou a atleta que competiu pela Fundação José Silveira, de Jequié-BA.

Trabalho com uma medalhista paralímpica

Além disso, os resultados de Bárbara estão saindo graças ao trabalho da treinadora Verônica Almeida, medalhista nos Jogos Paralímpicos de Pequim-2008, quando levou o bronze nos 50m borboleta da classe S7. Ao lado de Fabiana Sugimori e Edênia Garcia, elas foram as únicas mulheres a subirem ao pódio pela modalidade naquela edição dos Jogos.

“Em 2016, quando era criança, fui assistir aos Jogos do Rio de Janeiro e cheguei a tirar foto com Verônica, Camille Rodrigues, Mariana Gesteira e Joana Neves. Quatro anos depois, em Jequié, quando ingressei na natação adaptada, ela foi minha primeira professora. É sempre uma motivação ter ela na borda da piscina, por ela ter sido uma atleta incrível, ter representado o Brasil. E hoje ela quer que façamos o mesmo. Então, é aquela inspiração todo dia na hora de treinar”, revelou Bárbara. 

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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